“Desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra;”. (Ef 1:19)
Deus tem uma vontade, um propósito e esse propósito é segundo o seu beneplácito, o seu bom prazer. Deus tem um bom prazer, a partir daí uma vontade e um propósito, o que resulta num plano. Chamamos esse plano de “A Economia de Deus”. Deus tem uma economia oculta em Si mesmo. Se Ele não a revelasse, ninguém a conheceria. A vontade de Deus tornou-se o mistério da Sua vontade. Este mistério outrora, jamais foi revelado, como Paulo escreveu em Efésios 3:5 “o qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens”. “Outras Gerações” englobam duas eras: a Era da Dispensação dos Patriarcas e a Era da dispensação da Lei. Nessas duas eras, Deus não revelou o mistério da Sua vontade aos homens. No Velho Testamento, Deus também tinha Sua economia, mas eles não conheciam exatamente porque Ele determinou as coisas daquela maneira. Por exemplo, Deus ordenou que o povo de Israel fizesse certas coisas (como sacrifícios, ofertas, edificar o tabernáculo, guardar dias e festas etc) e eles o fizeram, mas não sabiam bem o seu significado. Mas, graças ao Senhor, o ensinamento dos apóstolos no-lo revelou. Ao longo de quase dois mil anos, o real significado das coisas de Deus tem sido negligenciado, mas hoje, por meio da igreja, podemos entender e praticar o que Ele planejou, ou seja, a economia de Deus.
Para executar a Sua economia, Deus tem um arranjo seqüencial de coisas, passo por passo, até que a última etapa seja concluída, quando então Cristo encabeçará todas as coisas. Em cada época, Deus tem o Seu mover, para levar a cabo a Sua economia.
Colossenses 1:25 diz: “da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus”. Deus deu a Paulo uma dispensação, um mordomado, que em grego é oikonomia. Paulo tornou-se um ministro da igreja para completar a economia de Deus. Esse ministério foi confiado a Paulo a nosso favor, para que por meio dele a palavra de Deus pudesse ser completada e nós pudéssemos ser supridos por meio desta palavra. E também, para que essas palavras pudessem ser reveladas a nós, a fim de podermos levar a cabo a palavra de Deus. Colossenses 1:26 diz: “o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos”. Que é este mistério? Em Colossenses 2:2b lemos que o mistério de Deus é Cristo, portanto, o mistério da vontade e Deus é Cristo. Em Mateus 16, Deus revelou Cristo. Quem é Jesus? Ele é “o Cristo, o filho do Deus vivo”(v. 16). Em Efésios 3:4 lemos “o mistério de Cristo”. Qual é o mistério de Cristo? O versículo 9 diz: “e manifestar qual seja a dispensação do mistério “e no versículo 10 encontramos a resposta “para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida agora dos principados e potestades nos lugares celestiais”. Agora sabemos o que é o mistério de Cristo. É a igreja. Isto realmente é a multiforme sabedoria de Deus. Esta sabedoria é segundo o eterno propósito que Deus estabeleceu em Jesus Cristo nosso Senhor (Ef3:11). Este é o mistério da vontade de Deus.
No Velho Testamento vemos que Deus criou Adão, chamou Abraão, usou Moisés e escolheu Davi para reinar. Mas de quem Deus mais se agrada? Não é de Adão, nem de Abraão, Moisés ou Davi; mas é de Seu filho, Jesus Cristo e de nós os “seus irmãos”, que é a igreja, a qual executa hoje a economia de Deus, exercendo o Seu domínio sobre a terra e expressando o próprio Deus.
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