João 15:1-9

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Felizes sois



“Felizes são os que reconhecem a sua necessidade do espírito, pois deles é o Reino dos Céus.” Mateus 5.3 [grifo do autor]
  Felizes realmente, hoje, são poucos os que querem ser FELIZES, impressionante, mas é verdade, que há uma quantidade enorme de pessoas que preferem seguir os caminhos construídos por si próprios e ainda sim não veem a necessidade de ter alguém por perto.
  Todo os dias vejo pessoas que seguem esse caminho e se acabam. Vejo também, muitas fotos nas redes sociais de amigos meus que até mesmo já foram à igreja comigo, porém só iam à igreja.
  Vejo por muitos lugares que vou ou por pessoas com quem converso tamanho despreparo e desleixo pela obra de Deus, apegam-se mais as coisas do que a Deus. Jesus chama de felizes os que reconhecem. Felizes os que veem a necessidade de buscar a Deus, que reconhecem que o vazio que há dentro de si só poderá ser preenchido por Deus; que o vazio é do tamanho de Deus.
   Seria como, apenas, compreender a brisa de Deus em Elias, que o simples sopro, puro e simples sopro, é o suficiente para suprir a necessidade daquele que almeja ser suprido por completo; ao contrário dos que acreditam que para suprir o vazio de Deus é necessário enchentes, trovoadas, terremotos e muito fogo; Deus em sua infinita misericórdia continua a suportar e a esperar os filhos acordarem.
E aos que se perderam pelo caminho pensam que podem suprir esse vazio com bebidas, namoros, festas, ‘amigos’, ‘amigas’, chocolate e etc.
Só posso concluir que poucos são os que querem o Reino de Deus, estes rejeitam as penitências e aceitam pela fé o amor de Deus; rejeitam os flagelos; rejeitam as indulgências. Mas aceitam de bom grado com toda humildade a cruz que rasgou de cima para baixo, o véu, para podermos estar diante do Deus vivo sem impedimento.

De coração apertado




Bom, creio que hoje seja o segundo dia depois de ter ouvido uma verdade que até agora lateja a minha mente,  “Não se pode comparar um jovem desta geração com Estevão” e eu tive que concordar, eu não posso nem almejar comparar-me com este. Por que me aperta o coração? Porque eu não estou fazendo nada por isso, eu que fui chamado e para isso que fui capacitado e ainda estou sendo capacitado.

O que eu quero com esse artigo, estudo ou post é chamar-lhe à atenção para o que está acontecendo com o mundo e com a sociedade principalmente a cristã, eu fiquei de braços cruzados até meus 15 pros 16 anos, comecei a pegar mais um pouco no pesado aos 18, e hoje com 19 só posso dizer que fiz algumas coisas, mas não é o suficiente porque muitos amigos meus da igreja ainda continuam com Jesus e Deus apenas no subnick do msn, continuo com amigos que apenas estão indo à igreja, Santos dentro da igreja, mas fora o caso é bem diferente. Jovens que chamam Deus para dentro da igreja, mas não para dentro de si mesmos. Quero fazer este apelo à você que está lendo este post com o coração aberto, “IDE e fazei discipulos em todos os lugares, ensinando-os a observar todas as coisas que Jesus tem vos mandado e ele está convosco todos os dias.” (modificado). IRMÃO ACORDA! VOCÊ ESTÁ MORRENDO, e como está o seu tesouro no céu? Pare de ir à igreja apenas por ir e quando sai de lá sai da mesma forma que entrou, ou melhor, pior e ainda menos inocente da verdade (isso em alguns lugares) , mas aonde estiver seja servo de Deus e exortando, ensinando com toda a paciência e doutrina suportando os seus irmãos em amor é isso o que a bíblia diz.

Fico triste em ver jovens que ousam ouvir músicas que de maneira alguma alegram a Deus o qual chama de Senhor, fotos deprimentes no orkut ou facebook, testemunhos deploráveis, jovens com potencial para serem grandes, mas estão satisfeitos em serem meros dominados, ao invés de nascer a geração profética a geração extragavagante está nascendo a geração do "nada a ver", e sou o jovem com mais propriedade para dizer isso porque fiz isso também, mas eu acordei.

Quero convidar-lhe a reunir os seus amigos na escola e que você APENAS pare para conversar, deixe essas liturgias quadradas de museus no ármario, ore a Deus e peça direcionamento dele, se relacione, ouça as pessoas, seja amigo e viva em Jesus por elas, invista seu tempo com Deus e saiba equilibrar o tempo dos video games, da TV, e na internet faça dela um meio de evangelismo. Em tudo na sua vida que fizer pare e pergunte, “Jesus, você está gostando?".


Heróis da Vida Cristã Wesley Duewel

Sergio Lopes Nossos Dias

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vê se me entende


Tudo é tão simples e puro, por quê complicamos e sujamos tudo

Natureza, foi criada para tomarmos conta e para cuidarmos dela está nela o firmamento, os animais, as estrelas, o sol, a lua etc, mas o homem polui o ar, o chão, os rios e os mares, ainda caça os animais até os tornar extintos, e ainda tenta corromper as vezes outras pessoas.

Homem, foi criado para tomar conta da natureza e assim louvar e adorar a Deus, mas por curiosidade e um desejo tolo, e por sua desobediência foi contra Deus.

Desobediência, significa falta de obediência. Obediência, dever a ser cumprido por quem tem menos autoridade, pela falta de obediência entrou o pecado no mundo; Aquilo que complica.

Pecado, trangressão à ordem de Deus, contra o qual o homem luta todos os dias; Aquilo que suja.

Deus, aquele que criou tudo, a natureza e o homem, para sua adoração, mas como ohomem complicou e sujou tudo, Deus ainda depositou no homem a chance de consertar as coisas, mas o homem foi incapaz por sempre voltar à desobediência, então,  Deus com seu infinito conhecimento, misericórdia e graça guardava um plano secreto, enviar seu próprio filho e tornar tudo puro e simples novamente, tornar puro o homem e a natureza e trazê-los de volta através do perdão.

Perdão, “criação de Deus para quem contraiu dívidas impagáveis, o perdão é a experiência daquele que sofre o dano, porém, prefere sofrer o dano a perder a pessoa que causou o dano”, e foi isso que o cordeiro de Deus o fez quando sobre si caiu todo o dano, todavia o perdão só aparece depois do arrependimento.

Arrependimento, como diz meu pai: “o único problema com o arrependimento é que ele só vem depois que fazemos algo de ruim”, então por Deus somos resgatados e favorecidos pelo arrependimento chegamos ao perdão, dessa forma o leão de Judá nos põe emliberdade.

Liberdade, aonde o Espírito de Deus está você é livre, livre da culpa, livre do peso do pecado, mas para haver remissão de pecados deve haver derramamento de sangue, no início usava-se o cordeiro imaculado no sacrifício, mas isso só purificava momentâneamente, pois o Espírito ainda não habitava no homem, aonde o Espírito trabalha no convencimento do pecado, da justiça e do juízo. Que quem foi o cordeiro de Deus para ser o sacrifício e tornou-se o leão de Judá para por em liberdade foi Jesus.

