João 15:1-9

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

À PROCURA DE DEUS



    
A Primeira Questão
Veremos a fé cristã desde a sua fundação. A primeira questão com a qual nos confrontamos é a existência de Deus.
Vejamos alguns versículos da bíblia. No Antigo Testamen­to, o Salmo 14:1 diz: "Diz o insensato no seu coração: Não há Deus”.Esta sentença também pode ser traduzida para: "O insensato pensa que não há necessidade de um Deus”.O resultado de falar assim é a segunda sentença do mesmo versículo: "Corrompem-se e praticam abominação".
Tomemos também uma passagem do Novo Testamento. Hebreu 11:6 diz: "É necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe".

Três Tipos de Pessoas
Não importando se você diz ser cristão, incrédulo ou alguém que está buscando a verdade, começaremos nossa discussão examinando o resultado da própria existência de Deus. A esse respeito, o mundo está dividido em três campos. O primeiro é o dos ateus, que não crêem em um Deus. O segundo é formado pelos agnósticos. Eles não têm conhecimento seguro sobre a Deidade. Por um lado eles não ousam dizer que não existe um Deus, mas por outro lado não estão claros a respeito da existência de Deus. A terceira categoria, à qual pertencemos, são os que crêem em Deus.

Libelo
Não tentarei aqui reivindicar a existência de Deus. Em vez disso, farei deste lugar um tribunal. Peço que você seja o juiz e eu serei o promotor. O trabalho de um juiz é tomar decisões, aprovar ou desaprovar a verdade das afirmações, ao passo que o trabalho do promotor é apresentar todas as evidências e provas que ele possa reunir.
Antes de prosseguirmos, temos de concordar com um fato: todos os promotores não são testemunhas oculares dos crimes. Eles não são os policiais. Um policial pode ter testemu­nhado pessoalmente um acontecimento, ao passo que um promotor obtém suas informações apenas indiretamente. Ele coloca diante do juiz todas as acusações, evidências e argu­mentos reunidos. Da mesma forma, apresentarei diante de você tudo o que puder encontrar. Se me perguntar se eu vi Deus ou não, dir-lhe-ei que não. Estou meramente lendo ou demonstrando-lhe o que reuni. Meu serviço é pesquisar fatos e convocar testemunhas. Você chegará a uma conclusão por si mesmo.
                
Qualificações
Muitas pessoas afirmam que Deus não existe. Como um promotor, quero primeiramente pedir-lhe para conferir as qualificações dessas pessoas. Será que elas estão qualificadas para fazer tal afirmativa? Serão elas suficientemente responsá­veis no aspecto moral para fazer tais afirmativas? Não ouça simplesmente seus argumentos. Qualquer pessoa pode propor uma tese e dela fazer uma causa. Até mesmo ladrões e trapaceiros têm suas causas. Não se pode, entretanto, crer na integridade deles. O tema de suas argumentações pode ser muito nobre; eles podem falar da situação das nações e do bem-estar social, mas suas opiniões não podem ser levadas a sério. Eles não são dignos de emitir tais julgamentos. A credibilidade da afirmação de um homem somente pode ser baseada no seu próprio padrão de integridade. Isso é verdade especialmente quando diz respeito à questão da Deidade. É interessante notar que os padrões morais dos homens estão diretamente relacionados aos seus conceitos a respeito de Deus. Os que admitem sua própria ignorância, têm um padrão razoável, ao passo que os ateus invariavelmente têm um baixo padrão de responsabilidade moral. Não afirmo conhecer todos os ateus, mas dos poucos milhares que conheço, nenhum deles possui uma moral notavelmente recomendável.
                  
