João 15:1-9

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A Economia de Deus nos Escritos de Pedro


Leitura Bíblica: 1 Pe 1:3-7; 2 Pe 1:3-7

O nosso conceito é que Pedro era uma pessoa muito natural, porque ele era uma pessoa que se manifestava mais do que os outros, se encontra a frente dos outros. Depois que o Senhor ressuscitou, o Senhor apareceu para ele e ele foi sendo transformado. Por isso o Senhor falou para ele três vezes: “amas-me mais do que esses outros?” Ele disse: “Senhor, eu te amo. Tu sabes que eu te amo”. Ele sabia que Pedro o amava; o Senhor sabia disso, sem nenhuma dúvida. E quando o Senhor falou com ele, em maior ou menor grau Pedro não ficou muito satisfeito porque ele se preocupou com o outro que estava do lado dele: “E quanto a esse?” E essa pessoa era João.
Então o Senhor falou: “Não se preocupa com os outros. Você deve preocupar-se com você mesmo. Quando você era mais jovem, você podia falar o que quisesse, porque você era infantil. Mas quando você crescer, ficar mais maduro, não poderá ficar com tanta liberdade assim. Por isso os outros vão levar você. Você não vai mais andar segundo a sua própria vontade. Outros vão levar você”. E pouco a pouco Pedro foi sendo transformado.
Depois, com o passar do tempo, com as experiências, no final ele escreveu 1 e 2 Pedro. Apesar de Pedro ter suas fraquezas, o Senhor amava a Pedro. Nós sabemos que muitas revelações nos foram dadas por meio de Paulo, e também, nesses últimos dois anos, vimos sobre os escritos de João, escritos esses dos últimos anos de sua vida. Mas Pedro, se olharmos, ele tem uma parcela bastante importante dentro das coisas que Deus deseja nos revelar. Na verdade, as epístolas de Pedro falam para nós o cume da revelação divina.
Agora vamos ver as epístolas de Pedro e o conteúdo dos escritos têm dois pontos: primeiro é a vida de Deus, e o outro lado fala da natureza de Deus. Por isso pedi para os irmãos orarem-lerem mais sobre esses versículos, porque é o encargo que o Senhor deu para Pedro. O objetivo de Deus, ao criar o homem, era que o homem, com o decorrer do tempo, se tornasse como Deus. Isso quer dizer que o homem criado por ele iria ganhar a vida de Deus, ganhar, ganhar e, é claro, a vida de Deus chegando lá, a natureza de Deus também viria  junto com a vida. A vida de Deus introduz a natureza de Deus. Deus quer trabalhar essa sua vida e natureza para dentro de nós que somos salvos. Isto é, a natureza divina trabalhada dentro da natureza humana e se mesclar.
Por exemplo, o número sete. Sete é feito por três e quatro; três se referindo ao Deus triúno e quatro ao homem criado, à criatura. Três mais quatro se torna sete. Então sete é um número completo. Mas o número mais completo é uma mescla total de três com quatro. Três vezes quatro temos doze, porque a multiplicação é a mescla. Então doze é um número mais completo. Isto é, Deus primeiro quer se introduzir em nós. Três mais quatro, temos o sete. E ele vai trabalhando, trabalhando, até que três se mescle totalmente com o quatro, e aí nós temos o doze. Em Apocalipse, no início, temos o sete. Em outras palavras, a natureza divina foi trazida para nós. E no  final de Apocalipse nós vemos a Nova Jerusalém, e temos ali doze. E aí Deus e o homem estão totalmente mesclados. Isso se cumpre então: Deus tornou-se homem para o homem tornar-se Deus. E essa é a Nova Jerusalém.