Jesus, o filho de Deus; Deus encarnado, aquele que veio para livrar o homem da sua sentença de morte, por em liberdade os cativos, dar vista aos cegos e levantar os coxos. Ele morreu como cordeiro para termos o perdão, e ressuscitou como leão para termos aliberdade e VIDA. Tudo isso planejado pela Misericórdia e Graça de Deus sendo este seu plano secreto, e, o homem pode ser favorecido pelo arrependimento, que o leva a deixar os maus caminhos. E por quê Jesus seria o ser perfeito para tirar o pecado do mundo? Porque nele não havia pecado e na sua boca não se achava engano. Nele não estava adesobediência. E também ele compreendida a natureza por completo. E a ele foi dado autoridade sobre TUDO.

tudo foi criado por Deus, mas o homem corrompeu a si e a natureza começando peladesobediência, trazendo à terra o pecado, mas Deus sendo misericordioso e gracioso enviou seu próprio filho para morrer por nosso pecados oferecendo-nos perdão através doarrependimento, e assim nos por em liberdade assim como ele está e termos VIDA com ele, porque sem ele não há. Nós devemos sempre nos comparar a Jesus e não aos outros, pois quando Deus criou o homem ele criou a sua imagem e semelhança e não a imagem e semelhança dos outros.

Bíblia, revelação escrita de Jesus e do plano secreto de Deus, o velho testamento anuncia a seu plano secreto e o novo testamento explica o plano secreto, Jesus o plano secreto que te ama e quer dar a liberdade.

A verdade sobre a igreja


Todos os cristãos hoje, dizem que crêem nas escrituras, e que são elas a base de suas buscas na compreensão da vontade de Deus. Se de fato isso fosse verdade, não teríamos tantas divisões, facções, denominações e seitas que afirmam que estão fazendo todas as coisas de acordo com a Palavra de Deus. No meio do povo de Deus, isso tem sido divulgado de todas as maneiras. Mas na verdade, não passa da maior mentira que satanás inventou, e induziu os filhos de Deus a falarem, proclamarem e afirmarem.(1Co 3:4).
O Apóstolo Paulo falou aos Coríntios que coisas como essa, iriam acontecer. Alertou para o fato de haverem falsos apóstolos, obreiros fraudulentos e que o próprio inimigo, satanás, se transforma em anjo de luz e seus ministros (cooperadores), em ministros de justiça (2Co 11:12-15).
Assim, como aconteceu com os Gálatas, que foram enfeitiçados (fascinados) por pessoas que vinham até eles falando um outro evangelho, com o objetivo de desviá-los da verdade sobre a vida prática da igreja (Gl 1:6-9; 3:1-3); isso está ocorrendo hoje de uma maneira intensificada.
A bíblia nos diz que o Senhor viveu, morreu, ressuscitou e tornou-se o Espírito e entrou para dentro de todos aqueles que crêem (Jo 1:12-13) (At 2:21) (1Co 12:12-13) (1Co 6:17) e muitos outros versículos, afirmam que o Senhor de fato cumpriu, o que falou aos discípulos, em sua estadia entre os homens como homem. (João 14,15,16).
Pelo fato de ocorrer que, a maioria dos filhos de Deus hoje não conhece as escrituras, tem havido muita mentira sendo semeada pelos púlpitos, nos vários templos existentes em todos os lugares, templos esses que os crentes chamam de “igreja”. Que blasfêmia! Que comparação barata! Pois a igreja foi gerada pelo sangue e água, que saiu do lado do Senhor na cruz (João 19:34). A Igreja é algo vivo (1 Tm 3:15); pois Deus é vivo. Como pode um Deus vivo habitar em paredes feitas por homens, com tijolos, pedras, cimento etc? (Atos 7:48-49; 17:24).
A Verdade sobre a Igreja é que ela é viva! Pois é composta de todos aqueles, que de coração puro invocam o Senhor (2 Tm 2:22).
Caro leitor, se você de fato é um filho de Deus, você precisa estar junto com aqueles, que estão unidos na cidade para darem o testemunho da unidade do Corpo de Cristo; isso é a Igreja. (1 Co 1:2) (Atos 13:1) (Salmos 133) (Ef 4:4-6).
De acordo com a bíblia, em cada cidade, só pode haver uma igreja, que não tem nenhum nome especial, pois é identificada pelo nome da cidade onde os irmãos moram. (Atos 8:1) (Rm 1:7) (1 Ts 1:1) (Ap 1:4,11).
Se cremos na bíblia, temos que aceitar o que ela diz sobre a Igreja e praticar. Graças ao Senhor, pois nesta cidade o SENHOR tem aqueles que leram, entenderam e estão praticando a verdadeira prática vida da Igreja.

Fonte: Jornal Árvore da Vida

A Genuína Autoridade e Submissão

Consagração

Como Lapidar Os Filhos

Os Dois Aspectos da Salvação

Diagrama da Parousia Do Senhor

A Parousia do Senhor Jesus

A ARQUELOGIA DE LAODICEIA CONFIRMA SUA REALIDADE ESPIRITUAL DE HOJE


Amados irmãos, este texto pode ser muito esclarecedor sobre a relidade atual de Laodicéia. Que o Senhor nos livre de todo tipo de degradação espiritual.
Laodicéia é o nome de pelo menos oito cidades fundadas ou reformadas durante os três últimos séculos antes de Cristo. Muitas delas receberam o nome em homenagem a Laodice, esposa de Antíoco II Theos e mãe de Seleuco II, da dinastia dos reis selêucidas da Síria que, então, dominava o povo. Até Beirute chegou a ser denominada "Laodicéia cananita". Na Índia, também é possível encontrar ruínas de uma área urbana que traz o mesmo nome. Mas a Laodicéia do Apocalipse é uma metrópole da Ásia Menor, que existia como uma pequena vila desde a época dos hititas, por volta de dois mil anos a. C.

De acordo com Plínio, historiador e político do primeiro século, essa Laodicéia chamava-se originalmente Dióspolis e Rhoas.3 Esse último nome é de compreensão difícil e pode pertencer a algum antigo idioma da região da Anatólia. Já o primeiro significa "cidade de Deus", uma referência a Zeus ou Júpiter como principal divindade do lugar. A mudança do nome deve ter causado polêmica entre alguns do povo. Primeiramente, porque a região caíra nas mãos dos selêucidas, que então a dominaram, e Laodice não gozava de muita simpatia no meio do povo. Ademais, isso poderia significar um abandono gradual de sua divindade local em troca da figura de Antíoco II Theos, o novo rei, cujo nome continha um trocadilho que tanto podia significar "o opositor de Deus" quanto "o deus opositor".

É curioso notar que as ações dos 13 reis selêucidas que receberiam o nome de Antíoco (anti = contra) lembram muito de perto as atitudes do futuro anticristo a quem Paulo apresenta como aquele que "se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus" (II Tess. 2:4). Assim, a vila, antes chamada "cidade de Deus", agora passa a ser a "metrópole de Laodice" ou Laodicéia. Tal mudança indica uma forte secularização do lugar, apesar da aparente religiosidade expressa nas moedas que apresentavam a figura de Zeus segurando uma águia na mão direita. O resultado imediato foi que Laodicéia se tornou, em pouco tempo, um centro de produção dos "filósofos céticos", que, inspirados nas idéias de Górgias, duvidavam da existência de Deus e dos valores da religião.

Esse novo ambiente secular pode ser visto, principalmente, numa comparação entre a medicina exercida em Laodicéia e a exercida em Pérgamo. Esta última ainda mantinha muito forte o vínculo entre ciência e religião que, embora envolto pelo paganismo, era próprio da mentalidade da época. Laodicéia, porém, tinha seu programa totalmente secularizado, reservando aos templos toda e qualquer alusão ao sagrado.