Ateísmo e Moralidade
Certa vez, numa reunião na Universidade de Nanquim, afirmei que nenhum ateu é moral. Havia muitos estudantes no campus que não criam em Deus; eles ficaram muito ofendidos por essas palavras. Enquanto eu falava, eles batiam os pés no chão tentando distrair a mim e a audiência. No dia seguinte, ao voltarem, eles zombaram de mim e continuaram a fazê-lo durante toda a minha palestra. No quarto dia, o Vice-Presiden­te da Universidade, Dr. Williams,veio a mim e disse: "É melhor mudarmos o lugar da reunião. Esses alunos estão furiosos com o que você disse no primeiro dia. Hoje eles não vão usar apenas os pés e a boca; vão usar os punhos. Ouvi dizer que eles estarão esperando na entrada do salão e que pularão em você quando entrar." Aceitei a sugestão e convoquei a reunião para outro lugar. A caminho da reunião, andei juntamente com os alunos. Da conversa deles, descobri que embora muitos se tivessem sentido incomodados com minha pregação, ainda queriam voltar. Um dentre eles disse: "O Sr. Nee disse que as pessoas que não têm Deus não têm senso de responsabilidade moral. Isso é corretíssimo. Como é que alguém com decência moral poderia bater os pés e gesticular enquanto os outros estão dando uma palestra? Ontem eles causaram tal confusão na reunião e hoje estão vindo para brigar. Isso certamente não é o que faria uma pessoa honrada. Vamos à reunião, não importando o que eles planejem fazer”.
Uma vez alguém disse a um pregador: "Quando jovem eu cria seriamente em Deus. Mas agora estou na faculdade. Não  posso mais crer Nele." O pregador, de cinqüenta anos, deu um tapinha no ombro do jovem e disse: "Meu filho, você não crê mais em Deus! Deixe-me perguntar-lhe uma coisa: Desde que se tornou um ateu, o ateísmo ajudou-o a tornar-se melhor? Ele o fez mais nobre e mais puro? ou ocorreu-lhe o oposto?" Aquele jovem sentiu-se envergonhado. Admitiu que, desde que negara a Deus, moralmente desceu a ladeira. O pregador continuou: "Sinto muito que esteja alegando que Deus não existe. Você simplesmente desejaria que isso fosse verdade”.

Não Julgar Segundo a Esperança
Muitas pessoas não estão verdadeiramente convencidas de que Deus não existe; elas simplesmente gostariam que fosse assim. Elas prefeririam que não houvesse um Deus no universo. Ser-lhes-ia bem mais conveniente no que se refere a muitas coisas.
Eu próprio era uma dessas pessoas. Quando estudante, também dizia que Deus não existe. Embora fosse extrema­mente forte em minha afirmação, parece que havia Alguém protestando em meu interior. No fundo do meu coração eu sabia que Deus existe. Mas meus lábios recusavam-se a admiti-lo. Por quê? Para que eu tivesse uma desculpa para pecar. Declarando a não existência de Deus, tornava-se-me justificável ir a lugares pecaminosos. Assim, tornei-me ousado para pecar. Quando crê em Deus, você não ousa fazer determinadas coisas. Ao pôr Deus de lado, você se sente livre para cometer os piores pecados sem nenhum temor. Se ao afirmar a não existência de Deus você espera sinceramente elevar seu padrão moral, então seus argumentos ainda são plausíveis. Entretanto, a única razão para o homem reivindicar a não existência de Deus é gerar uma desculpa para a ilegalidade, imoralidade e licenciosidade. Por essa razão, toda sua argumentação não é digna de consideração. A questão agora passa a ser: "Estará você qualificado para afirmar que Deus não existe?" Se o que alguém espera é meramente escapar da justiça, esse já perdeu sua posição.



O Homem é o Maior
Um dia, um jovem veio a mim e disse: "Não creio num assim chamado Deus. O homem é o maior. Ele é a mais nobre das criaturas. Não há Deus além do homem."
Estávamos sentados um de frente para o outro. Após ouvir o que ele disse, levantei-me, fui para um lado da sala, curvei-me e olhei atentamente para ele. Disse-lhe: "Você realmente é o máximo!" Então, fui para o outro lado da sala e olhei-o de outro ângulo. "É verdade", eu disse deliberada-mente, "você é o máximo! Na província de Kiangsu há trinta milhões de pessoas como você, e pelo menos outros quaren­ta milhões da sua espécie na China. E, imagine, o mundo contém apenas dois bilhões dos que são iguais a você. Você percebe que nos últimos dias houve uma enchente no sul? Os diques ao longo do rio estavam ameaçados. Toda a popula­ção de Hsing Hwa, com mais de duzentos mil habitantes, foi recrutada e conduzida a toda pressa e em pânico para os diques, carregando terra para reforçar as margens. As obras de reparo ainda estão em andamento."
"Suponha agora que o mundo seja recrutado para esca­var o sol. Cava-se um buraco na superfície e todos carregam uma carga do interior. Supondo que ninguém se queimará até tomar-se cinzas, você crê que eles conseguirão fazê-lo? Mesmo que todas as pessoas entrassem no buraco, elas não consegui­riam encher o sol. E isso não é tudo. Ainda que colocasse vários planetas Terra no buraco e agitasse o sol, você desco­briria que aquele grande globo ainda está vazio por dentro. Diga-me agora, quantos sóis há no universo? Você percebe que o número de sistemas solares é de centenas de milhões?"

