João 15:1-9

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Passar, Nadar ou Ser Levado Pelo Rio ?

“Mediu ainda outros mil, e era já um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar” (Ezequiel 47:5). “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (João 21:18).
Refletindo sobre esses versículos, é interessante observar o que o Senhor fez em Ezequiel 47. O crescimento das águas do rio representa o fluir da vida de Deus nos restringindo. Os diferentes níveis da água são as experiências que temos com Deus em diversas fases de nossa vida cristã.
Os versículos 3 e 4 deixam claro que, quando a água ainda dava pelos tornozelos, depois pelos joelhos e lombos, o Senhor fez Ezequiel passar. Nos níveis inicial e intermediário, foi o Senhor quem o fez passar. Ezequiel não fez isso espontaneamente: o Senhor o fez passar. Isso mostra que Ezequiel estava atendendo o falar de Deus quando passou pelas águas na altura de seus tornozelos, joelhos e lombos. Por três vezes o Senhor lhe repetiu a mesma ordem, e ele obedeceu.
Quando as águas, porém, no nível mais alto, se tornaram um rio, o Senhor não o fez passar. Por ter obedecido a Deus nas experiências anteriores, o primeiro impulso de Ezequiel foi atravessar o rio. Naquele momento percebeu que não podia atravessá-lo, a não ser a nado. Mas dessa vez o Senhor não o mandou passar nem nadar. O que Deus queria então?
Em João 21, vemos que, no nível mais elevado do crescimento da vida divina — apontando para a maturidade —, a vontade de Deus era que Pedro se deixasse ser levado por outrem. Isso é bem significativo.
Cada experiência que temos com Deus é nova. Precisamos discernir em que fase estamos, que nível ocupamos hoje. Em algumas situações, Ele nos faz avançar com ousadia, vencendo as dificuldades. Em outras, quer que sejamos apenas levados pelo fluir. Isso requer nossa atenção ao comando, à ordem, à Palavra de Deus. Não podemos adotar como padrão de comportamento aquilo que já conhecemos. Precisamos da presente verdade para estar atualizados e alinhados com a vontade de Deus nesta era (2 Pedro 1:12). Caso contrário, apenas seguimos o impulso de “nadar” para “atravessar o rio”, ou seja, usamos nosso próprio esforço para fazer aquilo que supomos ser a vontade Deus, quando o que Ele deseja é nos levar em Seu fluir.
Não tomemos por parâmetro nosso passado espiritual, mas sejamos sensíveis à unção do Espírito em cada situação. Assim podemos ser renovados dia a dia e conhecer mais o Senhor! Quando alcançamos a maturidade na vida divina, deixamo-nos ser levados por Ele em Seu doce fluir, para cumprir toda a Sua vontade. Amém!

Jesus É O Árbitro

Antes de sermos salvos pelo Senhor Jesus, vivíamos debaixo da influência do pecado (Romanos 7:15). Por conseguinte, éramos filhos da desobediência (Efésios 2:2-3). Não tínhamos nenhuma restrição para o que praticávamos ou pensávamos. Mas, ao sermos salvos, recebemos a vida de Deus por meio de Cristo Jesus. Essa vida nos quer governar, dirigir e liderar, isto é, quer arbitrar nosso viver.
Uma vez ou outra, porém, nos surpreendemos praticando coisas que são contrárias a essa nova vida. Quando isso acontece, uma sensação de pesar invade nosso ser, logo seguida de argumentações: “Que fiz de errado? Tudo parecia tão certo!”
Reconheçamos que nossa experiência com o Senhor precisa se desenvolver. Em Colossenses 3:15, Paulo diz: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração”. O termo grego para a palavra árbitro pode também significar aquele que arbitra, preside ou é entronizado como governante que decide todas as coisas. Dessa forma, em nossa crescente experiência com Cristo, precisamos tomar Sua paz como árbitro no coração, permitindo que Ele seja o juiz que “apita” o que fazer e o que não fazer.
Esse versículo também consegue evidenciar que Aquele que está em nosso interior se move por meio da paz. Quando não sentimos paz, a melhor alternativa é reconsiderar o que estamos fazendo, buscar luz diante do Senhor e prosseguir por meio desse sentimento. Uma boa ilustração encontra-se em 2 Coríntios 2:12-13 que diz: “Quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor, não tive, contudo, tranquilidade no meu espírito, porque não encontrei o meu irmão Tito; por isso, despedindo-me deles, parti para a Macedônia”. A falta de tranquilidade a que Paulo se refere nesse episódio equivale à falta de paz. Por ser governado pelo Espírito, Paulo não levou em consideração o ambiente exterior e cedeu ao “apitar” de reprovação do Senhor em seu interior.
Sem dúvida Paulo se baseou em sua própria experiência ao recomendar a paz de Cristo como árbitro no coração. Se considerarmos nossa experiência, perceberemos que, como jovens cristãos, há em nós dois ou três partidos. Por esse motivo, precisamos de um árbitro, sempre necessário para resolver discordâncias ou disputas entre partes. Em relação a certa questão, uma das partes em nós pode estar inclinada para um lado, e outra, para o lado oposto. Além disso, uma terceira parte pode ser neutra. Quase sempre temos consciência destes três partidos em nós: um positivo, um negativo e outro neutro.
Como cristãos, somos jovens mais complexos que os incrédulos. Antes de ser salvos, estávamos debaixo do controle do partido satânico. Podíamos nos entregar a divertimentos e entretenimentos mundanos sem nenhum sentimento de desconforto. Contudo, agora que somos salvos, uma parte dentro de nós pode nos encorajar a fazer algo, mas outra pode nos incentivar ao contrário. Há, portanto, necessidade de um árbitro interior para resolver um confronto assim. Precisamos de alguém ou de algo que silencie as várias vozes que gritam em nosso interior e aponte o caminho a seguir. De acordo com Colossenses 3:15, a paz de Cristo é esse árbitro, esse juiz.
Durante a vida, muitas decisões precisam ser tomadas, sobretudo quando se é jovem. Desde o amanhecer até o anoitecer, várias dúvidas vão surgindo. Muitos jovens perguntam: Que roupa devo vestir? Que tipo de amigos posso ter? Como devo me comportar na escola, na faculdade, no trabalho? Se já não me sinto criança, por que não posso me relacionar com o sexo oposto? Devo sempre dizer a meus pais aonde vou e perguntar a que horas devo voltar? Posso dormir na casa de meus amigos? Se todas as perguntas que afligem o jovem fossem listadas aqui, encheríamos centenas de páginas, porque são infindáveis.
O grande problema do jovem é achar que basta usar raciocínio lógico, senso comum e coerência para obter respostas às questões que o perturbam. Que engano! O jovem precisa saber que, além do certo e do errado, há a paz. A paz é o sentimento gerado todas as vezes que você dá atenção ao caminho que o Árbitro interior aponta para sua vida. A paz é o sentimento de frescor, de vida, de alegria que você desfruta quando respeita a resposta que o Juiz arbitra em seu espírito. A paz de Cristo é Ele mesmo se manifestando dentro de você.
Jovem, quando você deparar com alguma questão que precise de solução, observe três coisas: 1) não procure resposta na lógica, 2) não tome as experiências passadas como auxílio e 3) não consulte terceiros. Em vez de basear sua decisão em algum desses pilares humanos, volte-se para o Senhor e pergunte: “Senhor, o que devo fazer agora?”. Se você fizesse essa pergunta na dispensação antes da era da graça, talvez ouvisse trovões e uma alta voz do céu. Mas, como estamos no Novo Testamento, você ouvirá uma doce voz dentro de você mesclada a um sentimento de paz. Essa doce voz unida à paz é a resposta divina para suas questões ( 1 João 2:27).
Jovem, você percebe que há um árbitro em seu interior? Nesta porção da Palavra vemos claramente que a paz de Cristo é o árbitro dentro de nós e ela deve resolver todas as nossas disputas interiores.
“E o Deus da paz seja com todos vós. Amém” (Romanos 15:33).

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O ministério Epistolar De Paulo