DITADURA OU SEDUÇÃO
Nenhum povo gosta do invasor estrangeiro. Por isso, Antíoco enfrentou oposição no início de seu governo. Mas, logo o ambiente hostil começou a mudar, à medida que a cidade prosperava sob o governo selêucida. Para fazer justiça ao nome da rainha, a nova Laodicéia tinha de ser uma metrópole de infra estrutura exemplar, com belos prédios e arquitetura refinada. Isso impressionou os moradores acostumados à simplicidade. Estrabão, historiador e geógrafo grego do primeiro século, afirma que a cidade não tinha importância nenhuma antes de Antíoco II. Porém, com a administração selêucida as coisas mudaram e Laodicéia se tornou muito rica, uma das mais famosas cidades da Anatólia.

A partir de então, o antigo inimigo passou de tirano a benfeitor. Suas melhorias seduziram o povo, que começou a ter tranqüilidade, admiração e orgulho de sua nova condição. O progresso, nesse caso, teria custado ao povo uma boa fatia de seu apego à religião ou, pelo menos, da prioridade às coisas espirituais. Um detalhe que chama atenção é que, até hoje, nenhum arqueólogo conseguiu encontrar o famoso templo de Zeus - principal edifício da época pré-antioquena, quando a cidade ainda se chamava Dióspolis. Uma explicação seria a de que o prédio fora transformado em edifício público, devido ao gradual desinteresse popular pelo antigo culto e, talvez, tenha se reduzido a algum pequeno santuário como os até agora desenterrados naquele sítio arqueológico.

Porém, o fato é que não existe adorador neutro. Independente do meio, cultura, idade ou posição social, todo indivíduo nasce e cresce com a necessidade de cultuar algo ou alguém. Ninguém retira Cristo do trono para deixá-lo vazio. Um usurpador será convidado para substituí-Lo. Assim nasce a idolatria.

Sendo um termo grego, Laodicéia deriva de duas palavras: Laos e dikaios, que significam respectivamente "povo" e "juízo". Estamos acostumados a ouvir que o sentido mais próprio do termo seria "julgamento do povo", numa alusão clara ao juízo investigativo, iniciado no Céu em sincronia com o nascimento da última fase do cristianismo, simbolizada na sétima igreja de Apocalipse 3. Essa interpretação está correta, à luz do idioma grego. Há, contudo, outra possibilidade etimológica que acentua outro dado. Laodicéia também pode ser traduzida como "o povo que julga". Isso significa que o ser humano, tomando as rédeas da ética no lugar de Deus, passa sem cerimônia a exercer o papel de legislador entre o bem e o mal. A vontade do povo é colocada na frente do querer de Deus. Já não há preocupação em saber o que Deus pensa, mas o que é conveniente de acordo com a maioria.

Eis aí uma perigosa conduta de nosso tempo: agir como se soubéssemos, melhor do que Deus, o que é certo e errado para nossa vida e a Igreja. Na fase de apostasia laodiceana, já não é a Palavra de Deus que normatiza e orienta o crente, mas a experiência, o bom senso, a lógica, a vontade popular. É a religião do vox populi vox Dei (a voz do povo é a voz de Deus). O conselho a Laodicéia nos adverte de que a voz do povo foi, muitas vezes, a voz de sua própria ignorância, atenuando pecados e brincando de “cristianismos”.

CIDADE DE RISCOS
Com seu crescimento, Laodicéia foi se tornando uma importante metrópole da Ásia Menor. Suas ruínas, desenterradas por arqueólogos franceses, italianos e turcos, hoje podem ser vistas num parque que fica a seis quilômetros da moderna cidade de Denizli, na Turquia. Ainda há muito para ser escavado. Mas, o que já foi encontrado ajuda bastante a reconstituir a história daquele magnífico lugar. Porções das muralhas antigas revelam quatro portas que lembram a descrição apocalíptica da Nova Jerusalém. A porta Siríaca, ao leste, é a mais bem preservada. Além disso, podem ser vistos ainda dois imensos teatros (um deles com capacidade para 20 mil pessoas), um estádio olímpico com quase 350 metros de extensão, dois templos, três casas de banho, duas fontes conhecidas como "ninfeus" (em homenagem às ninfas) e um ginásio de esportes, entre outras ruínas.

No tempo de João, Laodicéia era uma cidade da Frígia, situada numa colina perto da confluência do rio Lico com o vale de meandro. O local formava uma área muito fértil que colocava os laodicenses em condição privilegiada. Laodicéia estava a apenas 80 quilômetros de Filadélfia e 160 de Éfeso. Seis estradas cruzavam o seu interior, permitindo que ela fosse o centro de importantes rotas comerciais. Isso a tornava uma espécie de alfândega que controlava as mercadorias em trânsito e cobrava os impostos. Parte dos tributos ficava na própria cidade e era usada no desenvolvimento de sua área urbana.

Não é por menos que Laodicéia foi considerada a principal e mais rica metrópole da região. Ela possuía o maior centro bancário da Ásia Menor, especializado em câmbios de ouro e moeda estrangeira. Na época de Roma, os países dominados tinham moedas locais e só poderiam comercializar no exterior trocando-as por moedas romanas. Laodicéia, portanto, recebia muito dinheiro do Império para ter suficiente capital de giro para a constante troca de dinheiro.

No coração da cidade ficava uma das maiores escolas de medicina do mundo antigo. Sua fama decorria, principalmente, da arte de curar os olhos a partir de um colírio à base de alume ou sulfato, abundante na região. Pessoas de todo o Império iam se tratar com seus oftalmologistas. O centro têxtil de Laodicéia era outra fonte de renda que produzia e exportava tecidos finos. Sua grife era cobiçada pela mais alta sociedade imperial. O preço era monstruoso. Uma lã fina, obtida a partir da criação de um raro carneiro negro, colocava a indústria têxtil laodicense entre as primeiras do mundo antigo.

O centro bancário, a produção de colírio e a indústria têxtil parecem contrastar com a realidade espiritual de "pobre, cego e nu" descrita no Apocalipse. Sua condição financeira a fazia sentir-se bastante segura para ostentar a arrogância de não ter falta de nada. Porém, sua aparência externa não correspondia ao seu interior.
Com o fim da República Romana e o início da Roma Imperial, Laodicéia aumentou seu prestígio, tornando-se uma das mais importantes e promissoras cidades da Ásia Menor. Basta dizer que Hiero, um dos seus cidadãos mais ricos, resolveu adornar por conta própria toda a cidade, e esse foi apenas "um singelo presente", dado com os cumprimentos de um cidadão local. Zeno e seu filho Palemo foram alguns dos convidados pessoais do imperador para serem reis em Patus, Armênia e Trácia.

O famoso orador e político Cícero visitou Laodicéia por volta do ano 50 a. C. e, mesmo verificando a existência de alguns problemas legais, não impediu que a cidade fosse feita o centro da Convenção de Kibyra (condição semelhante à de Genebra em relação à ONU). Por fim, em 129 a. D., o próprio imperador Adriano fez questão de conhecer a cidade e ficar ali por um tempo, despachando ofícios para a capital e o restante do Império.