Uma revelação assim não foi somente mostrada para Paulo, mas também para João. Mas nos escritos de Pedro nós também temos a economia de Deus. Louvado seja o Senhor. Então o propósito de Deus também foi revelado a Pedro e registrado nas Escrituras. Por exemplo, essas duas porções da palavra que nós vimos, na verdade é a revelação do cume da verdade. Porque que Deus tornou-se um homem? Porque que Deus tornou-se carne? É para que o homem pudesse ganhar a vida de Deus e a natureza de Deus, e depois se tornasse igual a Deus. Por isso, quando Pedro fala disso, ele fala das coisas da vida e da piedade. Quando fala de vida, se refere à vida divina. E piedade? Piedade é você parecer-se com Deus. Não somente nós temos a semelhança do Senhor Jesus e a imagem.  A imagem nossa é a imagem do Senhor, e isso mostra que nós e o Senhor fomos totalmente mesclados.
Isso é o que está nessas duas porções da palavra que nós oramos e lemos. Quando fala da vida de Deus, nós temos isso em 1 Pedro e a natureza de Deus está registrada em 2 Pedro. A vida de Deus expressa a natureza de Deus. Então o homem ganha a vida de Deus e ele vai crescendo, e essa vida vai se mesclando com a vida dele, e o resultado é que a natureza de Deus é expressada. Amados irmãos, essas são palavras registradas, escritas por Pedro quando ele já estava numa idade mais avançada. E Deus usou a Pedro aqui também de uma maneira muito especial.
Vamos ver algumas porções dos escritos de Pedro que nos mostram a economia divina. O que é a economia de Deus? É que Deus tem um prazer, e ele tornou isso num plano, ele quer fazer isso, ele quer cumprir, ele tem uma economia, e essa economia é segundo o propósito de Deus. E esse seu propósito foi segundo o plano dele, foi segundo o bom prazer dele. Nós temos aqui a questão do bom prazer dele, temos a questão do plano dele, temos a questão do seu propósito, da sua vontade, e isso se refere à economia de Deus. Mas ele quer trabalhar a si mesmo para dentro do homem. Então Deus criou o homem segundo a sua imagem e semelhança.
Nosso Deus é triúno: temos aqui o Pai, o Filho e o Espírito. O Pai habita em luz inacessível. Ninguém jamais viu a Deus, mas o seu Filho unigênito o expressou. Quem vê o Filho de Deus vê a Deus. Nós vimos no evangelho de João diz que ele diz que ele é o Filho de Deus. Ele é o Filho de Deus, e quer fazer com que a vida de Deus seja introduzida, dispensada no homem. Por isso ele tornou-se carne e teve que ser crucificado. Por quê? Porque o Senhor Jesus em carne não pode estar para sempre conosco e assim cumprir a economia de Deus, porque em carne ele sofre a restrição do tempo e do espaço. Ele precisa então passar por um processo, que foi a crucificação. E aí, por um lado, nessa sua crucificação derramou o seu sangue para resolver o problema dos pecados do homem. Por outro lado, depois da sua morte, ele se tornou o Espírito, o Espírito que dá vida. E um grupo de pessoas o aceitou. Então essas pessoas primeiramente resolveram o problema dos pecados; e pelo fato de terem seus pecados lavados pelo sangue, os pecados já não mais permanecem. Uma vez lavado dos seus pecados, o homem se torna numa condição como que se não tivesse pecado, naquela situação original. Uma vez o homem restaurado a essa posição, pode agora estar na presença de Deus, e Deus estar na presença do homem.
Nós sabemos que quando Deus criou o homem, o colocou no jardim do Éden para que o homem comesse da árvore da vida. O que o Senhor falou de uma maneira clara para eles? Que eles podiam comer de todas as árvore, mas principalmente o desejo de Deus era que eles comessem da árvore da vida. O homem, comendo a árvore da vida, ele ia ganhar da vida de Deus, e o resultado é que, comendo mais e mais, ele cresceria da vida divina, estaria, então, cheio da vida divina. Essa é a razão pela qual Deus criou o homem. E é claro que o homem tendo a vida divina vai expressar a natureza de Deus. Deus é luz, Deus é amor. Então luz e amor podem ser expressados pelo homem. Mas Deus tem seus atributos que é sua justiça e sua santidade, e tudo que é divino iria ser trabalhado no homem para que o homem, então, pudesse expressar a natureza divina.
