(Jo 1:1-14)
Sem qualquer introdução de si mesmo ou de seu evangelho, João, de modo singular, mergulha abruptamente direto na descrição do Senhor que tanto amava. Ele repete a expressiva figura de linguagem à medida que declara a divindade de Cristo, a saber, O Verbo. Que instrução parabólica encontramos nessa expressão! O que são verbos? Não são vestimentas para os nossos pensamentos? Pensamentos não podem existir sem verbos. Logo, os verbos falados são a manifestação de nossos pensamentos.
Cristo, diz João, veio como o verbo, e como o verbo que se tornou carne, para significar que veio como a revelação da mente de Deus. Por sua vida, obras e ensinamentos, Jesus revelou os pensamentos de Deus para nós. Além do mais, tal designação é símbolo de seu ministério eterno: "E o nome pelo qual se chama, é o verbo de Deus" (Ap 19:13). É maravilhoso saber que, como "o verbo", ele criou a carne e se compadece da carne —"o tecido transitório e frágil feito a partir do pó"; mas está além de nossa compreensão entender tudo o que está envolto no mistério de sua encarnação. Ele se tornou Deus, em forma humana, para que Deus se tornasse mais real para nós humanos. Ainda assim, o seu corpo mortal, e até mesmo as suas roupas, brilhavam a sua majestade e glória. Nada podia esconder a sua glória como o Unigênito do Pai.
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