Nesta coluna, temos abordado um aspecto importante do ministério do apóstolo Paulo: escrever cartas, ou o ministério epistolar. Essa fase de seu apostolado foi sendo desenvolvida ao longo do serviço ao Senhor e às igrejas as quais pôde ajudar. Além da presença física, que, com certeza, era de muita valia para as igrejas da época, também por meio de suas cartas os irmãos tinham como desfrutar mais do cuidado do apóstolo. Desta vez, apresentaremos algo acerca das epístolas que ele escreveu à igreja em Corinto.
Entregar-se totalmente à Palavra
Depois de passar por Atenas, onde seu espírito se revoltou em face da idolatria dominante na cidade, Paulo partiu para Corinto. Lá se encontrou com Áquila e Priscila e, como tinha o mesmo ofício deles, de fazer tendas, passou a morar e trabalhar com o casal. Ali Paulo ia à sinagoga todos os sábados, com o objetivo de pregar o evangelho, querendo persuadir a todos, tanto judeus como gregos. Naquele tempo, o apóstolo se entregou totalmente à Palavra de Deus e testemunhava aos moradores daquela cidade que “o Cristo é Jesus” (Atos 18:1-5). Paulo permaneceu um ano e seis meses em Corinto; ensinou entre eles a palavra de Deus e levou os irmãos a se tornarem cristãos espirituais (vs. 6-11).
O perigo de deixar
de invocar o nome do Senhor
Ao escrever-lhes sua primeira epístola, Paulo lembrou-lhes que, numa situação normal, a vida da igreja é composta daqueles que invocam o nome do Senhor Jesus (1 Coríntios 1:2). Certamente enquanto esteve em Corinto, ele os levou a invocar o nome do Senhor; contudo, mais tarde, a igreja ali foi danificada, o que se pode perceber no decorrer das epístolas que o apóstolo lhes escreveu.
O que Paulo menciona aos coríntios em suas cartas tem muito a ver com nossa vida cristã hoje. Ele desejava alertá-los de que outrora adoravam ídolos mudos, por isso eram mudos, mas, depois que creram Naquele que é a Palavra, eles podiam abrir a boca para invocar e também profetizar, isto é, falar pelo Senhor (12:1-3; 14:24, 31).
Paulo também menciona os dons que são concedidos pelo Espírito: “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos” (1 Coríntios 12:4-6). Quando somos recém-salvos, recebemos os dons do Espírito; depois, quanto mais exercitamos os dons, vem mais graça, isto é, mais de Cristo recebemos, até que esses dons se tornem ministérios. Estes, por sua vez, servem para as operações na igreja, as realizações. Aqui vemos uma progressão: dons, ministérios e operações, todos visando um fim proveitoso, que é a edificação da igreja.
Logo em seguida, Paulo diz que a igreja é o Corpo de Cristo, e todos nós somos membros desse corpo (v. 27). Assim como se dá em nosso corpo físico, cada um de nós tem uma função como membro do Corpo de Cristo, e todos os membros juntos, funcionando em coordenação, constituem o Corpo. Aleluia!
Podemos dizer que uma preciosa lição aprendida com a primeira carta de Paulo aos coríntios é que devemos nos exercitar na igreja pelo invocar o nome do Senhor e profetizar Sua Palavra. Isso nos levará a uma situação normal, assim como um corpo se torna saudável quando todos os membros funcionam.
Uma lição sobre arrependimento
Enviada a primeira epístola, Paulo ficou muito preocupado, pois, junto com as palavras de vida, ele também repreendeu duramente os erros dos irmãos em Corinto. Assim, em comunhão com o Senhor, percebeu que havia sido muito duro, por isso precisava se arrepender e perdoar ao irmão que disciplinara de maneira tão rigorosa (2 Coríntios 2:10; 7:8).
Ele deve ter pensado: “Eu não investiguei direito a situação e já julguei e condenei aquela pessoa, entregando-a a Satanás. Nem o Senhor Jesus julgava as pessoas! O que foi que eu fiz? Exagerei, passei do limite. O que faço agora? Já enviei a primeira epístola aos coríntios por intermédio de Tito... Como reverter essa situação?” (João 8:15; 1 Coríntios 5:5; 2 Coríntios 7:6).
Naquele período, Tito, um de seus cooperadores, tinha ido à região da Macedônia e Acaia e então chegou a Corinto. Paulo deve ter imaginado que ele voltaria em vinte dias e ficou esperando. Depois de vinte dias, porém, ele já não aguentava mais, pois Tito ainda não havia regressado. Preocupado em saber da reação dos coríntios à sua primeira epístola, Paulo foi de cidade em cidade procurando pelo cooperador, até encontrá-lo na Macedônia (2:12-13; 7:5).
Ao vê-lo, Paulo foi consolado por Deus, que conforta os abatidos (7:6). Então, com o consolo que recebera, ele queria consolar os coríntios (1:3-5). Desse modo, nos primeiros onze capítulos da Segunda Epístola aos Coríntios, Paulo relata o quanto sofreu pela igreja.
Essa experiência de Paulo é de grande ajuda para nós. Talvez ele tenha se arrependido mais do que aquele pecador e os líderes da igreja em Corinto. Um arrependimento assim genuíno transforma uma pessoa. Paulo, em sua segunda carta, mostra ser uma pessoa mais cheia de amor. Nós que servimos os irmãos nas igrejas não devemos ser obstinados e teimosos; se fizermos alguma coisa errada, não permaneçamos no erro. Busquemos a luz do Senhor e nos arrependamos logo!
As revelações do Senhor e o espinho na carne
No início do capítulo 12, Paulo narrou de forma humilde a experiência que tivera na Arábia, quando ouviu palavras inefáveis do Deus Triúno revelando-lhe a economia de Deus no Novo Testamento (vs. 2-4). É possível que ele nunca tenha tido a intenção de relatar o ocorrido. Todavia cremos que foi levado a isso por causa do zelo que sentia pelos coríntios, a quem gerara por meio do evangelho (1 Coríntios 4:15; 2 Coríntios 11:2). Por aquele tempo, falsos apóstolos apareceram entre eles e pregavam evangelho diferente do que os coríntios tinham recebido de Paulo (vs. 4-5, 12-13), cujo apostolado negavam. Ao relatar sua experiência, ele estava, na verdade, mostrando a seus difamadores as grandes revelações que recebera quando foi arrebatado ao terceiro céu.
Paulo, então, acrescentou: “Para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:7-9a). Que preciosa lição!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Uma Grande Alegria

“Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. E houve grande alegria naquela cidade” (Atos 8:5, 8).
O Senhor Jesus ama a humanidade. Motivado por esse amor, Ele procura o homem com a mesma determinação da mulher que procura o filho que se perdeu na multidão. Quando Filipe desceu à cidade de Samaria, era o próprio Cristo que se movia nele em direção ao homem. Os moradores de Samaria viviam alheios, distantes; eram desprezados e ignorados pelo restante das cidades e dos povoados vizinhos. Talvez, para muitos, Samaria não tivesse valor nem fosse digna de admiração e cuidados, mas para Cristo aquela cidade tinha grande importância, cuja dimensão só pode ser avaliada pelo fato de Ele mesmo ter-se encarnado a fim de buscar ali Seus escolhidos (João 4).
Há ocasiões em que, ao olhar para a condição das pessoas, não sabemos do que elas realmente precisam, ainda que o pensamento humano dispare na frente já em busca de uma solução. Quase sempre nossa atitude é satisfazer material e fisicamente a carência dos outros. Filipe, o evangelista, por ser espiritual e sábio, observou que os samaritanos tinham necessidades mais profundas e, assim, não se deixou iludir pelas possíveis privações materiais e sociais que eles enfrentavam e ofereceu exatamente aquilo que a alma humana em verdade anela e que a satisfaz plenamente. Cristo foi o que Filipe apresentou.
Depois que Cristo foi anunciado, vemos, na passagem bíblica, que houve grande alegria. Sempre que as pessoas recebem Cristo, o resultado imediato é regozijo — e não poderia ser diferente; afinal de contas, o homem encontrou o que, sem saber, procurava. Alegria é fruto do encontro do Criador com a criatura; é o resultado de o homem receber Cristo dentro de si. Não estamos falando da alegria proveniente de ganhar uma grande soma de dinheiro, obter um título acadêmico, fazer uma viagem ou beber o “vinho” que o mundo oferece.
Toda alegria que não tem Cristo como base oscila segundo as circunstâncias. A alegria que experimentamos do Senhor não é uma sensação transitória, mas uma Pessoa. A alegria verdadeira é o próprio Cristo que foi anunciado como boa-nova e recebido pelo homem.
Se você ainda não teve essa experiência, o que o impede de tê-la agora mesmo? Lembre-se: o Senhor Jesus é acessível; basta invocar Seu nome: “Ó Senhor Jesus!”, e Ele infundirá em você a verdadeira alegria que todos buscam

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O QUE A BÍBLIA DIZ ACERCA DA IGREJA



No Antigo Testamento, registra importantes instruções para o viver do povo de Israel naquela boa terra. Dentre as várias instruções, a mais importante dizia respeito à maneira como eles deveriam se reunir, bem como ao lugar que o Senhor havia estabelecido para todos O adorarem: Jerusalém. Vimos também que este lugar no Novo Testamento é a igreja (vide edição n.º 219).
A HISTÓRIA DO REINO DE ISRAEL:
UMA FIGURA DA HISTÓRIA DA IGREJA (1)
1 Reis 11:37-39; 12:25-31; 2 Crônicas 30:1, 10-13, 26
I. O orgulho de Salomão e a reação de Deus diante de seu pecado
A. Deus escolheu e determinou Jerusalém para a base da unidade de Seu povo, contudo a história que a Bíblia registra é a seguinte: anos mais tarde, no apogeu do reinado de Salomão, ele construiu o templo e alguns palácios. Infelizmente orgulhou-se de tão elevada posição e cedeu às concupiscências da carne.
B. Em razão disso, Deus se indignou e resolveu tirar de Salomão o reino de Israel. Assim, mais tarde, o reino foi dividido da seguinte maneira:
C. Reino do norte, ou de Israel – dez tribos – Jeroboão
D. Reino do sul, ou de Judá – duas tribos – Roboão (descendente de Salomão)
E. A lição que devemos aprender com essa história é que nunca devemos nos orgulhar de nossa prosperidade espiritual ou material. Devemos sempre nos manter humildes e dependentes do Senhor.
II. O erro de Jeroboão: incitou a divisão
A. Apesar de o reino ter-se dividido, Jeroboão, rei do reino do norte, deveria ouvir o Senhor e cuidar de Seu povo, ser fiel no que Deus lhe confiara e, então, seria abençoado (1 Reis 11:37-39). Ele, porém, tentou apropriar-se do que Deus lhe confiara.
B. Semelhantemente, hoje, muitas vezes achamos que é propriedade nossa o que o Senhor nos confiou para cuidar, seja trabalho, seja uma função, seja uma pessoa. Devemos sempre lembrar que o que temos nos foi dado por Deus tão somente para que cuidemos.
C. Jeroboão, infelizmente, não teve esse sentimento e temeu que o povo, ao descer a Jerusalém para adorar a Deus, se inclinasse ao rei de Judá. Então fez dois bezerros de ouro e ordenou ao povo do reino de Israel que os adorasse, afirmando serem aqueles os deuses que os tiraram do Egito, e que era muito mais fácil ir a Dã ou Betel, cidades do norte, do que ir a Jerusalém (1 Reis 12:25-31).
D. A Bíblia, de maneira muito incisiva, fala insistentemente do pecado de Jeroboão, que levou o povo de Deus a cair em idolatria e divisão. Por conta de seu pecado, o reino do norte foi decaindo, até ser levado cativo para a Assíria, onde o povo foi espalhado pelos povoados e cidades, enquanto Samaria, capital do reino do norte, foi ocupada por povos estranhos (1 Reis 13:33-34; 14:16).
III. Ezequias, o promotor da unidade
A. Jeroboão pecou contra Deus incitando a divisão de Seu povo, ao passo que Ezequias, um dos reis de Judá, fez exatamente o contrário. Em 2 Crônicas 30:1, lemos o seguinte: “Depois disto, Ezequias enviou mensageiros por todo o Israel e Judá; escreveu também cartas a Efraim e a Manassés para que viessem à casa do Senhor, em Jerusalém, para celebrarem a Páscoa ao Senhor, Deus de Israel”.
B. É interessante notar que Ezequias era rei de Judá, no entanto, seu coração abrangia todo o reino, mesmo dividido. Seu sentimento era de ajuntar o povo de Deus novamente para celebrarem juntos uma festa ao Senhor.
C. A situação daquela época é semelhante à de nossos dias, pois o povo de Deus está dividido e disperso. Alguém precisa ter coragem para anunciar a verdade de que Deus deseja que o povo se congregue em Jerusalém para a celebração da Páscoa. O Senhor precisa de alguém que esteja convicto de que Deus deseja a unidade e assim escreva cartas, como fez Ezequias.
D. “Os correios foram passando de cidade em cidade, pela terra de Efraim e Manassés até Zebulom; porém riram-se e zombaram deles. Todavia, alguns de Aser, de Manassés e de Zebulom se humilharam e foram a Jerusalém. Também em Judá se fez sentir a mão de Deus, dando-lhes um só coração, para cumprirem o mandado do rei e dos príncipes, segundo a palavra do Senhor. Ajuntou-se em Jerusalém muito povo, para celebrar” (vs. 10-12a).
E. O Jornal Árvore da Vida, assim como o rei Ezequias, assume esta responsabilidade diante de nossos leitores: promover a unidade do povo de Deus para que Seu desejo seja cumprido em nossos dias. Encorajamos também você a ser um promotor da unidade. Compartilhe com outras pessoas o que você ganhou nesta leitura, a fim de que todos celebrem uma festa ao Senhor

