e a vontade de Deus são feita
Vejamos, por exemplo, a diferença entre o evangelho de
Deus e o evangelho do reino de Deus. O evangelho de Deus consiste nas
boas-novas de Deus pregadas a nós. Essas boas-novas mostram que Deus tem um
reino que vai de eternidade a eternidade. onde quer que Seu reino esteja, a
autoridade e a vontade de Deus são feitas. O desejo de Deus é que o homem faça
parte do Seu reino. Para que isso aconteça há a necessidade de se pregar o
evangelho do reino de Deus, por meio do qual
os pecadores podem entrar em Seu reino. Essa portanto, é uma boa
notícia, uma boa-nova, por isso afirmamos que o evangelho de Deus é para o
evangelho do reino de Deus.
O EVANGELHO DE DEUS
Que é o evangelho? O evangelho não é um amontoado de
belas mensagens e de boas doutrinas sobre Jesus, mas é o próprio Senhor Jesus
Cristo. Paulo apresenta Cristo em dois aspectos, na introdução dessa carta:
como Filho do homem, descendente de Davi segundo a carne (v. 3), e como Filho
de Deus com poder segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos
(v. 4 ). Portanto, Ele é tanto Filho do homem como também Filho de Deus. Alguns
poderão dizer que Ele já era Filho de Deus antes de tornar-se homem.
Isso está correto; como o Filho unigênito de Deus Ele
tornou-se um homem para trazer ao homem o evangelho e a salvação, a fim de que
o homem recebesse a natureza divina e se tornasse filho de Deus. Esse é o
propósito eterno de Deus em Sua eterna economia.
Como
Filho do homem, Cristo viveu e experimentou tudo o que se refere à vida humana.
Ele morreu na cruz por nós, mas não permaneceu na morte; antes, ressuscitou
dentre os mortos e, segundo o Espírito de santidade, foi declarado Filho de
Deus com poder. Em Sua encarnação Cristo trouxe a natureza divina para dentro
da natureza humana, e por Sua morte e ressurreição Ele introduziu a natureza
humana na natureza divina. Na eternidade passada, antes de encarnar-se, Cristo
não tinha a natureza humana. Mas na ressurreição, Cristo, em Sua natureza
humana, em Sua humanidade, foi declarado Filho de Deus com poder. Desse modo,
Ele pôde regenerar-nos pela Sua vida divina, gerando, assim, muitos filhos para
Deus, dos quais Ele se tornou o Primogênito (Rm 8:29). Agora, como filhos de
Deus, Sua vida precisa crescer em nós para que um dia possamos estar
completamente mesclados com Cristo, sendo plenamente amadurecidos em Sua vida,
alcançando assim a plena filiação.
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