A aparência destituída da verdadeira essência causa náuseas a Cristo. Ao lerem isso, os destinatários do Apocalipse teriam, por certo, a vívida descrição dos muitos chafarizes, ou ninfeus, que faziam parte da ornamentação da cidade. Eram obras de arte, esculpidas no mais fino estilo greco romano. Mas o incauto sedento que fosse beber de suas águas seria surpreendido pelo gosto ruim que elas possuíam.

Sendo a região rica em sulfato, o mesmo produto que permitia a fabricação de colírio contaminava os principais lençóis freáticos, fazendo com que muitas fontes de água mineral se tornassem salobras. Além disso, o vale era parte de uma região vulcânica que aquecia as águas tornando-as mornas e impróprias para o consumo. A prefeitura local gastava muito dinheiro canalizando água potável de alguma fonte para as residências. Porém, os chafarizes continuavam vertendo uma água mineral aparentemente cristalina, mas salobra e morna.



CAOS E ORGULHO
Situada em uma área de muitas atividades sísmicas, Laodicéia sofria muito com terremotos que causavam grande destruição. Durante o reinado de Augusto, um forte tremor destruiu vários prédios que foram reconstruídos com a ajuda do Império. Em 17 a. D., foi novamente atingida, e recuperada por Tibério César. Porém, quando a cidade se viu abalada pelo mais terrível terremoto de sua história, em 60 a. D., simplesmente recusou qualquer ajuda imperial, alegando que isso seria uma humilhação para seus abastados cidadãos. Seu orgulho havia chegado ao limite do ridículo.

Historiadores como Estrabão e Tácito dizem que Laodicéia não apenas recusou a ajuda imperial, mas procurou reconstruir-se com suas próprias forças. Um único morador, chamado Nicostratus – não há como não lembrar de Nicodemos - disse ter dinheiro suficiente para, sozinho, financiar a reconstrução do estádio olímpico. Quando o enviado de Roma chegou à porta da cidade para verificar o estrago e agilizar a remessa de ajuda, os orgulhosos representantes dispensaram sua visita, sugerindo que seguisse adiante buscando outro povo mais necessitado do que eles. Esse episódio repercutiu negativamente entre o povo que, 40 anos depois, ainda era reconhecido como orgulhoso e arrogante.

Curiosamente, por esse tempo, boa parte da população laodiceana era constituída de judeus, muitos deles convertidos ao cristianismo. O segmento judaico da metrópole contava com algo em torno de sete a onze mil habitantes. Há quem estime que a atitude orgulhosa diante do desastre seria estimulada por judeus influentes que moravam no lugar. Seja como for, os destinatários imediatos da carta estavam bem familiarizados com a história da rejeição e se lembraram dela, ao lerem a advertência de Cristo para que o erro não se repetisse na igreja cristã local.


ESPERANÇA
Depois de um longo tempo de prosperidade e contínuos terremotos, Laodicéia finalmente caiu nas mãos de invasores turcos e deixou de pertencer à Síria. Quanto à igreja que ali havia, alguns de seus membros pareceram ter compreendido bem a mensagem de Cristo e seguido o Seu conselho. Compraram dEle o colírio, o ouro e as vestes espirituais que lhes faltavam. Setenta anos após a advertência escrita por João, o bispo da igreja local foi morto por não negociar a sua fé. Ele estava no território de Laodicéia, mas não aceitou ficar no estado de Laodicéia. Seu martírio é a certeza de que Deus sempre terá um remanescente

Em 363 a. D., Laodicéia foi escolhida para abrigar o concílio de Laodicéia. Restos de uma igreja bizantina foram desenterrados ao sul da cidade, perto a uma rua com muitas colunas, o que indica uma forte presença cristã na região

Éfeso: "arrepende-te... e, se não, venho a ti" (2:5).
Esmirna: "sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (2:10).
Pérgamo: "portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora" (2:16).
Tiatira: "conservai o que tendes, até que Eu venha" (2:25).
Sardes: "se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti" (3:3).
Filadélfia: A porta já está aberta. Aleluia.
Laodicéia: "eis que estou à porta e bato" (3:20).
Em Laodicéia, o anúncio da breve chegada é substituído pela visão de alguém que já chegou e está à porta, esperando entrada. Diferente do costume ocidental, no oriente, quando alguém chega a uma casa, anuncia-se. O recurso de bater à porta é mais comumente usado para situações de emergência ou crise carente de pronto atendimento. Um amigo em visita cordial, não apressada, anunciava seu nome, e o anfitrião reconhecia a voz, convidando-o a entrar. Porém, numa situação de urgência, como a chegada de um exército ou uma tempestade, não havia tempo para anúncios formais e utilizava-se o método de bater fortemente à porta, indicando que o assunto era sério.
A partir desse reconhecimento cultural, entendemos que Jesus não está calmamente batendo, como se fosse apenas uma visita regular. Ele bate à porta, denunciando urgência

Quem tem ouvidos, para ouvir, ouça.

Jesus Cristo é Deus, Ele é o Senhor.

UMA BREVE HISTÓRIA DO CRISTIANISMO


UMA BREVE HISTÓRIA DO CRISTIANISMO 


Baseado no texto fornecido pela Wikipédia 




O cristianismo é uma religião monoteísta baseada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como estes se encontram recolhidos nos Evangelhos, parte integrante do Novo Testamento. Os cristãos acreditam que Jesus é o Messias e como tal referem-se a ele como Jesus Cristo. Com cerca de 2,1 bilhões de adeptos (segundo dados de 2001), o cristianismo é hoje a maior religião mundial. É a religião predominante na Europa, América do Norte, América do Sul, Oceania e em grande parte de África.


O cristianismo começou no século I como uma seita do judaísmo, partilhando por isso textos sagrados com esta religião, em concreto o Tanakh, que os cristãos denominam de Antigo Testamento. À semelhança do judaísmo e do islão, o cristianismo é considerado como uma religião abraâmica.


Segundo o Novo Testamento, os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez "cristãos" em Antioquia (Atos 11:26).


Índice


* 1 Principais crenças
o 1.1 Monoteísmo
o 1.2 Jesus
o 1.3 A salvação
o 1.4 A vida depois da morte
o 1.5 A Igreja
* 2 Diferenças nas crenças
o 2.1 O Credo de Nicéia
o 2.2 Outros textos considerados sagrados
* 3 Origem
* 4 Denominações cristãs
* 5 Concepções religiosas e filosóficas
* 6 Formas de culto
* 7 Símbolos
* 8 Calendário litúrgico e festividades
* 9 O cristianismo no mundo de hoje
* 10 Ver também
* 11 Bibliografia


Principais crenças
Embora existam diferenças entre os cristãos sobre a forma como interpretam certos aspectos da sua religião, é também possível apresentar um conjunto de crenças que são partilhadas pela maioria deles.


Monoteísmo
O cristianismo herdou do judaísmo a crença na existência de um único Deus, criador do universo e que pode intervir sobre ele. Os seus atributos mais importantes são por isso a onipotência, a onipresença e onisciência.


Outro dos atributos mais importantes de Deus, referido várias vezes ao longo do Novo Testamento, é o amor: Deus ama todas as pessoas e estas podem estabelecer uma relação pessoal com ele através da oração.


A maioria das denominações cristãs professa crer na Santíssima Trindade, isto é, que Deus é um ser eterno que existe como três pessoas eternas, distintas iguais e indivisíveis: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.