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

CARREGAR A BATERIA DO CASAMENTO

“Meu bem, meu celular está descarregando;
você poderia carregá-lo
para mim!?” Esse foi o pedido de uma
esposa a seu marido. Enquanto ia atrás
do recarregador de bateria, ele começou
a se perguntar: “O que aconteceria
se a bateria do celular dela descarregasse
completamente? O que ela deixaria
de fazer?” Percebeu que:
Se o celular não estiver com a bateria
carregada, a esposa não poderá
fazer chamadas, tampouco receber – e
um dos grandes benefícios de se ter
um celular é comunicar-se. Também
não poderá enviar ou receber mensagens
nem tirar fotos para registrar momentos
especiais.
Depois que o marido colocou o
celular para recarregar, concluiu de
sua reflexão que os cônjuges precisam
constantemente carregar a bateria do casamento,
para que não ocorra prejuízo
em várias de suas funções. Falar e ouvir,
enviar e receber mensagens, registrar
momentos maravilhosos que os dias do
casamento proporcionam são alguns
dos itens que certamente seriam afetados.
Diante disso, cada cônjuge precisa
se sentir responsável por carregar seu
casamento a fim de que suas funções
essenciais sejam preservadas.
Como os casais podem manter
seu casamento carregado? Dentre as
muitas maneiras de se fazer isso, os
cônjuges podem carregar o casamento
sendo, por exemplo, respeitosos
um com o outro. Somos respeitosos
quando cumprimos as promessas que
fazemos, quando poupamos o cônjuge
de desgastes necessários, quando
reconhecemos suas limitações, quando
observamos suas necessidades e as
levamos em consideração. Os casais
também exercitam o respeito entre si
quando são tolerantes, justos e quando
não expõem aos outros as deficiências
de seu companheiro.
Os cônjuges carregam o casamento
quando agradecem e quando demonstram
gratidão. É lamentável
que, depois de todo o esforço de um
trabalho prestado, de uma roupa passada,
de uma refeição preparada, de
um pedido qualquer que tenha sido
atendido, a pessoa beneficiada não dê
nem sinal de reconhecimento. Mais
triste do que não agradecer é criticar
o que foi feito. Ao agradecer a nosso
cônjuge as pequenas e grandes coisas
que nos faz, estamos carregando nosso
casamento. Se abrirmos os olhos,
veremos um milhão de motivos para
agradecer a nosso cônjuge.
Os cônjuges também carregam o casamento
quando se doam. Só é possível
doar-se ao outro quando uma das
partes deixa de olhar para suas próprias
necessidades. Se o tempo todo insistirmos
em querer ser o centro, é lógico
que não teremos olhos para mais ninguém
— mesmo que essa pessoa esteja
tão perto, a ponto de dormir conosco.
Alguém egoísta sempre terá dificuldades
em perceber quem apagará a luz,
quem fechará a janela, quem trará a
água, quem se preocupará em suprir as
carências físicas e emocionais do outro,
quem dará boa-noite e quem, por
fim, dirá: “Se precisar de alguma coisa
na madrugada, basta me chamar”. O
cônjuge ciente de que precisa carregar
seu casamento não terá dúvidas de
que é ele que vai realizar tudo isso. E
o mais impressionante é que isso não
lhe será um fardo.
Os casais devem sempre estar
atentos ao nível de energia presente
para decidir se já não é hora de carregar
o casamento. Que Deus, a fonte
de tudo, carregue os casais com Seu
grande amor

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O Cântico Da Libertação

Todas as pessoas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta; José, porém, estava no Egito. Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração. Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles.
Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra.
E os egípcios puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés. Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais se espalhavam; de maneira que se inquietavam por causa dos filhos de Israel; então, os egípcios, com tirania, faziam servir os filhos de Israel e lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o serviço em que na tirania os serviam.
Decorridos muitos dias, morreu o rei do Egito; os filhos de Israel gemiam sob a servidão e por causa dela clamaram, e o seu clamor subiu a Deus. Ouvindo Deus o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó. E viu Deus os filhos de Israel e atentou para a sua condição.
Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã; e, levando o rebanho para o lado ocidental do deserto, chegou ao monte de Deus, a Horebe. Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia. Então, disse consigo mesmo: Irei para lá e verei essa grande maravilha; por que a sarça não se queima?
Vendo o SENHOR que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus. Disse ainda o SENHOR: Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento; por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel [...]. Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo. Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito.
Então, disse Moisés a Deus: Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel? Deus lhe respondeu: Eu serei contigo; e este será o sinal de que eu te enviei: depois de haveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus neste monte. Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros.
Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir se não for obrigado por mão forte. Portanto, estenderei a mão e ferirei o Egito com todos os meus prodígios que farei no meio dele; depois, vos deixará ir. Eu darei mercê a este povo aos olhos dos egípcios; e, quando sairdes, não será de mãos vazias.
(Êxodo 1:5-14; 2:23-25; 3:1-14, 19-21)

SEMEANDO A SEMENTE DO EVANGELHO

Um ministro da palavra de Deus, falando a seus ouvintes sobre o valor da semente do evangelho, disse: “Pais, há vinte anos aceitei o Senhor Jesus como meu Salvador pessoal. E posso testemunhar diante de vocês que não consigo me imaginar uma pessoa diferente da que sou hoje.
Às vezes penso o que eu seria, o que estaria fazendo e o que estaria esperando nesta vida se não tivesse me tornado cristão. O sentimento resultante da experiência é terrível: chego a ficar sem fôlego e sinto as trevas me dominarem. Depois da sensação de nulidade, vazio e completa desesperança, abro os olhos e louvo a Deus por ter me achado e me aceitado como um de Seus filhos. Hoje sei quem sou, onde estou, o que estou fazendo e esperando. A certeza que tenho com relação a tudo isso está vinculada a Cristo.
Bem, como disse, tornei-me cristão vinte atrás e, ao que tudo parece, minha vida começou a partir dali. Mas preciso contar onde verdadeiramente tudo isso começou; onde está a gênese de minha vida cristã.
Doze anos antes daquela data tão marcante, sem que me desse conta, uma semente fora semeada em mim. Eu tinha por volta de oito anos quando, pela primeira vez, fui levado a uma reunião cristã, e pelas mãos de meu pai. Quando entrei pela grande porta que conduzia ao salão de reuniões, fiquei admirado. Senti que era um ambiente especial, diferente de todos que eu frequentava. Vi homens e mulheres, moços e moças, pais e filhos, todos com uma expressão de contentamento, de muita satisfação por estarem ali.
Eu e outras crianças fomos levados para as irmãs professoras, que cuidaram de nós enquanto a reunião com os adultos transcorria no salão principal. Deram-nos personagens bíblicos para pintar e nos contaram algumas histórias que me impressionaram; tudo era novo para mim.
Depois de um tempo, os adultos começaram a cantar um hino que dizia: ‘Firme nas promessas do meu Salvador, cantarei louvores ao meu Criador; fico na dispensação do Seu amor, firme nas promessas de Jesus. Firme, firme, firme nas promessas de Jesus, o Cristo; firme, firme, sim, firme nas promessas de Jesus...’.Enquanto pintava as figuras e ouvia as histórias que as queridas irmãs nos contavam entusiasmadas, ao fundo, as vozes entoavam o cântico. Hoje consigo traduzir em palavras a sensação que me envolveu: um desejo de que aquele momento não terminasse.
Acredito piamente que meu pai foi um instrumento nas mãos de Deus para me levar àquela reunião e também creio que Cristo, como o Semeador, semeou a semente do evangelho em meu coração naquela ocasião.
Até atingir meus vinte anos de idade, nunca mais participei de outra reunião daquelas. Houve um intervalo de doze anos. Daquele dia até o que dia de minha conversão, continuei fazendo tudo que uma criança, um adolescente e um jovem faz: brinca, estuda, vê TV e faz muitas travessuras. Mas confesso que, nesse espaço de tempo, por várias vezes ouvi aquele hino dentro de mim. Parecia que Deus apertava a tecla play para a música tocar novamente.
Sinto que todo aquele quadro composto pela esfera, pelas irmãs professoras e por aquele bendito hino cuidou de preparar meu coração para mais tarde o Espírito Santo me convencer do pecado, da justiça e do juízo. Isso foi suficiente para marcar minha vida e gerar a certeza em meu interior de que havia algo muito, muito maior.
Incentivamos os pais a gastarem tempo com os filhos, lendo trechos da Bíblia, cantando-lhes hinos e proclamando as promessas de Deus ao espírito deles, mesmo que não compreendam bem. Apenas lance a semente e ore — não sabemos ao certo de quanto tempo a semente precisará para brotar. Porém de uma coisa estamos convictos: uma palavra, ou um hino, ou a lembrança de terem visto seus pais orando por eles virá à mente durante todo o tempo, até que um dia o Senhor, ao querer usar Sua misericórdia, resolva chamá-los para Lhe pertencerem para todo o sempre.
Hoje, depois de trinta e cinco anos do ocorrido, ainda continuo a cantarolar aquele belo hino, ‘firme nas promessas do meu Salvador’.
Amém”.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Ser Fortes E Ativos