Quão Vasto é o Universo
Então, disse ao jovem: "E eis aqui você! Ainda não andou por toda a terra, mas se considera maior que todo o universo. Deixe-me perguntar-lhe o seguinte: você sabe quanto mede o universo? Tome, por exemplo, a luz. Ela viaja a trezentos mil quilômetros por segundo. Tente calcular a distância de dois objetos que estão a um ano luz um do outro. Há algumas estrelas cuja luz demora três mil anos para alcançar-nos. Descubra quão longe elas estão de nós! E você pensa que é tão grande! Eu aconselharia, portanto, a todos os ateus e pretensos jovens eruditos a igualmente admitirem sua incompetência como homem, não apenas moralmente, como também inte­lectualmente ."
 
Pode o Homem Estender-se Além dos Limites do Tempo e Espaço?
Nessa ocasião, quando estava em Kaifem, encontrei outro desses jovens ateus. Caminhei até ele e, dando um tapinha em suas costas, disse-lhe: "Hoje eu vi Deus!" Ele olhou-me com curiosidade e exigiu uma explicação. Respondi: "Você é Deus! Se sabe que Deus não existe, então você mesmo deve ser Deus." Ele pediu-me uma explicação. Eu disse: "Já que está convencido de que Deus não existe, você deve ter viajado por toda a terra. Se Deus não está em Xangai Ele pode estar em Nanquim. Você deve ter estado em ambos os lugares. Isso não é tudo. Deve ter estado também em Tientsin e Pequim. Ainda assim você não pode tirar essa conclusão estando simples­mente na China. Por isso, você deve ter viajado por todo o mundo. Nunca se sabe se Deus está escondendo-se no Pólo Norte ou no Pólo Sul ou em alguma floresta ou em algum deserto. Assim, você também deve ter esquadrinhado todas essas regiões. E, para que sua conclusão seja idônea, você deve ter viajado pelo espaço, até a lua, o sol e as demais galáxias”.
"Isso não é tudo. Você sabe que Deus não existe em Xangai hoje. Mas, e ontem? e no ano passado? E mil anos atrás? Muito bem, você, então, deve ser alguém eterno e que conhece todas as coisas do passado e do futuro. Você tem de ser alguém além do tempo e do espaço. Deve ser alguém onipresente e onipotente. Quem mais você poderia ser senão o próprio Deus ?"

 

A Evidência

Alguns imediatamente darão um passo atrás dizendo: "Não se pode jamais dizer se Deus existe ou não." Bem, se você não pode dar uma conclusão, pedirei a testemunhas que considero dignas de confiança que lhe apresentem argumentos e lhe provem a existência de Deus. Deixe-me dizer novamente, você é o juiz e eu sou o promotor. Estou apresentando diante de você somente as evidências. Decida por si mesmo.

O Universo
Primeiramente olhe para a natureza, o mundo que está diante de seus olhos e todos os fenômenos que ocorrem nele. Todos sabemos o que é o conhecimento científico. É a explicação racional de um fenômeno natural. Por exemplo, é observada uma queda de temperatura num paciente. A queda de temperatura é um fenômeno e a explicação para ele é o conhecimento científico. Quando uma maçã cai da árvore, ocorre um fenômeno. Por que a maçã não voa no ar? A explicação para isso constitui conhecimento. Portanto, um homem com conhecimento é um homem que tem explicações adequadas.