A doutrina das denominações cristãs difere do monoteísmo Judaico visto que no judaísmo não existem três pessoas da Divindade, há apenas um único Deus, e o Messias que virá será um homem, descendente do rei Davi. Algumas denominações professam crer na Santíssima Trindade, isto é, que Deus é um ser eterno que existe como três pessoas eternas, distintas e indivisíveis: o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. Existem ainda outras denominações que crêem em duas pessoas da Divindade o Pai que deve ser adorado e o Filho que não tem nenhum direito na Divindade em adoração.




Jesus
Outro ponto crucial para os cristãos é o da centralidade da figura de Jesus Cristo. Os cristãos reconhecem a importância dos ensinamentos morais de Jesus, entre os quais salientam o amor a Deus e o amor ao próximo, e consideram a sua vida como um exemplo a seguir.
Acreditam que Ele é o Filho de Deus (o próprio Deus encarnado) que veio à Terra libertar os seres humanos do pecado através da sua morte na cruz e da sua ressurreição, embora variem entre si quanto ao significado desta salvação e como ela se dará. Para ser considerado cristão é fundamental a crença de que Jesus é completamente divino (Deus) e completamente humano (homem).




A salvação
Acreditam os cristãos que a fé em Jesus Cristo proporciona aos seres humanos a salvação e a vida eterna. Alguns julgam que precisam cumprir certas obras para obter a salvação (salvação por obras) e outros que, embora o que salve seja a fé, esta apenas pode ser demonstrada se a pessoa agir de acordo com aquilo que crê (salvação pela fé no sacrifício).




A vida depois da morte
A visão cristã sobre a vida depois da morte envolve, de uma maneira geral, a crença no céu e no inferno. A Igreja Católica considera que para além destas duas realidades existe o purgatório, um local de purificação onde ficam as almas que morreram em estado de graça, mas que cometeram pecados.




A Igreja
Os cristãos acreditam na Igreja, entendida como a comunidade de todos os cristãos e como corpo místico de Cristo presente na Terra e sua continuidade. As principais igrejas ligadas ao cristianismo são: a Igreja Católica, as Igrejas Protestantes, as Igrejas Petencostais, as Igrejas Neopetencostais e a Igreja Ortodoxa.


Diferenças nas crenças


O Credo de Nicéia
O Credo de Nicéia, formulado nos concílios de Niceia e Constantinopla, foi ratificado como credo universal da Cristandade no Concílio de Éfeso de 431. Os cristãos ortodoxos orientais não incluem no credo a cláusula filioque, que foi acrescentada pela Igreja Católica mais tarde.


As crenças principais declaradas no Credo de Niceia são:
* A crença na Trindade;
* Jesus é simultaneamente divino e humano;
* A salvação só é possível através da pessoa, vida e obra de Jesus;
* Jesus Cristo foi concebido de forma virginal, foi crucificado, ressuscitou, ascendeu ao céu e virá de novo à Terra;
* A remissão dos pecados é possível através do baptismo (br-batismo);
* Os mortos ressuscitarão.


Na altura em que foi formulado, o Credo de Niceia procurou lidar directamente com crenças que seriam consideradas heréticas, como o arianismo, que negava que o Pai e Filho eram da mesma substância, ou o gnosticismo.


A maior parte das igrejas protestantes partilham com a Igreja Católica a crença no Credo de Nicéia.


Outros textos considerados "sagrados"
Alguns cristãos consideram que determinados escritos, para além dos que fazem parte da Bíblia, foram divinamente inspirados. Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias atribuem a três livros a qualidade de terem sido inspirados por Deus; esses livros são o Livro de Mórmon, a Doutrina e Convénios e a Pérola de Grande Valor. Para os Adventistas do Sétimo Dia os escritos de Ellen G. White são uma manifestação profética que, contudo, não se encontra ao mesmo nível que a Bíblia.


Origem
Segundo a religião judaica, o Messias, um descendente do Rei Davi, iria um dia aparecer e restaurar o Reino de Israel. Na Palestina, por volta de 26 d.C., Jesus Cristo, nascido na cidade de Belém na Galileia começou a pregar uma nova doutrina e atrair seguidores, sendo aclamado por alguns como o Messias. Jesus foi rejeitado, tido por apóstata pelas autoridades judaicas. Foi condenado por blasfémia e executado pelos Romanos como um líder rebelde. Seus seguidores enfrentaram dura oposição político-religiosa, tendo sido perseguidos e martirizados, pelos líderes religiosos judeus, e, mais tarde, pelo Estado Romano.


Com a morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos, principais testemunhas da sua vida, reúnem-se numa comunidade religiosa composta essencialmente por judeus e centrada na cidade de Jerusalém. Esta comunidade praticava a comunhão dos bens, celebrava a "partilha do pão" em memória da última refeição tomada por Jesus e administrava o baptismo aos novos convertidos. A partir de Jerusalém, os apostólos partiram para pregar a nova mensagem, anunciando a nova religião inclusive aos que eram rejeitados pelo judaísmo oficial. Assim, Filipe prega aos Samaritanos, o eunuco da rainha da Etiópia é baptizado, bem como o centurião Cornélio. Em Antioquia, os discípulos abordam pela primeira vez os pagãos e passam a ser conhecidos como cristãos.


Paulo de Tarso não se contava entre os apóstolos originais, ele era um judeu fariseu que perseguiu inicialmente os primeiros cristãos. No entanto, ele tornou-se depois um cristão e um dos seus maiores, senão o maior missionário depois de Jesus Cristo. Boa parte do Novo Testamento foi escrito ou por ele (as epístolas) ou por seus cooperadores (o evangelho de Lucas e os actos dos apóstolos). Paulo afirmou que a salvação dependia da fé em Cristo. Entre 44 e 58 ele fez três grandes viagens missionárias que levaram a nova doutrina aos gentios e judeus da Ásia Menor e de vários pontos da Europa, entre eles Roma.


Nas primeiras comunidades cristãs a coabitação entre os cristãos oriundos do paganismo e os oriundos do judaísmo gerava por vezes conflitos. Alguns dos últimos permaneciam fiéis às restrições alimentares e recusavam-se a sentar-se à mesa com os primeiros. Na Assembleia de Jerusalém, em 48, decide-se que os cristãos ex-pagãos não serão sujeitos à circuncisão, mas para se sentarem à mesa com os cristãos de origem judaica devem abster-se de comer carne com sangue ou carne sacrificada aos ídolos. Consagra-se assim a primeira ruptura com o judaísmo.


Peixe - Símbolo Cristão Primitivo, 2.º Século d.C. - Hoje símbolo principal das denominações da Igreja Evangélica




Na época, a visão de mundo monoteísta do judaísmo era atrativa para alguns dos cidadãos do mundo romano, mas costumes como a circuncisão, as regras de alimentação incômodas, e a forte identificação dos judeus como um grupo étnico (e não apenas religioso) funcionavam como barreiras dificultando a conversão dos homens. Através da influência de Paulo, o Cristianismo simplificou os costumes judaicos aos quais os gentios não se habituavam enquanto manteve os motivos de atração. Alguns autores defendem que essa mudança pode ter sido um dos grandes motivos da rápida expansão do cristianismo.