Deus preparou muitas coisas para o homem. O Senhor Jesus foi crucificado. No aspecto negativo resolveu o problema dos nossos pecados, e uma vez resolvido o problema do pecado, o homem se torna justo e santo, voltando, então, àquela condição original do homem antes da queda e agora está pronto para receber do fruto da árvore da vida e continuar comendo da árvore da vida para crescer em vida.
Amados irmãos, essas coisas estão reveladas em 1 Pedro. Por exemplo, esses versículos que nós lemos, 1 Pedro 1:3 (....). Que viva esperança é essa? É de uma herança incorruptível. Essa herança está reservada nos céus, e é uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível. As coisas da terra, por melhores que sejam, são coisas corruptíveis. Não interessa o quanto você tente guardar e preservar, de qualquer maneira um dia será maculado. Então, por melhor que você guarde, desvanece, murcha. Mas nós que fomos regenerados, temos uma viva esperança. A herança que Deus deu para nós é incorruptível, sem mácula, imarcescível. Louvado seja o Senhor.
Essas coisas Deus já preparou para nós. Nós temos uma viva esperança. Quando falamos de esperança, se refere a algo do futuro. Mas nós temos esperança de ganhar isso. Essa herança, no final, vai ser revelada. Então 1 Pedro nos mostra, de uma maneira  muito clara , nós somos regenerados, isto é, ganhamos uma vida que nos faz ganhar uma herança. Nós temos essa vida. Agora, como vamos ganhar essa herança? Nós temos que passar por um processo. Nós sabemos que devido a queda, devido Adão ter comido do fruto da árvore do conhecimento, Satanás entrou. Então nossa alma está aberta para as coisas de Satanás; nossa alma foi corrompida. Por causa dessa natureza satânica que foi injetada em nosso corpo, isso é um problema. Mas Deus reservou para nós uma herança incorruptível, sem mácula e imarcescível. E Deus nos guarda pelo seu poder. Nossa esperança é de ganhar essa salvação preparada para revelar-se no último tempo, e essa é a salvação completa. Vamos falar disso depois.
A salvação possui três aspectos, porque o homem é tripartido: espírito, alma e corpo. Pelo fato de sermos tripartidos, a salvação que Deus preparou tem três partes. Pedro nos fala desta salvação preparada para revelar-se no últimos tempo. Que salvação é essa? É a salvação completa. Nós já fomos salvos no nosso espírito e hoje ainda precisamos de salvação, a salvação da nossa alma. Pedro depois nos mostra, o que é a salvação da nossa alma? Por exemplo, o v. 9 (...). Ganhando essa salvação da alma temos a salvação completa: do espírito, da alma e do corpo. Louvado seja o Senhor.
Esse é o encargo de Pedro, que vem das experiências que ele teve. Ele foi salvo, mas a sua vida natural era muito forte. Podemos dizer até que  a vida natural de Pedro era mais forte que o normal. Por isso também ele sofreu mais que outros, porque cada sofrimento, cada golpe que ele levava era para proveito real Pedro. Cada vez que ele passava por um sofrimento, por um golpe, algo da sua vida natural era tirado. Ele fala a respeito dessa salvação completa a revelar-se, porque dia a dia as coisas da sua alma eram tratadas. Louvado seja o Senhor.
Nós conhecemos essa pessoa de Pedro. Podemos dizer que ele era o líder entre os doze. De acordo com a história que vemos registrada, parece que a pessoa dele era mais forte que os outros. Toda vez que o Senhor vinha corrigi-lo era para que a sua vida da alma diminuísse. Louvado seja o Senhor. Deus o ama, Deus quer usá-lo, e por isso ele passou por muitas provações. A sua vida natural era forte, e então ele passou por mais provações. Novamente quero falar que a sua vida natural era muito forte e ele teve muitas experiências. Ele foi regenerado por Deus e ele sabia: “Eu tenho a vida divina”. Agora essa vida precisa crescer. Para a vida divina crescer, é necessário  que a vida da alma diminua. Sabendo isso, a vida divina para crescer é preciso que a vida da alma diminua. Se você não quiser que a sua vida da alma diminua, então a vida divina não tem jeito de crescer em você.