Há apenas Duas Explicações
O universo é constituído de um número incontável de coisas de diversas formas, cores, configurações e naturezas. A explicação para a interação e o comportamento de todas essas coisas é chamada de conhecimento. Todas as pessoas pensa­tivas têm apenas duas explicações para a origem do universo. Você tem de optar por uma delas.
A primeira diz que o universo veio à existência através de uma evolução natural e de auto-interação, e a segunda atribui sua origem a um Ser personificado com intelecto e propósito. Essas são as duas únicas explicações apresentadas por todos os filósofos do mundo. Não há uma terceira.
De onde veio o universo? Será que ele veio a existir por acaso? Ou ele terá sido projetado por Alguém de quem temos o conceito de Deus? Você tem de pensar nisso e decidir a respeito. Tudo o que ocorre por acaso tem certas característi­cas. Sugiro que você as relacione de maneira detalhada e, então, compare todos os fenômenos do universo com sua lista. Paralelamente, faça outra lista de características que, na sua opinião, seriam proeminentes se o universo fosse criado por um Ser inteligente. Agora, por simples comparação da natureza com suas listas, ser-lhe-á fácil tirar uma conclusão razoável.

Probabilidades
Quais são as características de coisas que acontecem por acaso? Sabemos que primeiramente elas são desorganizadas. Elas podem, no máximo, estar parcialmente integradas. Nun­ca podem estar totalmente organizadas. Além disso, não há um resultado consistente. Por exemplo, se eu jogar esta cadeira para o outro lado da sala, ela tem a probabilidade de cair numa posição perfeita. Se fizer o mesmo com uma segunda cadeira, ela poderá cair corretamente ao lado da outra. Mas isso não acontecerá com a terceira e a quarta, e assim por diante. Assim, o acaso pode prover apenas uma organização parcial. Não garante uma integração total. Além do mais, todas as interações ocasionais são incertas e sem propósito. Elas não têm ordem nem estrutura, são indefinidas, sem forma, desordenadas e não são direcionadas a nenhum propósito significativo. Em resumo, podemos dizer que as características das coisas que ocorrem por acaso são desarmo­nia, irregularidade, inconsistência e insignificância. Vamos escrever estas cinco características em nossa lista.

Consistência e Organização
Comparemos agora as coisas que existem no universo com essas cinco características. Tomemos o ser humano como exemplo. Ele é concebido no ventre de sua mãe por nove meses, é dado à luz, cresce e, por fim, morre. Este ciclo é repetido por todas as pessoas individualmente. Observa-se aqui uma consistência. Náio se trata de um jogo de azar. Vejamos agora o sol acima de nossa cabeça. Ele não está ali despropositadamente. Em vez disso, ele tem a sua função. Veja a lua, as estrelas e as miríades de galáxias por meio de um telescópio. Todas seguem determinadas trilhas e padrões. São todas organizadas. Seus movimentos podem ser calculados e previstos. O calendário que está em suas mãos é derivado delas. Tudo isso mostra que o universo é organizado, consis­tente e com um propósito.

 

Microrganismos

Voltemo-nos agora ao mundo microscópico. Tome uma pequenina lasca de madeira. Coloque-a num microscópio e observe seus veios, sua estrutura, tudo meticulosamente regu­lar e rítmico. Até mesmo uma folha de grama ou uma pétala de flor são todas finamente confeccionadas. Nada é desorga­nizado ou confuso. Tudo é disciplinado e funcional. Todas essas coisas testemunham a você um fato: o universo tem propósito e significado. Será que você pode dizer que tudo isso aconteceu por acaso? É claro que não.

Ele Está Ocupado
Estava num vilarejo, certa vez, pregando o evangelho com um cooperador meu. Em nosso caminho de volta, estávamos com muita sede. Não havia nem uma casa de chá nem um bebedouro para conseguirmos água. Na verdade, toda a região era desabitada. Após caminharmos determinado tem­po, encontramos uma choupana. Dirigimo-nos rapidamente para a porta e batemos. Por um longo tempo ninguém respon­deu. Pensamos que ninguém morava ali. Quando abrimos a porta e entramos, vimos que o chão estava varrido. Em um dos cômodos havia uma cama com os lençóis cuidadosamente dobrados. Além disso, havia uma chaleira sobre a mesa e o chá ainda estava morno dentro dela. Eu disse: "Com certeza deve haver alguém morando aqui. Todas essas coisas arrumadas, sem dúvida, indicam que esse lugar é ocupado por alguém. Não deveríamos beber este chá. Devemos sair rapidamente ou alguém poderá tomar-nos por ladrões”.Saímos e esperamos que o proprietário voltasse.
Aqui, ao observar a arrumação da casa, concluímos que alguém morava ali, embora ainda não tivéssemos visto o morador. Da mesma maneira, embora não possamos ver Deus, sabemos que Ele está ali por causa do arranjo de todas as coisas no universo. Cada fenômeno da natureza é tão equilibrado, organizado, signi­ficativo e funcional, que me é impossível crer no acaso como sua única origem. A Bíblia diz: "Diz o insensato no seu coração: Não há Deus”.Apenas pessoas insensatas podem dizer em seu coração que não há Deus.