A Força e a Atividade São
Características Dos Jovens.
Mas Quantos São Assim
Para Deus ?
Jovem, você é forte e ativo para o Senhor? Hebreu 10:38-39 diz: “O meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma”.
Vamos ler também Daniel 11:32b: “O povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo”. Quem se tornará forte e ativo? O povo que conhece seu Deus. Você quer tornar-se um jovem forte e ativo? Então você precisa conhecer seu Deus. Tem de declarar: “Eu preciso conhecer meu Deus!”. Jovem, isso é possível! Você pode conhecer Deus um pouco mais.
Deus precisa de uma geração forte e ativa – essa é a necessidade Dele. Você talvez não esteja preocupado com isso, mas Deus está. Ele procura jovens que se tornem fortes e ativos para servi-Lo. Força e atividade são características dos jovens. Mas quantos são assim para Deus? Muitos jovens cristãos da segunda geração, isto é, que nasceram e foram criados em lar cristão, com pais já cristãos, precisam agora ver a que tipo de segunda geração pertencem. Na Bíblia há dois tipos: uma que é passiva e fraca, e outra que é forte e ativa.
Certa vez um irmão deu este testemunho: “Meu irmão mais velho foi quem me trouxe ao Senhor. Naquele tempo, os irmãos nem sequer sabiam meu nome. Eles me chamavam de ‘irmão do Fulano’. Por meu irmão ter tido uma forte experiência pessoal com Deus, quis que eu também a tivesse, por isso me trouxe para o Senhor. Isso foi uma bênção para mim”. Esse jovem mostrou ser forte e ativo, pois reconheceu a bênção de ter sido conduzido a Cristo por alguém. Alguns jovens dizem: “Por que meus pais me levaram para o Senhor?”, como se isso fosse uma maldição... Jovem, não é maldição, mas é grande bênção você ter sido trazido ao Senhor por alguém. Alguém abriu caminho para nós, e agora só precisamos entrar.
Ló, exemplo de segunda geração
fraca e passiva
A Bíblia nos dá Ló como o exemplo de alguém que foi “trazido” por outra pessoa. Quando Abraão saiu de Ur dos caldeus, levou consigo seu sobrinho Ló (Gênesis 11:31; 12:5). O tempo todo Ló foi levado por Abraão. Não há nenhum registro de que ele tenha tido a iniciativa de buscar o Deus de Abraão, ou mesmo que tenha seguido Abraão. Ele sempre era levado, carregado, empurrado por Abraão e nunca buscou ter uma experiência pessoal com Deus. Qual o resultado disso? Em determinado ponto de sua vida, apartou-se de seu tio e não mais recebeu os cuidados dele (13:10). E a Bíblia nos mostra que, pouco a pouco, ele foi armando suas tendas nas campinas, até chegar a Sodoma (vs. 11-12).
O problema todo começou quando houve desavença entre os pastores de Abraão e os de Ló (vs. 6-7). Abraão então propôs a Ló que escolhesse um lugar para morar. Se Ló fosse para um lado, Abraão iria para outro. Ló escolheu as campinas do Jordão, pois eram bem irrigadas e seria muito mais fácil viver ali. Achou que estivesse fazendo uma boa escolha, mas o resultado foi que, longe da comunhão com o tio, acabou indo para Sodoma, um lugar onde viver em pecado era comum.
Tempos depois, houve guerra de quatro reis contra cinco. Os quatro reis venceram e levaram Ló cativo. Abraão soube disso e, dependendo de Deus, com apenas trezentos e dezoito homens, venceu os quatro reis e resgatou seu sobrinho (14:12-17). Abraão arriscou a vida por Ló, livrando-o. Isso levou Ló a seguir Abraão? Não. É possível que, ao sentir-se livre, tenha achado que seu lugar era mesmo Sodoma. Abraão foi para as montanhas, e Ló voltou para Sodoma, porque era fraco, passivo. Ló era um pedaço de madeira, morto, carregado pela correnteza de um rio. Usando a linguagem de hoje: o que a turma falava, ele fazia; aonde a turma ia, ele também ia. Ló não tinha nenhum posicionamento – passivo, era levado pelo que os outros pensavam e decidiam. Muitos jovens hoje são como Ló. Pensam: “Se meu pai vai para a reunião, eu vou; se não vai, eu não vou. Se meu pai ora, eu oro; se não ora, eu não oro. Se meu pai compra Bíblia e livros espirituais, tudo bem; se não, tanto faz. Se meus amigos fazem isso ou aquilo, deve ser porque é melhor, portanto farei o mesmo”.
Jovem, é preciso acordar! Se você quer ser forte, precisa buscar Deus ativamente. Ele está esperando que você O busque, que tenha experiência definida com Ele, para que, quando alguém lhe perguntar a razão de se reunir com a igreja, você diga: “Eu tive uma experiência com Deus! Eu O conheço, e Ele falou comigo. Chamou-me, apareceu para mim”.
A Bíblia mostra que Ló e sua família gostavam tanto de Sodoma que os anjos tiveram de tomá-los à força, pela mão, para que saíssem de lá (Gênesis 19:15-16). Isso acontece com muitos jovens. É como se dissessem: “Ah! Minha ‘Sodoma’ querida, meu videogame, minha internet, minha novela, as festas de aniversário de meus colegas... Como vou perder tudo isso?”. O anjo teve de ir lá e arrancar Ló e sua família, resgatando-os da destruição.


Jovem, será que um anjo terá de arrancar também você do mundo? Quando saíram, o coração da mulher de Ló estava partido. Mas o anjo lhes disse que, ao deixarem Sodoma, não olhassem para trás (v. 17), porque Deus viria julgar a cidade. E Deus de fato veio julgá-la, assim como virá julgar este mundo. Não importa se seus colegas, amigos, parentes, professores aceitem ou não: isso vai acontecer. Deus virá julgar este mundo. A mulher de Ló olhou para trás e se tornou uma estátua de sal. O sal, como estátua, para que serve? Perdeu a função de temperar ( Mateus 5:13).
Jovem, é isso que você quer? Quer ser passivo como Ló e sua esposa? Reflita um pouco. Nós o aconselhamos a voltar seu coração ao Senhor, pois ainda há tempo.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O Sofrimento Humano

Ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto” (1 Tessalonicenses 3:3).
Estamos cercados por sofrimentos. Por todos os lados há alguém sofrendo. Não há escapatória: ou já sofremos, ou estamos sofrendo, ou ainda haveremos de sofrer. Isso não é um presságio; é a descrição da realidade que cerca ricos e pobres, cristãos e não cristãos. Podemos conseguir a melhor profissão e o melhor salário, o mais alto diploma, e a ciência médica pode atingir picos inigualáveis de conhecimento científico; mesmo assim, o sofrimento e sua “filha”, a dor, sempre terão o poder de atemorizar o homem e fazê-lo padecer.
Paulo precisou escrever duas epístolas para a jovem igreja dos tessalonicenses para poder ajudá-los a passar pelos sofrimentos que acometiam a comunidade inteira. Se você passa por algum tipo de sofrimento e precisa de consolo, essa carta é também para você. Não são muitos os cristãos que conseguem ter a experiência do Senhor, que andava no vento rijo e no mar empolado (João 6:16-21). O experimentado Paulo queria levar a jovem igreja à percepção espiritual de que eles todos estavam em Deus Pai.
Por que na vida humana há tantos sofrimentos? Será que foi assim desde o princípio? Haverá uma época em que a dor deixará de importunar o ser humano? Na gênese dos céus e da terra e do próprio homem, as coisas não eram bem assim. Quando o Deus de amor criou o homem, Ele antes cuidou de lhe criar um jardim, cujo nome era Éden. O significado da palavra Éden no hebraico é prazer, delícias. Você pode notar que a intenção de Deus, desde o começo, era dar ao homem uma vida cheia de prazer, uma vida destituída de tribulação, tristeza, sofrimento e dor.
Na terra, era no Éden que Deus se encontrava com o homem (Gênesis 3:8). Você acha que o jardim era o que era, prazeroso e tranquilo, porque nele havia bosques frondosos, rios límpidos, pássaros canoros e ausência de trabalho? Certamente que não! Isso era somente o cenário externo. O bosque, os rios e os pássaros eram bons de ver, ouvir. Mas, estritamente falando, o motivo vital de o jardim ser prazeroso era que Deus estava ali na virada do dia. Era a presença de Deus que deixava o jardim ser um Éden. Definitivamente não existe prazer fora da esfera de Deus.
Os sofrimentos passaram a ser uma constante na vida humana a partir do momento em que o homem foi enganado pelo Diabo, e Deus precisou expulsá-lo do jardim. Os cardos e os abrolhos, o suor do rosto e a volta à terra – expressões poéticas para descrever labor e morte – passaram a ser os ingredientes do cardápio amargo da dieta humana (3:17-19). Essa é a razão do sofrimento generalizado. Foi a serpente astuta e o homem tolo que trouxeram o sofrimento para a terra. Mas o Deus de amor é insistente e tem feito de tudo para devolver ao homem o paraíso perdido. E esse paraíso veio em Cristo.
Você já notou que, no Novo Testamento, onde o Senhor estivesse, a sede, a fome, a enfermidade, a dor e a própria morte não podiam estar? Não há harmonia entre o Senhor e essas coisas. Onde estava o Senhor, ali estava o paraíso. Enquanto o Senhor não retorna, em vez de blasfemar nos momentos de dificuldade e de sofrimento que certamente sempre chegam, devemos, como Paulo e Silas, no cárcere, cantar um hino novo ao Senhor (Atos 16:19-26). Que tal usarmos as tribulações para aprender a ter perseverança e, pela perseverança, a experiência e, pela experiência, a esperança? Se aprendermos com os sofrimentos que estão designados a todo mortal, poderemos ser surpreendidos em ver o Deus de amor nos conduzir para um lugar onde Seus filhos “jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (Apocalipse 7:16-17).