Outros autores entendem a ruptura com os ritos judaicos mais como uma conseqüência da expansão do cristianismo entre os não-judeus do que como sua causa. Estes invocam outros fatores e características como causa da expansão cristã, por exemplo: a natureza da fé cristã que propõe que a mensagem de Deus destina-se a toda a humanidade e não apenas ao seu povo escolhido; a fuga da perseguição religiosa empreendida inicialmente por judeus conservadores, e posteriormente pelo Estado Romano; o espírito missionário dos primeiros cristãos com sua determinação em divulgar o que Cristo havia ensinado a tantas pessoas quantas conseguissem.


A narrativa da perseguição religiosa, da dispersão dela decorrente, da expansão do cristianismo entre não-judeus e da subsequente abolição da obrigatoriedade dos ritos judaicos pode ser lida no livro de Atos dos Apóstolos. De resto, os cristãos adotam as regras e os princípios do Antigo Testamento, livro sagrado dos Judeus.


Em Junho do ano 66 inicia-se a revolta judaica. Em Setembro do mesmo ano a comunidade cristã de Jerusalém decide separar-se dos judeus insurrectos, seguindo a advertência dada por Jesus de que quando Jerusalém fosse cercada por exércitos a desolação dela estaria próxima, e exila-se em Pela, na Transjordânia, o que representa o segundo momento de ruptura com o judaísmo.


Após a derrota dos judeus em 70, cristãos e outros grupos judeus trilham caminhos cada vez mais separados. Para o Cristianismo o período que se abre em 70 e que segue até aproximadamente 135 caracteriza-se pela definição da moral e fé cristã, bem como de organização da hierarquia e da liturgia. No Oriente, estabelece-se o episcopado monárquico: a comunidade é chefiada por um bispo, rodeado pelo seu presbitério e assistido por diáconos.


Gradualmente, o sucesso do Cristianismo junto das elites romanas fez deste um rival da religião estabelecida. Embora desde 64, quando Nero mandou supliciar os cristãos de Roma, se tivessem verificado perseguições ao Cristianismo, estas eram irregulares. As perseguições organizadas contra os cristãos surgem a partir do século II: em 112 Trajano fixa o procedimento contra os cristãos. Para além de Trajano, as principais perseguições foram ordenadas pelos imperadores Marco Aurélio, Décio, Valeriano e Diocleciano. Os cristãos eram acusados de superstição e de ódio ao género humano. Se fossem cidadãos romanos eram decapitados; se não, podiam ser atirados às feras ou enviados para trabalhar nas minas.


Durante a segunda metade do século II assiste-se também ao desenvolvimento das primeiras heresias. Tatiano, um cristão de origem síria convertido em Roma, cria uma seita gnóstica que reprova o casamento e que celebrava a eucaristia com água em vez de vinho. Marcião rejeitava o Antigo Testamento, opondo o Deus vingador dos judeus, ao Deus bondoso do Novo Testamento, apresentado por Cristo; ele elaborou um Livro Sagrado feito a partir de passagens retiradas do Evangelho de Lucas e das epístolas de Paulo. À medida que o Cristianismo criava raízes mais fortes na parte ocidental do Império Romano, o latim passa a ser usado como língua sagrada (nas comunidades do Oriente usava-se o grego).


A ascensão do imperador romano Constantino representou um ponto de virada para o Cristianismo. Em 313 ele publica o Édito de Tolerância (ou Édito de Milão) através do qual o Cristianismo é reconhecido como uma religião do Império, e concede a liberdade religiosa aos cristãos. A Igreja pode possuir bens e receber donativos e legados. É também reconhecida a jurisdição dos bispos.


A questão da conversão de Constantino ao Cristianismo é um tema de profundo debate entre os historiadores, mas em geral aceita-se que a sua conversão ocorreu gradualmente. Constantino estipula o descanso dominical, proíbe a feitiçaria e limita as manifestações do culto imperial. Ele também mandou construir em Roma uma basílica no local onde, supostamente, o apóstolo Pedro estava sepultado e, influenciado pela sua mãe, a imperatriz Helena, ordena a construção em Jerusalém da Basílica do Santo Sepulcro e da Igreja da Natividade em Belém.


Constantino quis também intervir nas querelas teológicas que na altura marcavam o Cristianismo. Luta contra o arianismo, uma doutrina que negava a divindade de Cristo, oficialmente condenada no Concílio de Niceia (325), onde também se definiu o Credo cristão.


Mais tarde, nos anos de 391 e 392, o imperador Teodósio I combate o paganismo, proibindo o seu culto e proclamando o Cristianismo religião oficial do Império Romano.


O lado ocidental do Império cairia em 476, ano da deposição do último imperador romano pelo "bárbaro" germânico Odoacer, mas o Cristianismo permaneceria triunfante em grande parte da Europa, até porque alguns bárbaros já estavam convertidos ao Cristianismo ou viriam a converter-se nas décadas seguintes. O Império Romano teve desta forma um papel instrumental na expansão do Cristianismo.


Do mesmo modo, o cristianismo teve um papel proeminente na manutenção da civilização européia. A Igreja, única organização que não se desintegrou no processo de dissolução da parte ocidental do império, começou lentamente a tomar o lugar das instituições romanas ocidentais, chegando mesmo a negociar a segurança de Roma durante as invasões do século V. A Igreja também manteve o que restou de força intelectual, especialmente através da vida monástica.


Embora fosse unida lingüisticamente, a parte ocidental do Império Romano jamais obtivera a mesma coesão da parte oriental (grega). Havia nele um grande número de culturas diferentes que haviam sido assimiladas apenas de maneira incompleta pela cultura romana. Mas enquanto os bárbaros invadiam, muitos passaram a comungar da fé cristã. Por volta dos séculos IV e X, todo o território que antes pertencera ao ocidente romano havia se convertido ao cristianismo e era liderado pelo Papa. Missionários cristãos avançaram ainda mais ao norte da Europa, chegando a terras jamais conquistadas por Roma, obtendo a integração definitiva dos povos germânicos e eslavos.


Denominações cristãs
Após a derrota dos judeus em 70, cristãos e outros grupos judeus trilham caminhos cada vez mais separados. Para o Cristianismo o período que se abre em 70 e que segue até aproximadamente 135 caracteriza-se pela definição da moral e fé cristã, bem como de organização da hierarquia e da liturgia. No Oriente, estabelece-se o episcopado monárquico: a comunidade é chefiada por um bispo, rodeado pelo seu presbitério e assistido por diáconos.
Gradualmente, o sucesso do Cristianismo junto das elites romanas fez deste um rival da religião estabelecida. Embora desde 64, quando Nero mandou supliciar os cristãos de Roma, se tivessem verificado perseguições ao Cristianismo, estas eram irregulares. As perseguições organizadas contra os cristãos surgem a partir do século II: em 112 Trajano fixa o procedimento contra os cristãos. Para além de Trajano, as principais perseguições foram ordenadas pelos imperadores Marco Aurélio, Décio, Valeriano e Diocleciano. Os cristãos eram acusados de superstição e de ódio ao género humano. Se fossem cidadãos romanos eram decapitados; se não, podiam ser atirados às feras ou enviados para trabalhar nas minas.