Ocasional ou Intencional
O universo tem de ter sido criado por alguém com profunda sabedoria, vasto conhecimento e um plano detalhado. Se você não consegue aceitar o conceito de formação do universo pelo acaso, você tem de admitir que ele foi criado por tal Deus. Não pode haver uma terceira explicação. A escolha é sua.

 

Uma Ação Judicial e seu Propósito

Uma testemunha pode não ser suficiente. Chamarei ou­tra. Antes de fazê-lo, devemos prestar atenção a um fato: onde quer que haja um desejo, deve primeiramente haver um objeto daquele desejo. Tome como exemplo um órfão que nunca tenha visto o pai. Naturalmente ele tem desejo por um tipo de amor paterno. Perguntei a muitas pessoas órfãs e todas sentiam esse anelo irreprimível. Assim podemos ver que todo desejo do coração surge de algum objeto no mundo.
Nós, como seres humanos, temos necessidade de uma identidade social. Necessitamos de companhia e mutualidade.Se você colocar um menino numa ilha deserta e deixá-lo crescer só, mesmo que nunca tenha visto um ser humano, ele ainda terá um anelo por companhia, por seres como ele mesmo. Esse anelo ou desejo é a prova de que, em algum lugar do mundo, existe algo conhecido como "homem". Novamen­te, numa determinada idade, o homem começa a pensar em posteridade; ele começa a desejar filhos e netos. Isso não é mera fantasia. O desejo brota da existência e da possibilidade de descendência.

Existe Deus no Coração
Será que temos algum outro desejo além de identidade social e autopropagação? Que outros anelos teremos? Pro­fundamente no interior de todos, há um anelo por Deus. Você notará que, quer sejam as raças altamente civilizadas em países industrializados, quer sejam os aborígines e canibais em selvas e florestas, todos têm um anelo em comum: Deus. Uma vez que é homem, tem um anelo por Deus. Isso é um fato. Não se pode contra-argumentar. Todos buscam a Deus. Em todos os lugares o homem está em busca de um Ser divino. Isso está muito claro.
Aplicando o princípio que mencionamos, podemos ver que, como nosso coração sente a necessidade de um Deus, necessariamente deve haver um Deus no universo. Se Deus não existisse, você jamais teria tal anelo no coração. Todos temos um apetite por Deus É impossível viver se há um apetite por comida, mas não há nenhuma comida. Igualmente, é impossível viver se há uma capacidade para Deus, mas não há nenhum Deus.
  
Você Nunca Pensou em Deus?
     Certa vez um ateu repreendeu-me rudemente: "Você disse que o homem tem uma necessidade psicológica de Deus. Mas isso não existe e eu não creio nisso”.Eu disse: "Bem, você quer dizer que nunca pensou em Deus? Na verdade, até mesmo quando estava falando, você estava pensando Nele. Isso indica que você tem uma capacidade para Deus. Não existe ninguém que nunca tenha pensado em Deus. Pode-se tentar não pensar tanto Nele. Mas isso é tudo o que se pode fazer. Uma vez que há tal pensamento em você, deve haver tal objeto fora de você”.