Por isso em todos esses seus anos de experiência, ele nos diz que nós somos regenerados, que ele foi regenerado e ele tem a vida de Deus. E ele sabe também porque que ele tem que passar pelas provações, tem que ser tratado, porque ele sabia que a sua vida da alma era mais forte que a dos outros. E depois de tantos anos de tratamento, ele sabia que era para diminuir a vida da alma dele. Em Mateus 16 o Senhor já havia falado para ele, depois que foi revelada a igreja. É necessário nós estarmos na igreja para viver essa realidade do reino. E a vida da igreja é exatamente uma vida de crescimento. A igreja é o lugar onde nós devemos estar para nosso crescimento.  E quando você cresce, isso depende de quanto a sua vida da alma diminui. Por isso, depois que a igreja foi revelada, em Mateus 16 nos mostra, o Senhor falou: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus” isto é, dar à igreja a chave do reino. Isto quer dizer que a vida da igreja é a vida do reino.
O reino dos céus na terra é a igreja. Por que há o reino dos céus na terra? Porque o homem precisa crescer. Esse homem criado por Deus, uma vez salvo foi introduzido na igreja. A vida da igreja talvez possa até parecer-se com uma escola: nós vamos aprendendo, exercitando a como ser esse cidadão do reino. Na verdade, é simples: a vida do reino vem da vida divina. O cidadão do reino é alguém que tem a vida de Deus. Por isso hoje na igreja temos que aprender lições se quisermos entrar na manifestação do reino, e nossa vida da alma precisa ser negada.
Por isso, depois da revelação da igreja em Mateus 16, no v. 19 o Senhor fala para Pedro, porque Pedro ali de novo estava se manifestando. O Senhor falou: “Edificarei a minha igreja sobre esta pedra, sobre esta rocha”, que se refere a Cristo. Mas não é o Cristo, esse Senhor Jesus na carne, na terra. Já era o Cristo depois de ter passado pelo processo. O Cristo em carne não pode entrar nos homens. Por isso ele falou para os discípulos, principalmente para Pedro. O Senhor mostrou para seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas. Seria morto e aí o seu corpo físico já teria a questão tratada, resolvida. E ele disse: vou ser morto. Em outras palavras, vou ser morto para liberar a vida divina, e vou me tornar o Espírito que dá vida. Já não mais serei o Cristo em carne, estando fisicamente num corpo de carne com vocês. Agora um Cristo pneumático, espiritual, já não mais restrito nem pelo tempo e nem pelo espaço. E assim, dessa maneira, como espírito vou poder entrar em cada um dos homens, em cada um de vocês. Por isso tenho que passar por esse processo, e tenho que ir para Jerusalém e sofrer muito, ser morto e ressuscitar no terceiro dia. E aí se tornar o Espírito que dar vida e poder entrar em cada um deles.
E ali Pedro, de novo, falou demais, e demonstrou aquele amor natural para com o  Senhor. Em outras palavras, isso é muito bom, uma pessoa muito boa porque não queria que seu mestre sofresse. Mas se o Senhor Jesus não sofresse, não fosse morto e ressuscitasse, Deus não poderia cumprir seu propósito no homem. O que Pedro fez quando reprovou o Senhor? Ele foi usado por Satanás e não queria que o Senhor fosse crucificado. Por isso o Senhor Jesus não repreendeu a Pedro, mas a Satanás que em Pedro. No nosso ser natural, Satanás habita e atua. Por isso ele disse: “Arreda, Satanás”. O Senhor fala para Pedro: “Quer viver a vida da igreja? O que é a vida da igreja? Uma vida de seguir o Senhor. Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue. Pedro, o seu ego é muito grande, muito pesado. Você cogita demais, pensa demais. Você tem que negar o seu ego. Você quer me seguir? Tem que tratar com o seu ego. E como tratar com o ego? Tomando a cruz e seguindo o Senhor.
Toda vez que o seu ego se manifestar, tome a cruz e permita que cruz termine com o seu ego. Por isso que o Senhor falou para ele: “Você tem que tomar a sua cruz para tratar com esse seu ego. Quando o seu ego aparece, quando a sua própria opinião aparece, tudo isso são coisas que vêm da sua vida da alma. É necessário então que a cruz termine com o seu ego. Isso é negar a vida da alma.