Durante a segunda metade do século II assiste-se também ao desenvolvimento das primeiras heresias. Tatiano, um cristão de origem síria convertido em Roma, cria uma seita gnóstica que reprova o casamento e que celebrava a eucaristia com água em vez de vinho. Marcião rejeitava o Antigo Testamento, opondo o Deus vingador dos judeus, ao Deus bondoso do Novo Testamento, apresentado por Cristo; ele elaborou um Livro Sagrado feito a partir de passagens retiradas do Evangelho de Lucas e das epístolas de Paulo. À medida que o Cristianismo criava raízes mais fortes na parte ocidental do Império Romano, o latim passa a ser usado como língua sagrada (nas comunidades do Oriente usava-se o grego).


A ascensão do imperador romano Constantino representou um ponto de virada para o Cristianismo. Em 313 ele publica o Édito de Tolerância (ou Édito de Milão) através do qual o Cristianismo é reconhecido como uma religião do Império, e concede a liberdade religiosa aos cristãos. A Igreja pode possuir bens e receber donativos e legados. É também reconhecida a jurisdição dos bispos.


A questão da conversão de Constantino ao Cristianismo é um tema de profundo debate entre os historiadores, mas em geral aceita-se que a sua conversão ocorreu gradualmente. Constantino estipula o descanso dominical, proíbe a feitiçaria e limita as manifestações do culto imperial. Ele também mandou construir em Roma uma basílica no local onde, supostamente, o apóstolo Pedro estava sepultado e, influenciado pela sua mãe, a imperatriz Helena, ordena a construção em Jerusalém da Basílica do Santo Sepulcro e da Igreja da Natividade em Belém.


Constantino quis também intervir nas querelas teológicas que na altura marcavam o Cristianismo. Luta contra o arianismo, uma doutrina que negava a divindade de Cristo, oficialmente condenada no Concílio de Niceia (325), onde também se definiu o Credo cristão.


Mais tarde, nos anos de 391 e 392, o imperador Teodósio I combate o paganismo, proibindo o seu culto e proclamando o Cristianismo religião oficial do Império Romano.


O lado ocidental do Império cairia em 476, ano da deposição do último imperador romano pelo "bárbaro" germânico Odoacer, mas o Cristianismo permaneceria triunfante em grande parte da Europa, até porque alguns bárbaros já estavam convertidos ao Cristianismo ou viriam a converter-se nas décadas seguintes. O Império Romano teve desta forma um papel instrumental na expansão do Cristianismo.


Do mesmo modo, o cristianismo teve um papel proeminente na manutenção da civilização européia. A Igreja, única organização que não se desintegrou no processo de dissolução da parte ocidental do império, começou lentamente a tomar o lugar das instituições romanas ocidentais, chegando mesmo a negociar a segurança de Roma durante as invasões do século V. A Igreja também manteve o que restou de força intelectual, especialmente através da vida monástica.


Embora fosse unida lingüisticamente, a parte ocidental do Império Romano jamais obtivera a mesma coesão da parte oriental (grega). Havia nele um grande número de culturas diferentes que haviam sido assimiladas apenas de maneira incompleta pela cultura romana. Mas enquanto os bárbaros invadiam, muitos passaram a comungar da fé cristã. Por volta dos séculos IV e X, todo o território que antes pertencera ao ocidente romano havia se convertido ao cristianismo e era liderado pelo Papa. Missionários cristãos avançaram ainda mais ao norte da Europa, chegando a terras jamais conquistadas por Roma, obtendo a integração definitiva dos povos germânicos e eslavos.






Denominações cristãs




Os mais importantes ramos do Cristianismo




(Claimed separate lineage)RestauracionismoAnabaptistasProtestantismoAnglicanismo
("Via Media")
(Ritos latinos)Catolicismo Romano
(Ritos orientais)Igreja OrtodoxaIgreja Ortodoxa OrientalNestorianismo
(Inclui a Igreja Asssíria Oriental)Reforma(século XVI)Grande Cisma(século XI)Concílio de Éfeso 431Concílio de Calcedónia 451Cristianismo primitivo"União"
No cristianismo existem numerosas tradições e denominações, que reflectem diferenças doutrinais por vezes relacionadas com a cultura e os diferentes contextos locais em que estas se desenvolveram. Segundo a edição de 2001 da World Christian Encyclopedia existem 33 830 denominações cristãs. Desde a Reforma o cristianismo é dividido em três grandes ramos:


Catolicismo: composto pela Igreja Católica Apostólica e que hoje congrega o maior número de fiéis;
Ortodoxia: originária da primeira grande cisma cristã é constituída por duas grandes igrejas ortodoxas - a grega e a russa - que apresentam algumas diferenças entre si, nomeadamente a língua usada na liturgia. Há ainda um terceiro ramo, a igreja de rito Copta, que surgiu no Norte de África;
Protestantismo: originária da segunda grande cisma cristã (Reforma Protestante) de Martin Lutero, no século XVI, e engloba grande número de movimentos e denominações distintas. Actualmente a Igreja Protestante (também chamada Igreja Evangélica) pode ser dividida em três vertentes:
Denominações Históricas: resultado directo da reforma protestante. Destacam-se nesta vertente os luteranos, anglicanos , presbiterianos, metodistas e batistas.
Denominações Pentecostais: originárias em movimento do início do século XX é baseando na crença na presença do Espírito Santo na vida do crente através de sinais, denominados por estes como dons do Espírito Santo, tais como falar em línguas estranhas (glossolalia), curas, milagres, visões etc. Destacam-se nesta vertente a Assembléia de Deus a Igreja Cristã Maranata e a Igreja do Evangelho Quadrangular.
Denominações Neopentecostais: originárias na segunda metade do século XX de avanço das igrejas pentecostais, não configuram uma categoria homogêna.São consideradas seitas pelos Protestantes. Destacam-se nesta vertente a Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Igreja Internacional da Graça de Deus, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, e a Igreja Evangélica Cristo Vive. É o ramo mais que mais cresce no Brasil e no mundo.
Além desses três ramos majoritários, ainda existem outros segmentos minoritários do Cristianismo. Em geral se enquadram em uma das seguintes categorias:


Restauracionismo: são doutrinas surgidas após a Reforma Protestante cujas bases derrogam as de todas as outras tradições cristãs, basicamente tendo como ponto em comum apenas a crença em Jesus Cristo. A maioria deles não se considera propriamente "protestante" ou "evangélico". Nesta categoria estão enquadrados os Mórmons, a Igreja Adventista do Sétimo Dia e as Testemunhas de Jeová, entre outras denominações. Quanto às Testemunhas de Jeová, embora afirmem ser cristãs, também não se consideram parte do protestantismo. Seus adeptos crêem que praticam o cristianismo primitivo e que não são fundamentalistas no sentido em que o termo é comumente usado. Aceitam a Jesus como criatura, de natureza divina, seu líder e resgatador, rejeitando, no entanto a crença na Trindade e ensinando que Cristo é o filho do único Deus Todo Poderoso, Jeová.
Cristianismo primitivo: são as Igrejas cujas bases são anteriores ao estabelecimento do catolicismo e da ortodoxia. É o caso das igrejas não-calcedonianas e da Igreja Assíria do Oriente (Nestoriana).
Cristianismo esotérico: é a parte mística do Cristianismo, e compreende as escolas cristãs de mistérios e sincretismo religioso. A este ramo pertence o Gnosticismo que é uma crença com raízes antecedentes ao próprio cristianismo e que tem características da ciência egípcia e da filosofia grega. O Rosacrucianismo também se enquadra nessa vertente sendo uma ciência oculta cristã que ressalta as boas ações por meio da fraternidade.
Espiritismo Cristão: Os simplesmente Espíritas não acreditam que uma pessoa pode redimir "os pecados" de uma outra, contudo para a maior parte dos adeptos do espiritismo a obra de Allan Kardec constitui uma nova forma do cristianismo, são os espíritas-cristãos. Inclusive, um dos seus livros fundantes é denominado de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Esse livro apresenta uma reinterpretação de aspectos da filosofia e moral cristã.