As Palavras e o Coração
Uma vez um jovem veio a mim discutir a respeito de Deus. Ele enumerou várias razões pelas quais Deus não deveria existir. Eu o ouvi em silêncio. Então eu disse: "Embora insista que Deus não existe e sustenha-se com muitos argumentos, você já perdeu a causa”.Passei a explicar: "Você pode falar o quanto quiser que Deus não existe, mas o seu coração está do meu lado”.Ele teve de concordar comigo. Embora se possa dar na mente todo tipo de razões, há uma convicção no coração que nenhum argumento pode derrotar. Uma pessoa obstinada pode dar mil e uma razões, mas você pode ter a ousadia de dizer-lhe: "Você sabe muito bem em seu coração que Deus existe. Por que preocupar-se em buscar evidências exteriores?"

Invocar a Deus no Perigo
Outra vez, um missionário enviado para a América do Sul viu um homem pregando para uma multidão numa clareira da floresta. O homem, de maneira forte e veemente, negava a existência de Deus. Com entusiasmo, ele deu mais de dez razões, uma após a outra, para provar a não existência de Deus. Depois que parou de falar, ele perguntou: "Se há alguém que gostaria de contestar, suba aqui, por favor”.
Durante algum tempo houve silêncio. O missionário deci­diu que deveria dizer alguma coisa. Ele subiu e falou para a multidão: "Amigos, não posso enumerar tantas razões. Ape­nas darei fatos. Ontem, eu estava caminhando pela margem daquele grande rio que, como todos vocês sabem, é muito rápido e leva a uma cachoeira muito grande e traiçoeira. Eu estava na margem e ouvi um homem gritando por socorro. Ele gritava claramente: 'ó Deus! Salva-me!' Corri em direção ao som e vi um homem no meio do rio sendo carregado para a cachoeira. Sem hesitar, pulei no rio. A correnteza era forte, e lutei muito para não ser tragado. Depois de muito esforço, consegui trazê-lo para a margem. Sabem quem era esse homem? Deixem-me apresentá-lo a vocês”.Ao falar essas palavras, ele apontou para aquele homem que tinha terminado de fazer o discurso. "Aquele que ontem invocou a Deus”, continuou ele, "é o mesmo que hoje nega a Deus. É a isso que vocês chamam de ateu!"
Todos os problemas vêm do interior. Quando um homem está no limiar da vida e da morte, ele chama Deus. No dia seguinte, quando o perigo se foi, ele discute e nega a Deus. Em nosso coração todos sabemos que existe um Deus; não há dúvida a esse respeito. Sabemos isso porque há essa capaci­dade para Deus.

A Oração é Respondida?
Devemos olhar não apenas os fenômenos objetivos, mas também a nossa experiência subjetiva. Sabemos que Deus responde a orações. Uma vez falei a alguém que resolutamen­te negava a existência de Deus. Disse-lhe para não ser tão ousado ou presunçoso. A história da humanidade tem de cinco a seis mil anos. Nesse período houve incontáveis pesso­as, no cristianismo e fora dele, que oraram a Deus. Quem poderá provar que nenhuma dessas muitas orações foi res­pondida? Será você tão ousado a ponto de desprezar a validade de todas as respostas a orações? Deixe-me testificar-lhe que não apenas tem havido respostas, mas que elas têm sido firmes e precisas. Posso dar-lhe muitos casos, embora baste dar um único caso para provar a existência de Deus. Pessoalmente tive duas a três mil orações respondidas. Seria concebível considerá-las meras coincidências? Muitas pessoas também tiveram suas orações respondidas. Seriam todas elas coincidências também?
Um pregador estava viajando pelo oceano Atlântico quando, repentinamente, um espesso nevoeiro envolveu o navio. O navio não podia prosseguir e teve de ser ancorado em alto mar. Aquele homem foi ao capitão e disse: "Você tem de zarpar novamente; tenho o compromisso de pregar em Londres na terça-feira”.O capitão respondeu: "Vê este nevoeiro espesso? É impossível que o navio prossiga. Se você orar para o nevoeiro dissipar-se, eu certamente levan­tarei âncoras”.O pregador respondeu: "Muito bem. Pode levantar as âncoras! Vou orar aqui mesmo. Não há tempo a perder”.Ele ajoelhou-se, a âncora foi levantada e o nevoeiro se dissipou. O navio conseguiu chegar a tempo. Será isso coincidência?