Amados irmãos, o homem natural preserva sua vida da alma a qualquer custo. Tem pessoas com uma alma tão forte que ele não consegue ser contrariado. Você não pode contrariá-lo, nenhuma de suas palavras. Todas as coisas que são contrárias à sua alma, ele rejeita. Ele não quer negar a sua vida da alma. Ele só aceita as coisas que sejam de acordo com a sua vida da alma. A vontade de Deus e o que Deus quer é que a cruz opere, terminando com a sua vida da alma. Mas nós todos, de uma maneira geral, somos pessoas que preservam a vida da alma. A gente trata de preservar de qualquer maneira.Nós sabemos que se não negarmos a nossa vida da alma, quando o Senhor vier nos julgar, você não vai conseguir salvar a sua alma.Você não terá a salvação completa. Você quer a salvação completa? Então permita que a sua vida da alma seja tratada; negue a vida da alma.
Pedro, no final, aprendeu essa lição. Agora, como que essa vida da alma pode ser eliminada, tratada? É permitir que passemos por esses sofrimentos. Por isso em 1 Pedro 1:6 diz: (...). Veja bem, contristados por várias provações, várias. Não é uma vez só, nem cem vezes, mas é de acordo com a sua necessidade. Se você é alguém que sempre nega a si mesmo, talvez cinqüenta vezes está bom. Se você não nega, talvez seja necessário cem vezes, duzentas, trezentas. Nós devemos ver que se queremos a salvação completa, nós temos que ter a salvação da nossa alma. Se você não tem a salvação da alma, você não tem a salvação completa, porque na sua salvação falta a salvação da alma. Mas se você permite que essas várias tribulações venham e operem em você como um fogo, se você nega a si mesmo, ele diz: “uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa que ouro perecível, mesmo apurado por fogo”.
Essa é a experiência de Pedro. “Mais preciosa que outro perecível, mesmo apurado por fogo”, porque ele sabe que a sua vida da alma está sendo queimada e, então, a vida divina cresce nele. Por isso pode receber louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo, isto é, pode entrar no reino milenar, ganhar glória e honra com o Senhor. Veja, essa é a sua experiência. Começa com a regeneração e depois com esse negar a vida da alma, receber esse tratamento, tem como resultado a salvação da alma. E ao mesmo tempo, sem nenhuma dúvida e sem nenhum problema, com esse crescimento de vida, essa natureza divina se manifesta. Como falei, para que a vida divina cresça é necessário que essa vida natural diminua. Isto é, quando a vida divina cresce e a vida natural diminui, o que acontece? Nós vimos então que a natureza divina e a vida divina vão se mesclar a nossa natureza e vida humana.
Não vamos falar da natureza humana na parte má, mas na parte boa. Você tem uma boa natureza e ama as pessoas, mas esse seu amor dura muito? Você ama a pessoa,  vai amando, amando, mas depois que essa pessoa te contraria, faz algum mal para você, você já não ama mais. O amor do homem é limitado porque assim é a natureza humana. Assim como Pedro perguntou ao Senhor Jesus: “Quantas vezes eu devo perdoar a um irmão? Sete vezes é suficiente?” Para dizer a verdade, isso é algo da natureza humana. Por exemplo, o perdão, o homem geralmente perdoa; tem coisa boa na natureza humana: amor, perdão, paciência, humildade, mansidão, essa é a natureza humana. Eu perdôo sete vezes; é o suficiente? O Senhor diz: “Não, não é suficiente”. Precisa de quantas vezes? Setenta vezes sete. Em outras palavras, não tem fim o perdão; tem que perdoar, perdoar. Seja mansidão, humildade ou o suportar os outros, todas essas coisas na natureza humana não duram muito, assim com Pedro falou. Sete vezes é o mais alto do padrão humano, perdoar sete vezes.
