João 15:1-9

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.

domingo, 18 de dezembro de 2011

A PRESSÃO DA OBRA


Grande parte da obra de Deus deve passar pela pressão antes que possa haver bons resultados. (Os que servem a Deus devem prestar bastante atenção nesse ponto.) Infelizmente, poucos obreiros têm essa experiência ou parecem dispostos a experimentá-la. O que é fiel, entretanto, não só tem tal experiência como ainda a terá bem mais. Se você nunca experimentou isso, há de experimentar no futuro. Deus vai fazer com que o trabalho que você está fazendo passe pela morte. Isso não ocorre porque Deus tenha prazer na morte; pelo contrário, Ele leva a obra à morte a fim de alcançar a ressurreição.
No início de sua obra, muitos obreiros de Deus notam que inúmeras pessoas estão sendo salvas por meio de seus esforços, e sua obra parece estar prosperando e sendo abençoada. Estranhamente, porém, tal situação não dura muito tempo.
Após algum tempo, a obra começa a fracassar. Os que antes foram salvos não estão fazendo nenhum progresso hoje. Mais tarde, não apenas a obra parece ter parado, mas os próprios obreiros sentem-se frios e mortos. Quando se descobrem nessa situação difícil, com certeza desejam fazer algo, mas não podem porque parecem ter perdido o poder. Ficam realmente intrigados. Podem até começar a imaginar que cometeram algum pecado grave.
A essa altura, estão realmente temerosos e não sabem o que fazer. Podem entender que não há mais qualquer esperança, pois parece que Deus não quer abençoar nenhum aspecto da sua obra.
Mas é precisamente nesse momento que a luz virá de Deus para sondar o coração deles e, então, saberão se desde o início estiveram trabalhando para Deus ou para eles mesmos, se estiveram competindo com as pessoas ou servindo com sinceridade para a glória de Deus. Eles descobrirão para quem estiveram realmente trabalhando. Pois quando a obra está prosperando e tendo sucesso, os crentes tendem a sentir que tudo quanto estiveram fazendo foi para Deus. Somente quando a obra de alguém está sob pressão é que ele poderá discernir se sua obra tem sido para Deus ou se ele se tem misturado com a obra.
Você, que tem tido experiência como a aqui descrita, sabe quão dolorosa ela é. Durante esse tempo, você se sente sobrecarregado e morto e está sendo pressionado a tal ponto que não pode fazer outra coisa a não ser perguntar a Deus: "O Deus, por que isso é assim? Por que ninguém está sendo salvo? Por que os crentes estão tão mortos?" Você também é pressionado a perguntar a Deus: "Que devo fazer? Onde devo ir daqui em diante?" Você percebeu que seu antigo poder não é suficiente para enfrentar a presente situação e sua experiência passada é inadequada para suprir a exigência atual. Talvez, neste momento, Deus lhe mostre que, quando a obra estava prosperando, você nutriu o pensamento de auto-satisfação, abrigou o orgulho espiritual, foi zeloso por sua própria glória, ansiando exceder outras pessoas na obra. Resumindo, você descobre que muitas coisas não foram feitas para Deus, mas para os homens e, conseqüentemente, sua obra necessitava passar pela morte. Agora você reconhece quão útil foi sua obra ter sofrido essa pressão.
O próprio Moisés precisou aprender o que significava a circuncisão antes de poder trabalhar para Deus. Em certa ocasião, Deus quis matá-lo, porque ele não era ainda "um esposo sanguinário", visto ter falhado em circuncidar seu filho nascido de sua esposa Zípora, a qual, aparentemente, se havia oposto à prática sanguinária (a qual, no entanto, agora, o fez, quando viu a vida do marido em perigo) (Êx 4.24-26). Deus não ia permitir que a carne se misturasse com Sua obra, para a qual Ele estava chamando Moisés.
Deus vai permitir que você seja pressionado até o ponto em que não lhe importará se a obra morrer, que ninguém seja salvo e todos os irmãos sejam espalhados. Isso porque a obra — na verdade, tudo — pertence a Deus e não mais a você. Naquele momento, você dirá a Deus que, desde que Ele glorifique Seu próprio nome, para você não faz diferença se Ele destruir a obra e tudo o mais também. Assim você passa pela morte, que é o princípio de primordial importância nos tratos de Deus com Seus obreiros. E, daí em diante. Deus colocará o encargo da obra novamente sobre você. Como isso é diferente do que era antes! Antes a obra era sua e você a realizava por interesses próprios. Mas agora é de Deus, e não importa se os seus interesses estão sendo servidos ou não. A obra pertence a Deus. Ele deve ter tudo. Não é mais você.
De modo que, nessa nova situação, você pede a Deus para lhe dar poder a fim de que possa realizar Sua obra sob tais circunstâncias trevosas e secas. Você reconhece ter estado sob pressão por algum tempo e, por isso, pede a Deus para reavivar Sua obra. Dentro de pouco tempo, haverá novas mudanças! A situação próspera retornará e você verá, claramente, que isso não é algo feito por você, mas somente pelo próprio Deus por intermédio de você. O resultado é que a pressão que você suportou lhe deu novo poder para trabalhar. Antes era você quem trabalhava, mas agora é Deus trabalhando, pois Ele levou Sua obra à ressurreição através da morte. Daí em diante, ninguém pode impedir a obra Dele.
Quão lamentável que muitos dos obreiros de Deus recusem colocar-se em Suas mãos. Entendamos que, se alguém é fiel e obediente, ele não será poupado de pressão excessivamente grande e não terá sequer um dia confortável. Certa vez, alguém perguntou a um irmão no Senhor como ele passava seus dias em Xangai — quão confortáveis eram e se ele tinha provações. O irmão, sorrindo, respondeu: "Existe alguém verdadeiramente usado pelo Senhor que não tenha provações e que possa passar todos os seus dias confortavelmente?"
Nosso poder não pode exceder a pressão que recebemos. Quanto maior for a pressão que Deus mede para nós, maior o poder que crescerá dentro de nós. Deus trabalha por meio do processo de morte. Sem passar pela morte, ninguém pode fazer nada. O que eu mais temo é que muitos não utilizem a pressão que lhes é dada. Ela será mais como o vapor numa loja de água quente, que é desperdiçado, em vez de o utilizado para mover um veículo. Nos últimos dois anos, tenho sentido profundamente que a pressão é o auxílio para o poder. Se você tiver tal experiência, concordará que todo o seu poder só pode vir da pressão; que o poder que você tem em seu contato com as pessoas procede da pressão. Um dia, quando estivermos diante de Deus, reconheceremos plenamente a pressão que o Senhor Jesus Cristo sofreu em Seus dias na terra, que pressão os apóstolos suportaram em seus dias e que pressão todos os que foram grandemente usados por Deus suportaram.

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