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Grandes revelações no livro de Daniel

O caso, pois, é que a partir do cativeiro de Babilônia, Israel não voltou a ser livre até sua destruição total pelos exércitos do Império Romano, no ano 70 do primeiro século. Sucessivamente na história, Israel esteve sob o jugo das grandes potencias que tem dominado o mundo. Deus se revelou com luxo de detalhes a um profeta exilado na Babilônia, um homem temeroso de Deus que havia sido levado com os primeiros cativos. A revelação está contida nos capítulos 2 e 7 do livro de Daniel. Mesmo quando eles regressassem à sua terra, não seriam de todo livres, pois Deus não tinha a intenção de por no trono a homem comum algum, senão a seu próprio Filho. Vejamos, pois, como Deus revela a este profeta o curso total da história até estabelecer Deus plenamente Seu reino nesta terra, conforme Seu propósito original antes da criação de Adão. Deus lhe deu toda a autoridade, autonomia e poder a Adão, mas como Adão falhou, Ele se propôs estabelecer a alguém que não falhe jamais. O rei que virá já tem toda a potestade da parte de Deus.*(2)
*(2) Cfr. Mateus 28:18


Nos capítulos 2 e 7 do livro de Daniel há uma revelação sob os enfoques. Um (capítulo 2) é feito em parte a um rei pagão; digo em parte, porque Nabucodonosor não teve conhecimento de fato até que o profeta de Deus o revelou. Tenhamos em conta que o rei havia esquecido o sonho, e o profeta o desconhecia; só o soube depois que Deus o revelou. De maneira que a verdadeira revelação daquele sonho, Deus fez ao profeta. E há uma segunda parte, um segundo ponto de vista revelado diretamente ao profeta, que se encontra no capítulo 7. No capítulo 2 a revelação começa de acordo com o ponto de vista do homem. O homem só vê a majestade que em torno de si mesmo se cria, a glória que a si mesmo se dá ou lhe outorgam os demais; glória efêmera envolta em vanglória. Mas Deus vê a realidade intrínseca das coisas; Deus vê o bestial que é a glória e o governo do homem. No capítulo 2 vemos uma imagem apoteótica; no capítulo 7 Deus revela esses mesmos impérios mundiais, mas representados em uma sucessão de bestas, como o que realmente tem sido.
O rei Nabucodonosor recebe a revelação em um sonho, mas o sonho se esquece. Isso Deus permite a fim de que nenhum mago especule e faça crer o rei em uma interpretação mentirosa e acomodada. Este rei era um indivíduo mui centrado em si mesmo e em sua glória terrena; ele pensava na grandeza da Babilônia, nesses palácios e jardins maravilhosos, em seu poderoso exército, em suas futuras conquistas e domínios, etc. Ele estava preocupado pelo que seria de tudo isso, quantos anos estaria governando, quem veria depois dele, e como aconteceriam todas essas coisas. Ele ostentava a coroa de um império mui brilhante. Imagino que vivia pensando naquilo dia e noite. É possível que o profeta Daniel também se inquietasse com o futuro de seu povo. Então Deus deu um sonho ao rei revelando-lhe o futuro, mas também ao profeta. Depois de haver sido chamados e consultados todos os caldeus, astrólogos, magos e videntes que rodeiam um poderoso governante oriental, e ante a impossibilidade destes de adivinhar e interpretar o sonho do rei; iam ser levados à morte. Daniel solicitou que não matassem a estes senhores e que lhe dessem um tempo a ele para mostrar a interpretação ao rei. Depois de haver orado e recebido a revelação da parte de Deus, Daniel se apresentou diante do rei, glorificando a Deus. Diz a Palavra de Deus no livro do profeta Daniel, capítulo 2:
" 27 Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos nem astrólogos o podem revelar ao rei;28 mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça, quando estavas no teu leito, são estas:29 Estando tu, ó rei, no teu leito, surgiram-te pensamentos a respeito do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela mistérios te revelou o que há de ser.30 E a mim me foi revelado este mistério, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses as cogitações da tua mente".
Os reinos terrenos e o curso da história
A continuação o profeta Daniel continua com a interpretação do sonho de Nabucodonosor, dizendo-lhe:
" 31 Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua (porque Nabucodonosor havia se esquecido do sonho). esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.32 A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços, de prata, o ventre e os quadris, de bronze;33 as pernas, de ferro, os pés, em parte, de ferro, em parte, de barro.34 Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou ".
Deus mostra a Nabucodonosor quatro grandes impérios que dominariam ao mundo civilizado até o fim da história, e se estabeleceria definitivamente o reino de Deus sobre a terra, cujo glorioso Rei está representando aqui por uma pedra que cairia do céu, a qual destruiria todo o reinado de Satanás sobre a terra. A pedra foi cortada não com mão. As coisas de Deus não se realizam por iniciativa humana, por projetos idealizados pelos homens, e menos o relacionado com o estabelecimento de Seu Reino, por muito magníficos que nos pareçam. Deus tem um plano eterno, incomovível e verdadeiro; plano que aparece na Palavra e que nos revela por Seu Espírito. A Palavra de Deus não admite reformas humanas. Todo o escrito terá seu cumprimento. Tudo está registrado no livro sagrado.
" 35 Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios (aqui vemos que Deus esmiúça toda a glória e os propósitos dos homens). Mas a pedra que feriu a estátua se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra ".
Essa é a pedra angular de que fala Pedro. Deus é quem põe os reis e os tira, e dá aos homens autoridade para que reinem. O presidente Álvaro Uribe Vélez acaba de ganhar as eleições para seu segundo período devido a que Deus lhe deu essa autoridade. É Deus quem lhe concede prolongar seu mandato. Segue dizendo Daniel ao rei:
" 36 Este é o sonho; e também a sua interpretação diremos ao rei.37 Tu, ó rei, rei de reis, a quem o Deus do céu conferiu o reino, o poder, a força e a glória;38 a cujas mãos foram entregues os filhos dos homens, onde quer que eles habitem, e os animais do campo e as aves do céu, para que dominasses sobre todos eles, tu és a cabeça de ouro".
Babilônia. Israel se aparta de Deus em face à idolatria; Deus já não era levado em conta ali, e Deus decide transferir o domínio da terra às mãos dos gentios, e por causa do cativeiro, essa transferência recaiu na pessoa de Nabucodonosor. Babilônia então veio a ser essa cabeça de ouro. A Palavra de Deus revela que Babilônia foi o império mais brilhante e glorioso que tenha existido em toda a história da civilização. Não o mais poderoso, pois à medida que foram sucedendo-se esses impérios mundiais, se iam degradando e perdendo seu brilho de glória, mas paradoxicamente nessa mesma proporção iam ganhando em força e poder. Na grande estátua do sonho, depois da cabeça de ouro (Babilônia) seguia o peito e os braços de prata, logo seu ventre e suas coxas de bronze, suas pernas de ferro, e por último, seus pés de ferro e de barro cozido. Os materiais dessa estátua iam se degradando à medida que descia à terra. É algo que parece contraditório, mas é a realidade. Os homens, na medida em que adquirem mais força e poder, mais se degradam moralmente, e seu coração se desliza mais em face à corrupção e a crueldade.
" 39 Depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra ".


Media e Pérsia. Que poder mundial surgiu depois de Babilônia? Uma colisão dos medos e os persas (os dois braços da estátua unidos pelo peito) tomaram o poder mundial e derrotaram a Babilônia. Eram menos brilhantes, contudo mais poderosos em força. A prata tem menos valor e preciosidade que o ouro, mas é mais forte.


Grécia. Depois se levantou um terceiro grande império, Grécia, em mãos de um jovem macedônio chamado Alexandre, mais conhecido na história como Alexandre O Grande, filho de Filipos, rei da Macedônia, quem no curto lapso de dez anos chegou a conquistar e dominar o mundo; e depois de sua morte seu grande império foi dividido e prolongado por seus quatro grandes generais do estado maior, estendendo e implantando pelo mundo a cultura helenística, usada por Deus inclusive para a expansão do evangelho.


