João 15:1-9

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O ministério Epistolar De Paulo

Nesta coluna, temos abordado um aspecto importante do ministério do apóstolo Paulo: escrever cartas, ou o ministério epistolar. Essa fase de seu apostolado foi sendo desenvolvida ao longo do serviço ao Senhor e às igrejas as quais pôde ajudar. Além da presença física, que, com certeza, era de muita valia para as igrejas da época, também por meio de suas cartas os irmãos tinham como desfrutar mais do cuidado do apóstolo. Desta vez, apresentaremos algo acerca das epístolas que ele escreveu à igreja em Corinto.
Entregar-se totalmente à Palavra
Depois de passar por Atenas, onde seu espírito se revoltou em face da idolatria dominante na cidade, Paulo partiu para Corinto. Lá se encontrou com Áquila e Priscila e, como tinha o mesmo ofício deles, de fazer tendas, passou a morar e trabalhar com o casal. Ali Paulo ia à sinagoga todos os sábados, com o objetivo de pregar o evangelho, querendo persuadir a todos, tanto judeus como gregos. Naquele tempo, o apóstolo se entregou totalmente à Palavra de Deus e testemunhava aos moradores daquela cidade que “o Cristo é Jesus” (Atos 18:1-5). Paulo permaneceu um ano e seis meses em Corinto; ensinou entre eles a palavra de Deus e levou os irmãos a se tornarem cristãos espirituais (vs. 6-11).
O perigo de deixar
de invocar o nome do Senhor
Ao escrever-lhes sua primeira epístola, Paulo lembrou-lhes que, numa situação normal, a vida da igreja é composta daqueles que invocam o nome do Senhor Jesus (1 Coríntios 1:2). Certamente enquanto esteve em Corinto, ele os levou a invocar o nome do Senhor; contudo, mais tarde, a igreja ali foi danificada, o que se pode perceber no decorrer das epístolas que o apóstolo lhes escreveu.
O que Paulo menciona aos coríntios em suas cartas tem muito a ver com nossa vida cristã hoje. Ele desejava alertá-los de que outrora adoravam ídolos mudos, por isso eram mudos, mas, depois que creram Naquele que é a Palavra, eles podiam abrir a boca para invocar e também profetizar, isto é, falar pelo Senhor (12:1-3; 14:24, 31).
Paulo também menciona os dons que são concedidos pelo Espírito: “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos” (1 Coríntios 12:4-6). Quando somos recém-salvos, recebemos os dons do Espírito; depois, quanto mais exercitamos os dons, vem mais graça, isto é, mais de Cristo recebemos, até que esses dons se tornem ministérios. Estes, por sua vez, servem para as operações na igreja, as realizações. Aqui vemos uma progressão: dons, ministérios e operações, todos visando um fim proveitoso, que é a edificação da igreja.
Logo em seguida, Paulo diz que a igreja é o Corpo de Cristo, e todos nós somos membros desse corpo (v. 27). Assim como se dá em nosso corpo físico, cada um de nós tem uma função como membro do Corpo de Cristo, e todos os membros juntos, funcionando em coordenação, constituem o Corpo. Aleluia!
Podemos dizer que uma preciosa lição aprendida com a primeira carta de Paulo aos coríntios é que devemos nos exercitar na igreja pelo invocar o nome do Senhor e profetizar Sua Palavra. Isso nos levará a uma situação normal, assim como um corpo se torna saudável quando todos os membros funcionam.
Uma lição sobre arrependimento
Enviada a primeira epístola, Paulo ficou muito preocupado, pois, junto com as palavras de vida, ele também repreendeu duramente os erros dos irmãos em Corinto. Assim, em comunhão com o Senhor, percebeu que havia sido muito duro, por isso precisava se arrepender e perdoar ao irmão que disciplinara de maneira tão rigorosa (2 Coríntios 2:10; 7:8).
Ele deve ter pensado: “Eu não investiguei direito a situação e já julguei e condenei aquela pessoa, entregando-a a Satanás. Nem o Senhor Jesus julgava as pessoas! O que foi que eu fiz? Exagerei, passei do limite. O que faço agora? Já enviei a primeira epístola aos coríntios por intermédio de Tito... Como reverter essa situação?” (João 8:15; 1 Coríntios 5:5; 2 Coríntios 7:6).
Naquele período, Tito, um de seus cooperadores, tinha ido à região da Macedônia e Acaia e então chegou a Corinto. Paulo deve ter imaginado que ele voltaria em vinte dias e ficou esperando. Depois de vinte dias, porém, ele já não aguentava mais, pois Tito ainda não havia regressado. Preocupado em saber da reação dos coríntios à sua primeira epístola, Paulo foi de cidade em cidade procurando pelo cooperador, até encontrá-lo na Macedônia (2:12-13; 7:5).
Ao vê-lo, Paulo foi consolado por Deus, que conforta os abatidos (7:6). Então, com o consolo que recebera, ele queria consolar os coríntios (1:3-5). Desse modo, nos primeiros onze capítulos da Segunda Epístola aos Coríntios, Paulo relata o quanto sofreu pela igreja.
Essa experiência de Paulo é de grande ajuda para nós. Talvez ele tenha se arrependido mais do que aquele pecador e os líderes da igreja em Corinto. Um arrependimento assim genuíno transforma uma pessoa. Paulo, em sua segunda carta, mostra ser uma pessoa mais cheia de amor. Nós que servimos os irmãos nas igrejas não devemos ser obstinados e teimosos; se fizermos alguma coisa errada, não permaneçamos no erro. Busquemos a luz do Senhor e nos arrependamos logo!
As revelações do Senhor e o espinho na carne
No início do capítulo 12, Paulo narrou de forma humilde a experiência que tivera na Arábia, quando ouviu palavras inefáveis do Deus Triúno revelando-lhe a economia de Deus no Novo Testamento (vs. 2-4). É possível que ele nunca tenha tido a intenção de relatar o ocorrido. Todavia cremos que foi levado a isso por causa do zelo que sentia pelos coríntios, a quem gerara por meio do evangelho (1 Coríntios 4:15; 2 Coríntios 11:2). Por aquele tempo, falsos apóstolos apareceram entre eles e pregavam evangelho diferente do que os coríntios tinham recebido de Paulo (vs. 4-5, 12-13), cujo apostolado negavam. Ao relatar sua experiência, ele estava, na verdade, mostrando a seus difamadores as grandes revelações que recebera quando foi arrebatado ao terceiro céu.
Paulo, então, acrescentou: “Para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:7-9a). Que preciosa lição!

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