O Deus Verdadeiro Responde às Orações

Fui pregar num vilarejo com alguns irmãos. Muitas pesso­as diziam: "Nosso deus é o mais poderoso; ele é chamado Tá­Uam (i.e. O Grande Rei). Uma vez por ano fazemos uma procissão para ele e, durante muitos anos tem feito tempo excelente nesse dia. Impelido por Deus, um de nós disse: "Amanhã, quando a procissão sair, certamente choverá." No dia seguinte, a partir das nove horas da manhã, começou a chover fortemente. A procissão foi cancelada. Depois de muita discussão foi anunciado que, como resultado de cálculos cuidadosos, descobriram que o dia fora escolhido erronea­mente; deveria ser dia catorze e não dia onze. Declaramos ousadamente que certamente choveria novamente no dia catorze. Chegou o dia e choveu novamente. Sem escolha, as pessoas levaram a estátua de Tá-Uam para a procissão. Os carregadores escorregaram mais de uma vez e Tá-Uam caiu e quebrou-se em pedaços. Será isso coincidência?
Há incontáveis ocorrências dessa mesma natureza. Isso é apenas uma pequena parte da experiência cristã. Se todas as respostas a oração forem relacionadas, ninguém sabe quão grande volume exigiria. As respostas a orações são forte prova da existência de Deus.

Um Pacote dos Estados Unidos
Quando jovem, eu tinha uma mentalidade muito obstina­da. Não apenas me recusava a crer num Deus, mas recusava-me a crer até mesmo nos Estados Unidos. Depois de ver o mapa dos Estados Unidos, ainda não cria que tal lugar existisse. Um dia, quando meu pai ia pedir algumas coisas de lá, fortuitamente coloquei também um pedido de um par de sapatos e de um barquinho de brinquedo. Mais tarde, quando ele trouxe o pacote do correio e me deu os sapatos e o barco de brinquedo, comecei a crer na realidade dos Estados Unidos. Anos depois, quando estava em Chicago, proposita­damente visitei aquela loja da qual comprei meu brinquedo. Apontando o dedo para o edifício, disse para mim mesmo que foi isso que me fez crer nos Estados Unidos. Não posso dar-lhe uma prova direta da existência de Deus, mas posso apresen­tar-lhe todos esses testemunhos de respostas a orações. Você não deveria ser tão ousado em fazer uma negação radical de Deus e uma rejeição categórica da credibilidade das orações.

Contatar Deus Por Meio de Oração
Certa vez conheci um aluno na Universidade de Yentchim. Ele me confessou: "Quando estava no colégio, tanto o capelão como os professores ensinaram-me que há um Deus e eu cri Nele. Mais tarde, fui para a faculdade e todos dizem que Deus não existe. O mundo, dizem eles, veio à existência por meio de uma evolução natural e o universo foi formado por acaso. Fiquei confuso. Durante muitos meses esse problema incomo­dou-me. Eu tinha de escolher uma das duas alternativas. Deus existe ou não? Inicialmente, ponderei a teoria da evolução. Seria concebível que várias coisas amontoadas, agitadas e misturadas resultassem num organismo vivo? E seria possível que todo o universo fosse formado dessa maneira? Não pude chegar a nenhuma conclusão com esse tipo de hipótese. Por fim, não pude deixar de ajoelhar-me dizendo: ó Deus, não sei se você realmente existe. Quanto mais penso nisso, mais cunfu- so fico. Mostre-se para mim, por favor.' Duas semanas depois  desta oração, fiquei claro de que há um Criador. Não posso dizer- minha oração."
Esse é outro caso de oração sendo respondida. Conheço muito bem a Deus, pois tenho tido muito relacionamento com Ele muitas vezes têm sido feitas transações entre mim e Ele. Se você já tocou em Deus alguma vez, entenderá o que estou dizendo.

Julgamento Cuidadoso
Agora, que dirá você? Depois de contemplar a natureza e o universo, conferir com seu sentimento interior e ouvir os depoimentos de tantas testemunhas, depende agora de você decidir se Deus existe ou não. Mas não devemos ser irrespon­sáveis; nossa atitude deve ser sóbria, pois brevemente todos teremos de encontrar-nos com Deus. Um dia todos estaremos diante Dele. Tudo o que se refere a nós será exposto. Naquele dia todos conhecerão a Deus. Mas hoje é o tempo para você se preparar.


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