Império Romano
" 40 O quarto reino será forte como ferro; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará".
A Babilônia chegou ao fim; o mesmo sucedeu aos medo-pérsas; aos gregos também chegaram ao fim de seu poderio por meio da incursão de um quarto reino muito poderoso, porém extremadamente sanguinário, chamado Roma. Recordem irmãos, que o império romano está representado pelas duas pernas de ferro da estatua. Roma foi um império com duas capitais: Roma propriamente dita, na parte ocidental, e Constantinopla na parte oriental. E houve um prolongado tempo em que foram suas capitais simultaneamente. Esta circunstancia serviu para sua posterior degradação. Tem sido o império mais cruel e sanguinário da história.
" 41 Quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte, de barro de oleiro e, em parte, de ferro, será esse um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo.42 Como os artelhos dos pés eram, em parte, de ferro e, em parte, de barro, assim, por uma parte, o reino será forte e, por outra, será frágil.43 Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro".

O Tesouro Oculto Foi Revelado

Desde tempos remotos, os homens especulam sobre Deus. Quem Ele é? Como é? Como se relaciona conosco? Deus é um grande mistério, que os séculos e as gerações nunca desvendaram plenamente. Deus, porém, deixou “pistas” para o homem prosseguir procurando. A mais evidente delas está por toda parte; é só olhar a natureza com atenção e cuidado: “O que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas”. (Romanos 1:19-20). Mas, aleluia, Cristo veio! Cristo é a expressão de Deus; Ele é Deus manifesto, a própria definição de Deus. Nele o Deus misterioso nos foi inteiramente revelado. E isso não é mérito de ninguém: Ele tem prazer em revelar-Se: “Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Lucas 10:22).
Para obtermos a resposta sobre Deus, nada precisamos, a não ser olhar para Cristo. Nele habita corporalmente toda a plenitude da Deidade (Colossenses 2:9). Quem O vê, vê o Pai, pois Ele e o Pai são um só. Cristo é o resplendor da glória e a expressão exata do Ser divino (Hebreus 1:3); Ele é o próprio Deus bendito para sempre (Romanos 9:5). Nele Deus foi visto, apalpado e contemplado (1 João 1:1). Ninguém jamais viu a Deus: o Deus unigênito, que está no seio do Pai é quem O revelou (João 1:18).
Teólogos e filósofos tentam, há séculos, explicar Deus. Pessoas notáveis juntam esforços, reúnem todo tipo de apoio e gastam sua vida nessa tentativa. Mas a força da fé cristã está em que um Homem veio, viveu no meio de alguns discípulos, conversou com eles, comeu com eles e pronto: Deus estava explicado! O mistério oculto dos séculos e das gerações estava cabalmente desvendado!
Aleluia! Cristo é o grande mistério de Deus! E o mais importante da revelação desse mistério é que Cristo tornou Deus real para nós. Deus em Cristo não se revelou para apenas ser examinado e estudado: Ele se manifestou para que pudéssemos nos aproximar Dele e ter uma experiência pessoal com Ele. Volte-se a Ele agora, confesse seus pecados e diga que daqui em diante você quer que Ele seja seu Salvador, Senhor e amigo. Amém!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

FILHOS GRATOS

Um dos papéis mais significativos dos pais é educar os filhos. Se, desde o princípio, os filhos forem deixados por conta deles mesmos ou das tendências humanas naturais, dificilmente se verá neles algo virtuoso. Educar é encaminhar os filhos por caminhos contrários àqueles que sua natureza humana indicaria. O egoísmo é um dos primeiros traços que desabrocha em uma criança, um dos primeiros a desenvolver-se e um dos últimos a ser eliminado, quando trabalhado.
Se na cultura familiar os filhos simplesmente ganham coisas sem que sejam levados a ter um sentimento de gratidão, eles crescerão achando que a vida é fácil, que as pessoas são obrigadas a bater em sua porta trazendo algum presente cada manhã e se sentirão muito injustiçados quando isso não acontecer.
Os pais devem educar os filhos de modo a que sejam pessoas agradecidas. A primeira aula ministrada deve ser o exemplo dos próprios pais. Se os filhos não ouvem os pais agradecerem um ao outro os favores e as gentilezas próprios do cotidiano da vida em família, fica muito difícil esperar que eles, de si mesmos, tenham essa atitude. Pais, com que frequência seu filho os ouve agradecendo? Se o exemplo dos pais é vital para ensinar o ato de agradecer, o que dizer quando esses mesmos pais conseguem mostrar apreço pela atitude dos filhos e lhes agradecem por elas? Isso seria inovador e pouco a pouco consolidaria, no caráter deles, a percepção de que devem ser pessoas gratas.
Muitos pais acham que, ao agradecer, enfraqueceriam a autoridade que têm sobre os filhos. Por isso, poucos reconhecem os favores que eles fazem dentro de casa. Se os pais não sabem agradecer aos filhos a toalha que lhes entregam, a xícara de chá que preparam e as sandálias colocadas a seus pés, como esperar que os filhos aprendam a arte de agradecer quando favores lhes são feitos?
Sentir-nos gratos por um favor retrata uma humanidade que está amadurecendo, como que admitindo que dependemos dos outros, que não podemos ter tudo, fortalecendo a ideia de família, grupo e sociedade. Além do mais, é um reconhecimento verbal e público de que as outras pessoas são importantes para nós. Sendo assim, os pais precisam ver, em cada situação, uma oportunidade para ajudar os filhos a agradecer. Não deixe passar; todas as vezes que a situação surgir, conduza seu filho a agradecer. Comece pelas pequenas coisas, que, aliás, são as primeiras a ser desconsideradas. Se o filho esquecer – e isso vai ocorrer muitas vezes –, lembre-o de que precisa voltar à pessoa que lhe foi generosa e dizer: “Muito obrigado” ou “Por tal gentileza, sinto-me na obrigação de agradecer”.
Outra forma de gerar nos filhos o sentimento de gratidão é levá-los a uma situação imaginária em que determinadas coisas que hoje eles têm poderiam nem existir. Pergunte: “Filho, já pensou que você poderia não ver, ouvir, falar, andar etc., como muitas pessoas que estão por aí?” Isso vai gerar neles uma sensibilidade que precisa ser explorada, com o incentivo de agradecer pelas partes do corpo que têm, pela casa onde moram e pela refeição que fazem todos os dias. Mesmo aquelas famílias que têm pouco podem estar à frente de muitas que, certamente, têm bem menos.
Pais, orem com os filhos para agradecer ao Senhor Jesus por mais um dia, por mais uma refeição e pela presença de cada membro da família. Isso aumentará a percepção e o sentimento de que precisam ser mais gratos por tudo. Aproveitem esta noite para ler com eles a história do único dos dez leprosos curados que “voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe” (Lucas 17:11-19).

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

As Fases Do Casamento

Como é pobre o conceito que a maioria das pessoas tem a respeito do casamento — uma instituição desacreditada e falida. Essa opinião está difundida por todas as partes. Desde cedo, nossas crianças e jovens são orientados, pelos meios de comunicação, de que o casamento não tem que durar a vida toda nem consegue se conservar por tanto tempo. Quanto à duração do casamento, afirmam que deve variar de acordo com o quanto cada um pode dar. Seria como uma laranja: as maiores, as que têm mais sumo, podem produzir mais suco do que as que têm menos. Depois de extraído todo o sumo, joga-se fora o bagaço. Muitos veem o casamento dessa forma; acham que, depois de um tempo, ele já não tem sumo.
O compromisso dos casais que se unem em matrimônio deveria ser o de manter o casamento a todo custo. Poucos querem pagar o preço para continuar casados dentro de um ambiente de conflitos e de dificuldades. Ao contrário de “jogar tudo para cima” e abandonar o relacionamento, os cônjuges deveriam buscar um caminho para mudar a situação. Os que se casam e cultivam a ideia de que permanecerão casados somente enquanto os dias do casamento forem dourados estão, sem saber, construindo dia a dia uma porta de emergência pela qual podem escapar na hora da pane. Se temos o ponto de vista de permanecer casados apenas enquanto paire uma esfera de “lua-de-mel”, isso significa que nos envolvemos com o cônjuge já com predisposição para separação. O mais triste é que, prevalecendo esse pensamento, realmente vai haver separação, pois um relacionamento, por mais brilhante, mais estruturado que seja, cedo ou tarde apresentará suas tensões e dificuldades.
O casamento pode ser comparado à lua e suas fases: há momentos cheios, luminosos, novos e crescentes, mas há momentos escuros com períodos minguantes. Nos momentos plenos, em que tudo está bem, devemos desfrutar ao máximo os momentos prazerosos e agradecer a Deus por tê-los proporcionado a nós. Na fase minguante, marcada por desentendimento, crise financeira, mal-entendidos e decepções, aproveitemos a situação para dela extrair lições e agradecer a Deus por também nos ter proporcionado tais circunstâncias para revelar a natureza de nosso caráter: impuro, lascivo, vaidoso, perdulário, ciumento, iracundo, invejoso, orgulhoso, egoísta, sem afeição natural e sem misericórdia. Se observarmos com cuidado a origem de nossos problemas conjugais, descobriremos que ele tem como elemento causador algum desses traços negativos que ainda reinam em nosso ser.
A fase minguante deveria equivaler ao momento reservado para orar, esperar e perseverar, não para provar quem está certo e quem está errado. O que fazem as pessoas quando seus filhos não estão tão obedientes? Será que os jogam fora, ou entregam para outro cuidar, ou investem como nunca, com a esperança de que voltem à normalidade? Se nossa postura é sempre positiva com relação aos filhos, então, por que somos tão radicais com relação às dificuldades que enfrentamos no casamento? Por que permitir que pensamentos de separação se desenvolvam dentro de nós? Se a convivência não anda bem, não é o caso de invocar Aquele que instituiu o casamento e apresentar-Lhe os problemas (Salmo 130:1-6)?
Em momentos delicados da vida conjugal não pode haver juízes, e sim médicos; não pode haver promotores, e sim advogados. Cada um deve reconhecer suas próprias faltas e pedir perdão; deve considerar as deficiências do cônjuge e perdoar. Se, em vez de procurar o culpado no casamento, procurarmos o Senhor Jesus, certamente Ele vai dar uma virada em nossa situação e permitirá que a “lua cheia” da vida conjugal volte novamente.
“Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo” (Isaías 43:18-19).