Concepções religiosas e filosóficas
O Cristianismo prega o amor a Deus e ao próximo como o seu fundamento espiritual. De facto estas atitudes não constituem dois mandamentos separados (1º a Deus e 2º ao próximo), mas sim um só em que nenhuma das partes pode ser excluída. A salvação espiritual é oferecida gratuitamente a quem deseja aceitá-la buscando a Deus na figura de seu filho Jesus e que a busca de Deus é uma experiência transformadora da natureza humana.


Podemos considerar três períodos que definem a concepção e filosofia do Cristianismo:


Cristianismo primitivo: caracterizado por uma heterogeneidade de concepções;
Patrística: ocorrida no período entre os séculos II e VIII, com a transformação da nova religião em uma Igreja oficial do Império RomanoConstantino e a formação de um clero institucionalizado, e cujo doutrinário expoente foi Santo Agostinho; fundada por
Escolástica: a partir do século VIII e cujo expoente foi São Tomás de Aquino, que afirmou que fé e razão podem ser conciliadas, sendo a razão um meio de entender a fé.
A partir do protestantismo, é necessário fazer uma diferenciação entre a história e concepção da Igreja Católica e das diversas denominações evangélicas que se formaram.


Formas de culto


As formas de culto do cristianismo envolvem a oração, a leitura de passagens da Bíblia, o canto de hinos, a cerimónia da eucaristia (católicos e ordodoxos) e a audição de uma sermão dito pelo sacerdote ou ministro. A maioria das denominações cristãs considera o Domingo como dia dedicado ao culto (há que minorias consideram o Sábado) . É um dia dedicado ao descanso, no qual os cristãos reúnem-se para o culto, embora a devoção e oração individual em qualquer outro dia da semana sejam também valorizadas no cristianismo.


Os católicos e os ortodoxos interpretam as formas de culto (ou missa, para o catolicismo) cristãs em termos de sete sacramentos, considerados como graças divinas:


Batismo
Eucaristia
Matrimónio
Confirmação ou crisma
Penitência
Extrema unção ou Unção dos enfermos
Ordem
Os protestantes não têm os sacramentos impostos pelo catolicismo, mas eles utilizam de passagens bíblicas para os cultos, como:


Batismo (para a maioria das denominações, apena em adultos);
Santa Ceia (não aceitando a eucaristia, voltando ao padrão bíblico "PÃO" E "VINHO", ambos aceitos apenas como símbolos)
etc




Símbolos
O símbolo mais reconhecido do cristianismo é sem dúvida a cruz, que pode apresentar uma grande variedade de formas de acordo com a denominação: crucifixo para os católicos, a cruz de oito braços para os ortodoxos e uma simples cruz para os protestantes evangélicos.


Outro símbolo cristão, que remonta aos começos da religião. é o Ichthys ou peixe estilizado (a palavra Ichthys significa peixe em grego, sendo também um acrónimo de Iesus Christus Theou Yicus Soter, "Jesus Cristo filho de Deus Salvador"), hoje sempre visto no protestianismo. Outros símbolos do cristianismo primitivo, por vezes ainda utilizados, eram o Alfa e o Ómega (primeira e última letras do alfabeto grego, em referência ao facto de Cristo ser o princípio e o fim de todas as coisas), a âncora (representando a salvação da alma chegada ao bom porto) e o "Bom Pastor", a representação de Cristo como um pastor com as suas ovelhas.






Calendário litúrgico e festividades
Alguns grupos cristãos atribuem a determinado dias do calendário uma importância religiosa. Estes dias estão ligados à vida de Jesus Cristo ou à história dos primórdios do movimento cristão.


O calendário litúrgico cristão inclui as seguintes festas:


Advento: período constituído pelas quatro semanas antes do Natal, entendidas como época de preparação para a celebração do nascimento de Jesus Cristo;
Natal: celebração do nascimento de Jesus;
Epifania: para os católicos, celebra a adoração de Jesus Cristo pelos Reis Magos, enquanto que para os cristãos ortodoxos o seu baptismo. Acontece doze dias após o Natal;
Sexta-feira Santa: morte de Jesus,
Domingo de Páscoa: ressurreição de Jesus;
Ascensão: ascensão de Jesus ao céu. Acontece quarenta dias após o Domingo de Páscoa;
Pentecostes: celebração do aparecimento do Espírito Santo aos cristãos. Ocorre cinquenta dias após o Domingo de Páscoa.
Alguns dias têm uma data fixa no calendário (como o Natal, celebrado a 25 de Dezembro), enquanto que outros se movem ao longo de várias datas. O período mais importante do calendário litúrgico é a Páscoa, que é uma festa móvel. Nem todas denominações cristãs concordam em relação a que datas atribuir importância. Por exemplo, o Dia de Todos-os-Santos é celebrado pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana a 1 de Novembro, enquanto que para a Igreja Ortodoxa a data é celebrada no primeiro Domingo depois do Pentecostes; outras denominações cristãs não celebram sequer este dia. De igual forma, alguns grupos cristãos recusam celebrar o Natal decido a esta data ter origens pagãs.






O cristianismo no mundo de hoje






Distribuição mundial dos cristãos: a amarelo, católicos; a magenta, protestantes; e a ciano, ortodoxos
O cristianismo é atualmente a religião com maior número de adeptos, seguida do islão. Presente em todos os continentes, apresenta tendências de desenvolvimento diferente em cada um deles.


No início do século XX, a maioria dos cristãos estava concentrada na Europa; por volta da década de setenta do século XX, tinha diminuído consideravelmente o número de cristãos na Europa, sendo actualmente a América Latina e África os dois centros mundiais do cristianismo.


O cristianismo chegou ao continente americano com as conquistas espanholas e portuguesas do século XVI. Os primeiros missionários católicos na América, preocupados com a conversão das populações, não se importaram com as culturas locais indígenas, que foram devastadas. No século XIX a independência dos países latino-americanos em relação a Espanha e Portugal, foi acompanhada de uma redução gradual da influência da Igreja Católica. Contudo, durante o século XX o catolicismo desempenhou um papel político na América Latina, detectável em movimentos como a Teologia da Libertação. Actualmente, o catolicismo perde terreno na América Latina a favor de movimentos protestantes de carácter pentecostalista.


Na África o cristianismo tem raízes mais antigas. Antes do surgimento do islão no século VII, o norte de África estava religiosamente integrado na esfera cristã. O islão e o cristianismo tiveram dificuldades em penetrar completamente na África Negra. Foi, sobretudo no século XIX, com o estabelecimento de missões protestantes (anglicanas e metodistas) em África, que o cristianismo penetrou no continente. Na segunda metade do século XX seria a vez do catolicismo. Hoje em dia, o catolicismo é a denominação com maior número de adeptos na maioria dos países africanos, com uma população de mais de 150 milhões de pessoas. No continente africano também surgiram igrejas cristãs independentes das tradições européias, que misturam elementos do cristianismo com elementos da cultura local, como o culto dos antepassados, a feitiçaria e a poligamia.
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