Eu e o Miguel temos uma experiência. No passado, eu perdoei uma pessoa quatro vezes. Ele mesmo disse: “Irmão Dong, você já me perdoou quatro vezes”. Daí, quando ele veio pedir perdão de novo, eu não aceitei mais. Quatro vezes já! Ah, Pedro é melhor que eu, tem um pouco mais da natureza divina que eu. Em outras palavras, o que nós necessitamos é que a natureza divina cresça cada dia mais em nós, seja mais acrescentada a nós. Por isso, quando lemos aqui em 2 Pedro, como nós podemos ser coparticipantes da natureza divina? Isso só é possível por meio da economia de Deus, Deus trabalhando-se a si mesmo em nós.
Nós havíamos falado da economia de Deus em 1 Pedro. Agora, em 2 Pedro, no seu início também fala da economia divina. 2 Pedro 1:3: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade”. Quem, no Deus triúno, nos dá vida e piedade? Quem? Deus nos deu. Pai, Filho e Espírito, quem nos dá isso? É o Pai. Nos deu todas as coisas que conduzem à vida e à piedade. Essa é a vida divina dada a nós para que a vida humana decresça, diminua. E a piedade? À medida que a vida divina vai sendo acrescentada, a natureza humana vai sendo transformada. Piedade quer dizer: ser parecido com Deus, a natureza divina. Tendo crescimento de vida, temos piedade; somos parecidos com Deus. A nossa natureza foi transformada, mudou. Agora estamos mais parecidos com Deus. Isso é a obra que o Pai faz.
v. 3: “...pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude”. Quem faz isso? Se refere a quem da trindade? Se refere ao Filho. Aqui diz: “...que nos chamou para a sua própria glória e virtude”. Na tradução em chinês diz: “...chamou para a glória e virtude do Senhor”. Quem é que expressa? Deus habita em luz inacessível. Esse Senhor Jesus é que expressa Deus, expressa a glória de Deus. Ele faz com que as virtudes de Deus sejam trabalhadas para dentro da moral do homem. A moral do homem mais essa natureza divina, se tornam nossa virtude. Quem faz essa obra? É o Filho, esse Senhor que nos criou. A obra do Pai,  a obra do Filho e falta a obra do Espírito.
Depois diz no v. 4: [...]. Qual promessa? A promessa do Espírito. Nos tem sido doadas suas preciosas e mui grandes promessas. É o Espírito que é dado a nós, fazendo com que nós sejamos livres da corrupção das paixões que há no mundo. Daí você está livre dessas paixões da vida natural do homem. Nós estávamos cheios das coisas do homem. De onde veio? Veio do mundo; coisas que o rei do mundo quer dar; coisas corruptíveis. Mas agora, através da obra do Pai, do Filho e do Espírito nós ganhamos a natureza divina. Tornamo-nos co-participantes da natureza divina.
Podemos ver que 1 Pedro nos fala da vida que foi dada a nós e agora ganhamos a natureza divina. E 2 Pedro, então, fala dessa natureza divina que nós ganhamos. Louvado seja o Senhor. Essa natureza divina começa em nós se expressando por meio da fé, fé de que essa fé objetiva seja trabalhada para dentro de nós. “Associais com a vossa fé a virtude; com a virtude o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança”. Perseverança, depois piedade, depois amor entre os irmãos. Mas não é suficiente. O amor entre os irmãos, na vida da igreja até que a gente consegue. Mas precisamos crescer mais em vida e ganhar depois o amor divino, que é o amor ágape. É o amor com que Deus ama ao mundo. Não somente amor aos  judeus, não somente amor a você; Deus ama as pessoas do mundo. Deus é amor.
Veja, João mostra a natureza divina: Deus é luz, Deus é amor. Então João desenvolveu mais as epístolas de Pedro. Por isso a natureza divina, o seu ponto máximo e final é o amor divino. Louvado seja o Senhor.
Nessa primeira mensagem vimos nós a economia de Deus nos escritos de Pedro. Ele nos traz o cume da verdade, que é: Deus tornou-se homem para que o homem se torne Deus em vida e natureza. Nós somos filhos de Deus. Por isso, durante essa conferência, vamos usar os escritos de Pedro para ver como ganhar mais da vida divina e expressar mais a natureza divina. Amém!





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