INSTRUMENTOS NAS MÃOS DE DEUS



Os livros dos Reis narram um período confuso da história de Israel. Em seu relato encontramos reis que amavam o Senhor e O seguiam, mas, no fim da vida, eles O abandonavam. Lemos também sobre lutas pelo poder, assassinatos, conspirações, idolatrias e muitos outros pecados. Há, porém, em meio a todo esse quadro tenebroso, uma figura sempre presente: o profeta, por vezes chamado simplesmente de “homem de Deus”. Deus sempre enviou profetas aos filhos de Israel para fazê-los arrepender de seus pecados e voltar a Ele. Entretanto não muitos reis deram ouvidos aos homens de Deus. Alguns o faziam por algum tempo, e logo depois voltavam a praticar obras más. O resultado disso foi a destruição do reino de Israel pela Assíria e o cativeiro do reino de Judá na Babilônia.
Com essa história, podemos perceber quão importantes são para Deus os profetas. Eles são os canais por meio de quem Deus faz chegar Sua Palavra aos homens e faz conhecidos Sua vontade e Seu coração. Nas mais terríveis situações em que se encontrava o povo de Israel, Deus sempre enviava alguém para falar em Seu nome a fim de reconduzir o povo a Seu caminho. Podemos dizer que, na verdade, os profetas é que governavam naquele tempo, pois eram eles que verdadeiramente expressavam e representavam a autoridade divina. Portanto, em razão da importância dos profetas para a edificação da igreja (1 Coríntios 14), vamos procurar, a partir dos fatos narrados nos livros dos Reis, um caminho prático para que também sejamos pessoas que falam por Deus e que Lhe são úteis para a edificação de Seu povo.
Que é, afinal, um profeta? É alguém que fala por Deus, que é usado por Deus para transmitir Sua vontade a Seu povo. Por essa razão, ele é considerado um “homem de Deus”. Há passagens na Bíblia, especialmente nos livros dos Reis, em que aqueles que falam por Deus são chamados de profetas e, em outras, de homens de Deus.
A expressão “homem de Deus” dá-nos a idéia de posse: Deus é o possuidor, e o profeta, Seu instrumento (2 Timóteo 2:21). O profeta deve ser alguém que dá total liberdade a Deus de usá-lo conforme Sua vontade. Como profeta, não pode determinar como servir a Deus nem falar de acordo com sua própria opinião. Antes, ele fala apenas o que Deus lhe ordena.
Nosso sentimento ao compartilhar essas palavras é falar sobre a importância de cada um de nós, integrantes do povo de Deus, ter sempre presente em nossa vida a palavra dos profetas para nos guardar. Por outro lado, também incentivamos a cada um de nossos leitores a se tornar um instrumento nas mãos de Deus, com a finalidade de todos promovermos a edificação da igreja, o povo de Deus hoje.

domingo, 8 de janeiro de 2012

A importância da autoridade



Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magis­trados não são para temor quando se faz o bem, e, sim, quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela; visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. Ê necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência. Por esse motivo também pagais tributos: porque são ministros de Deus, atendendo constantemen­te a este serviço. Pagai a todos o que lhes é devido; a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra (Rm. 13:1-7).

Ele, que é o resplendor da glória e a ex­pressão exata do seu Ser, sustentando todas as cousas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas (Hb. 1:3).

Como caíste do céu, ó estrela da manhã, fi­lho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das es­trelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, nas ex­tremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo (Is. 14:12-14).
 E não nos deixes cair em ten­tação; mas livra-nos do mal (Mt. 6:13).

E, levantando-se o sumo sacerdote, pergun­tou a Jesus: Nada respondes ao que estes de­põem contra ti? Jesus, porém, guardou silên­cio. E o sumo sacerdote lhe disse: Eu te con­juro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Je­sus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que desde agora vereis o Filho do homem as­sentado à direita do Todo-poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu (Mt. 26:62-64).




O trono de Deus estabelecido sobre autoridade

Deus age a partir do seu trono, e o seu trono está estabelecido sobre a sua autoridade. Todas as coisas são criadas pela autoridade de Deus e todas as leis físicas do universo são mantidas através de sua autoridade. Por isso a Bíblia diz que Deus está "sustentando todas as cousas pela palavra do seu poder", o que significa que todas as coisas são mantidas pela palavra do poder de sua autoridade. Pois a autoridade divina  representa o próprio Deus enquanto o seu poder se expressa apenas pelos seus atos. O pecado contra o poder é mais facilmente perdoado do que o pecado contra a autoridade, porque este é um pecado contra o próprio Deus. Só Deus é autoridade em todas as coisas; toda a autoridade da terra foi instituída por Deus. A autoridade é uma coisa tremenda no universo — nada a so­brepuja. Portanto é imperativo que nós que de­sejamos servir a Deus conheçamos a autoridade de Deus.

A origem de Satanás

O arcanjo transformou-se em Satanás quando tentou usurpar a autoridade de Deus, competir com Deus, e assim se tornou um adversário de Deus. Foi a rebeldia que provocou a queda de Satanás.
Tanto Isaías 14:12-15 como Ezequiel 28:13-17 falam da ascensão e queda de Satanás. A pri­meira passagem, entretanto, enfatiza como Sa­tanás violou a autoridade divina enquanto a se­gunda enfatiza sua transgressão contra a santi­dade de Deus. Ofender a autoridade de Deus é uma rebeldia bem mais séria do que ofender a santidade de Deus. Considerando que é uma ques­tão de conduta, o pecado é mais facilmente per­doado do que a rebeldia, pois esta última é uma questão de princípio. A intenção de Satanás de estabelecer o seu trono acima do trono de Deus foi o que violou a autoridade de Deus; foi o princípio da auto-exaltação. O ato do pecado não foi o que provocou a queda de Satanás; esse ato não passou do produto de sua rebeldia contra a autoridade. Foi a rebeldia que Deus condenou. Quando servimos a Deus não devemos desobe­decer às autoridades, porque isso é um princípio satânico. Como podemos pregar a Cristo de acor­do com o princípio de Satanás? Pois é possível em nossa obra permanecermos com Cristo em doutrina e, ao mesmo tempo, permanecermos com Satanás em princípio. Que coisa iníqua pre­sumirmos que estamos executando a obra do Se­nhor. Por favor, observe que Satanás não tem medo quando pregamos a palavra de Cristo, mas como tem medo quando nos submetemos à au­toridade de Cristo! Nós que servimos a Deus jamais deveríamos servi-lo de acordo com o prin­cípio de Satanás. Sempre que o princípio de Cris­to está operando, o de Satanás se desvanece. Sa­tanás continua sendo um usurpador; ele será derrotado no fim dos tempos segundo o livro do Apocalipse. Se quisermos verdadeiramente servir a Deus temos de nos purificar comple­tamente do princípio de Satanás.
Na oração que nosso Senhor ensinou à sua igreja, a expressão "e não nos deixes cair em tentação" destaca a obra de Satanás, enquanto a expressão "mas livra-nos do mal" refere-se diretamente ao próprio Satanás. Imediatamente após estas palavras o Senhor faz uma declaração muitíssimo significante: "pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém" (Mt. 6:13). Todo reino, autoridade e glória pertencem a Deus e somente a ele. O que nos liberta total­mente de Satanás é a percepção desta preciosíssi­ma verdade — que o reino é de Deus. Conside­rando que todo o universo está sob o domínio de Deus, temos de nos sujeitar à sua autoridade. Que ninguém usurpe a glória de Deus.
Satanás mostrou todos os reinos da terra ao Senhor, mas o Senhor respondeu que o reino dos céus é de Deus. Temos de perceber de quem é a autoridade. Pregamos o evangelho a fim de colocarmos os homens sob a autoridade de Deus, mas como podemos estabelecer a autoridade de Deus na terra se nós mesmos ainda não a conhe­cemos? Como nos seria possível enfrentar Sa­tanás?

Autoridade, a controvérsia do universo

A controvérsia do universo centraliza-se sobre quem deve ter autoridade, e nosso conflito com Satanás é o resultado direto de atribuirmos autoridade a Deus. Para manter a autoridade de Deus temos de nos submeter a ela com todo o nosso coração. É absolutamente necessário que reconheçamos a autoridade de Deus e que pos­suamos uma noção básica do que ela significa.
Antes de reconhecer a autoridade, Paulo tentou acabar com a igreja; depois de se encontrar com o Senhor na estrada de Damasco entendeu que era difícil recalcitrar (o poder humano) contra os aguilhões (autoridade divina). Imediatamente caiu ao chão e reconheceu Jesus como Senhor. Depois disso, foi capaz de se submeter à orien­tação que lhe foi dada por Ananias na cidade de Damasco, pois Paulo tomara conhecimento da autoridade de Deus. No momento em que foi salvo, reconheceu a autoridade de Deus além da salvação de Deus. Como podia Paulo, que era inteligente e capa­citado, dar ouvido às palavras de Ananias — um humilde e desconhecido irmão que só foi men­cionado uma única vez na Bíblia — se não reco­nhecesse a autoridade de Deus? Se não tivesse tido um encontro com a autoridade na estrada de Damasco jamais se teria sujeitado a esse obs­curo e humilde irmão na cidade. Isto nos faz ver que todo aquele que conhece a autoridade lida puramente com a autoridade e não com o ho­mem. Não consideremos o homem mas unica­mente a autoridade investida nele. Não obedeça­mos ao homem mas à autoridade de Deus que está nesse homem. De outro modo, como po­deríamos ficar sabendo o que é autoridade? Es­tamos trilhando uma estrada errada se vemos o homem primeiro, antes de obedecer à autorida­de. O oposto é o certo. Nesse caso não nos fará di­ferença quem é o homem.
Deus tem o propósito de manifestar sua auto­ridade ao mundo através da igreja. A autorida­de de Deus pode ser percebida na coordenação dos diversos membros do corpo de Cristo.
Deus usa seu poder máximo para manter sua autoridade; por isso a coisa mais difícil de en­frentar é a sua autoridade. Nós que somos tão cheios de justiça própria e ainda assim tão ce­gos, precisamos, uma vez em nossa vida, ter um encontro com a autoridade de Deus para sermos quebrantados até à submissão e assim começar a aprender a obedecer a essa autoridade. Antes que um homem se sujeite à autoridade delegada por Deus, é preciso que reconheça a autoridade ine­rente a Deus.

 Obediência à vontade de Deus — a maior das exigências da Bíblia

A maior das exigências que Deus faz ao homem não é a de carregar a cruz, servir, fazer ofertas, ou negar-se a si mesmo. A maior das exigências é que obedeça. Deus ordenou que Saul atacasse os amalequitas e os destruísse totalmente (1 Sm. 15). Mas, após a vitória, Saul poupou Agague, o rei dos amalequitas, junto com o que havia de melhor entre os bois e as ovelhas, os cordeiros e animais mais gordos e todas as coisas valiosas. Saul não quis destruí-los; argumentou que os poupara para sacrificá-los a Deus. Mas Samuel lhe disse: "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do que a gor­dura de carneiros" (versículo 22). Os sacrifícios mencionados aqui eram ofertas de cheiro suave — não tendo nada a ver com o pecado, pois as ofertas pelo pecado jamais foram chamadas de ofertas de cheiro suave. Eram oferecidas para aceitação e satisfação de Deus. Por que Samuel disse que "obedecer é melhor do que sacrificar"? Porque mesmo no sacrifício pode haver o elemen­to da vontade própria. Só a obediência honra a Deus de maneira absoluta pois só ela coloca a vontade de Deus no centro.
Para que a autoridade se expresse é preciso que haja submissão. Se é preciso que haja submissão, o ego precisa ficar excluído; mas de acordo com o ego, a submissão torna-se impossível. Isto só se torna possível quando alguém vive no Es­pírito. É a mais alta expressão da vontade de Deus.

 A oração de nosso Senhor no Getsêmani

quem pense que a oração de nosso Senhor no Getsêmani, quando o seu suor se transfor­mou em gotas de sangue, foi devido à fraqueza de sua carne, ao temor que tinha de beber o cáli­ce. De modo nenhum, pois a oração no Getsêmani fundamenta-se no mesmo princípio de 1 Samuel 15:22. É a oração suprema na qual nosso Senhor expressa sua obediência à autoridade de Deus. Nosso Senhor considerava o obedecer à auto­ridade de Deus mais importante do que o sa-crificar-se sobre a cruz. Ele ora sinceramente para conhecer a vontade de Deus. Ele não diz: "Eu quero ser crucificado, eu tenho de beber o cálice." Simplesmente insiste em obedecer. Na realidade, diz: "Se houver possibilidade de não subir à cruz", mas ainda aqui não é a sua von­tade que se destaca. Imediatamente ele conti­nua, dizendo: "mas seja feita a tua vontade."
A vontade de Deus é absoluta; o cálice (isto é, a crucificação) não é absoluto. Se Deus prefe­risse que o Senhor não fosse crucificado, então ele não teria de subir à cruz. Antes de conhecer a vontade de Deus, o cálice e a vontade de Deus eram duas coisas separadas; contudo, depois que tomou conhecimento que era de Deus, o cálice e a vontade de Deus se mesclaram numa só coisa. A vontade representa autoridade. Portanto, para conhecer a vontade de Deus e obedecê-la é pre­ciso sujeitar-se à autoridade. Mas como alguém pode sujeitar-se à autoridade se não ora ou não tem desejo de conhecer a vontade de Deus?
"Não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?" disse o Senhor (João 18:11). Aqui ele sustenta a supremacia da autoridade de Deus, não de sua cruz. Mais adiante, tendo compreen­dido que beber o cálice — isto é, ser crucificado para expiação — é a vontade de Deus, imedia­tamente diz: "Levantai-vos, vamos!" (Mt. 26:46). Indo à cruz ele realiza a vontade de Deus. Conse­quentemente a morte do Senhor é a mais alta expressão de obediência à autoridade. Mesmo a cruz, o ponto culminante do universo, não pode ser mais importante do que a vontade de Deus. Jesus considera a autoridade de Deus (a vontade de Deus) mais importante que a sua própria cruz (seu sacrifício).
No servir a Deus não somos chamados à ab­negação ou ao sacrifício, mas a cumprir o pro­pósito de Deus. O princípio básico não é o de escolher a cruz mas de obedecer à von­tade de Deus. Se o princípio sobre o qual tra­balhamos e servimos inclui rebeldia, então Satanás receberá e desfrutará a glória mesmo através de nossos sacrifícios. Saul poderia ofere­cer bois e ovelhas, mas Deus jamais os aceitaria como sacrifícios oferecidos a ele porque havia um princípio satânico envolvido. Eis por que as Escrituras declaram que "a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar" (1 Sm. 15:23).
Na qualidade de servos de Deus, a primeira coisa que temos de fazer é travar relações com a autoridade. Entrar em contato com a autoridade é coisa tão prática como entrar em contato com a salvação, mas é uma lição mais profunda. An­tes de podermos trabalhar para Deus temos de ser conquistados por sua autoridade. Todo o nosso relacionamento com Deus é regulado pelo fato de termos ou não travado relações com a autoridade. Em caso afirmativo encontraremos a autoridade em todos os lugares, e sendo assim governados por Deus, podemos começar a ser usados por ele.

Como nosso Senhor e Paulo agiram em juízo

Mateus 26 registra o julgamento duplo que nos­so Senhor enfrentou após seu aprisionamento. Diante do sumo sacerdote ele recebeu julgamento religioso e diante de Pilatos, julgamento polí­tico. Quando foi julgado por Pilatos, o Senhor não respondeu, pois não se encontrava sob a jurisdição terrena. Mas quando o sumo sacerdote o conjurou pelo Deus vivo, então lhe deu respos­ta. Isto é obediência à autoridade. Conforme registrado em Atos 23, quando Paulo estava sen­do julgado imediatamente se submeteu ao des­cobrir que Ananias era o sumo sacerdote de Deus.
Por isso, nós que trabalhamos, temos de en­frentar face a face a autoridade. Caso contrário, nosso trabalho ficará sob o princípio rebelde de Satanás e trabalharemos sem o conhecimento da vontade de Deus. Não estaremos sob o prin­cípio da obediência à autoridade. Mas é somente trabalhando na obediência à autoridade que po­demos trabalhar de acordo com a vontade de Deus. Oh! isto realmente exige uma grande re­velação!
Em Mateus 7:21-23 encontramos nosso Senhor repreendendo aqueles que profetizam e expulsam demônios e fazem muitas coisas grandiosas em seu nome. Por que foram censurados? Porque o seu ponto de partida foi o ego; eles mesmos faziam coisas em nome do Senhor. Esta é a ati-vidade da carne. Por isso nosso Senhor declarou--os malfeitores e não seus obreiros. Ele enfatiza que só a pessoa que faz a vontade do seu Pai entrará no reino de céus. Só isto constitui obe­diência à vontade de Deus, isto que se origina com Deus. Não temos de procurar trabalho para fazer, mas temos de ser enviados por Deus para trabalhar. Quando entendermos isto, realmente experimentaremos a realidade da autoridade do reino dos céus.

Para perceber a autoridade é preciso uma grande revelação

Há dois importantes aspectos no universo: con­fiar na salvação de Deus e obedecer à sua auto­ridade. Confiar e obedecer. A Bíblia define o pecado como transgressão (1 João 3:4). A palavra em Romanos 2:12 "sem" lei é o mesmo que "con­tra" a lei. A transgressão é desobediência à autori­dade de Deus; e isto é pecado. Pecar é uma ques­tão de conduta, mas transgressão e uma ques­tão de atitude do coração. O presente século caracteriza-se pela transgressão. O mundo está cheio do pecado de transgressão, e logo o fruto desse pecado aparecerá. A autoridade no mundo está sendo cada vez mais solapada até que, final­mente, todas as autoridades serão destituídas e a transgressão governará.
Saibamos que no universo existem dois prin­cípios: o da autoridade de Deus e o da rebeldia satânica. Não podemos servir a Deus e simulta­neamente andar pelo caminho da rebeldia reve­lando um espírito rebelde. Satanás ri quando uma pessoa rebelde prega a palavra, pois nessa pessoa habita o princípio satânico. O princípio do serviço tem de ser a autoridade. Vamos ou não vamos obedecer à autoridade de Deus? Nós que servimos a Deus temos de perceber este cri­tério básico da autoridade. Alguém que já tenha experimentado um choque elétrico sabe que não pode ser descuidado com eletricidade. Do mesmo modo, uma pessoa que já foi ferida pela autori­dade de Deus, a partir daí mantém os olhos aber­tos para julgar o que é transgressão nela mesma e nos outros.
Que Deus nos conceda a graça de nos livrar da rebeldia. Só depois que reconhecemos a auto­ridade de Deus e aprendemos a obedecer podemos orientar os seus filhos pelo caminho da retidão.
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