João 15:1-9

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A entrada do Rei em Jerusalém

A Obra de Desintegração de Satanás


Necessitamos saber que para propagar Seu Evangelho, fazer Sua obra e cumprir Sua vontade na terra, o Senhor precisa utilizar Seu Corpo. Nem a Sua vontade nem o Seu caminho podem ser realizados por uma só pessoa, visto que o Senhor não opera por meio de um homem, mas por meio da Igreja. O vaso que Deus utiliza é a Igreja, não um indivíduo. A vida e o poder de Cristo encontram sua manifestação mais rica por intermédio do Corpo de Cristo.

Por essa razão, Satanás esforça-se por conseguir a "desintegração" do Corpo de Cristo. Este é o assunto que mais lhe interessa. Se nos dermos conta disso, reconheceremos quão séria é esta obra satânica da "desintegração"; surgem a suspeita e o receio entre os irmãos e irmãs, criam-se facilmente mal-entendidos. Isso é Satanás realizando sua obra desintegradora. Um culpa a um irmão, e este último murmura contra uma irmã. Entretanto, se o caso é investigado, não há nada que possa ser considerado sério. Isso também é Satanás realizando sua obra de esmigalhar o Corpo.

Satanás induz os filhos de Deus a que se dividam; impulsiona-os a se desintegrarem como Corpo. A obra de Deus é fazer de nós um Corpo, porém a obra de Satanás é a de despedaçar-nos. Satanás utiliza nossa carne corrupta, nosso ser obstinado e o mundo que cobiçamos para realizar sua obra de destruição. Assim que, de fato, o problema não está em que nossa carne não tenha sido tratada, nem em não havermos nos prostrado, nem, tampouco,em que vivamos conforme o mundo, mas baseia-se no fato de que Satanás utiliza essas nossas debilidades como instrumentos para a sua obra de esmigalhamento e de divisão. Se deixamos que estes elementos permaneçam em nossa vida, damos lugar para que Satanás obtenha sua obra de desintegração.

Que idéia possuímos, de fato, da unidade? De maneira simples, unidade é Deus mesmo. Por que é assim? Porque quando separamos as coisas que ficam fora de Deus e começamos a viver Nele, então, Deus, que está em nós, se torna a unidade. A unidade realiza-se quando Deus adquire Seu lugar absoluto em nós, quando somente Ele é tudo, quando Ele enche tudo. Quando os filhos de Deus estão cheios de Deus, harmonizam-se, então, uns com os outros.

De fato, Satanás, em seus intentos de desintegrar-nos como Corpo, não necessita incitar a rebelião por meio das opiniões e dissensões que possuímos; basta-lhe conseguir implantar alguma impureza em nós outra coisa que ocupe o lugar de Deus. Vamos ilustrar isso. Você alguma vez viu como se mistura o cimento? Se existe argila na areia, o cimento não se consolidará totalmente. Do mesmo modo, para que Satanás destrua nossa unidade no Corpo, ele necessita apenas derramar um pouco de lodo – isto é, algo que é incompatível com a vida de Deus em nós –, e nós, como Corpo, desintegrar-nos-emos. As opiniões e as dissensões nem são necessárias, basta o derramamento de um pouco de lodo entre nós. Continuamos tomando o pão e bebendo o sangue, porém, ainda assim, podemos estar divididos.
O Corpo de Cristo não é basicamente uma doutrina, tampouco uma espécie de disposição, mas é basicamente a vida. O que é a Igreja? A Igreja não é somente uma doutrina conforme as Escrituras; ela tampouco é somente um método conforme as Escrituras, mas é basicamente uma vida, a saber, a manifestação da vida de Cristo.

A unidade não se baseia em nada mais que a vida. Satanás só necessita misturar algumas impurezas em nós e nos outros secretamente, de modo que, ainda que entre nós não exista a mínima discordância de opiniões nem a menor indicação de dissensão, entretanto, sem saber, o Corpo está no processo de desintegração.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós e filtre de nós toda impureza! "Ó Senhor, pela cruz e pelo Espírito, filtra-nos e purifica-nos!"

Quão evidente é que todos nós necessitamos investigar o lugar que nossas próprias inclinações e desejos têm. Que lugar nosso próprio objetivo tem em nós? Que lugar em nós ocupa nossa própria obra? Ou será que deixamos que a vida de Cristo ocupe o lugar absoluto dentro de nós? Oh, quanto necessitamos voltar a Deus! Não necessitamos de um avivamento exterior. Só necessitamos de uma coisa, isto é, voltar-nos interiormente a Deus e deixar que Ele nos limpe e purifique com a cruz e o Espírito Santo. Ao sermos infiltrados pela cruz e pelo Espírito Santo, oramos e esperamos ser limpos de todas as impurezas que Satanás tem misturado em nós. Que o Senhor tenha misericórdia de nós para que não confiemos em nós mesmos, porque até mesmo o sentimento de ter razão pode ser utilizado por Satanás para realizar sua obra de desintegração!

Necessitamos aprender a ir a Deus a fim de obter iluminação, necessitamos aprender a ir aos irmãos e irmãs para correção. Precisamos estar dispostos a pagar o preço e aceitar o tratamento da cruz a fim de podermos manifestar verdadeiramente nossas funções como membros da Igreja.

Não dizemos continuamente que amamos ao Senhor? Não dizemos que nos entregamos a Ele? Então, não temos de nos conservar tampouco temos de temer pagar o preço, mas temos de permitir ao Senhor que nos limpe de todas as impurezas, que são incompatíveis, para que a vida de Cristo seja expressa por meio de nos, manifestemos em nossa vida nossas funções variadas como membros do Corpo e, também, vivamos o testemunho do Corpo de Cristo.

(Adaptado do capítulo 4 de "O Corpo de Cristo: A Realidade", de Watchman Nee, 1a. edição, 1998)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

A Unidade do Espírito
A unidade é o requisito básico para a edificação da igreja. O Senhor Jesus gerou Sua Igreja, Seu Corpo, para que ela viva em unidade. Sua oração em João 17 mostra claramente que sem unidade entre o povo de Deus não há testemunho de Deus na terra. Para que a pregação do evangelho seja prevalecente, os cristãos precisam estar em unidade, e o resultado de as pessoas receberem o evangelho é serem um (vs. 20-23).


No entanto, o que vemos entre os cristãos hoje? Cada dia, mais e mais divisões. A Bíblia estabelece um padrão claro para a prática da unidade do povo de Deus: uma cidade, uma igreja. Se lermos atentamente o livro de Atos, além das epístolas de Paulo e Apocalipse, veremos que os primeiros cristãos reuniam-se simplesmente como a igreja em uma cidade: a igreja em Jerusalém, a igreja em Éfeso, a igreja em Esmirna, a igreja em Filipos, etc. A igreja em Jerusalém era composta de milhares de cristãos; ainda assim havia somente uma igreja em Jerusalém. Não havia nenhuma igreja maior ou menor do que uma cidade, mas em cada cidade havia apenas uma igreja. Esse é o padrão bíblico, o padrão de Deus.


É importante lembrar que, na Bíblia, o nome igreja não é dado a um prédio onde os cristãos se reuniam, mas é sempre a expressão do Corpo de Cristo em uma cidade. Hoje, graças à misericórdia de Deus, há cristãos que assumiram essa base da unidade e dela dão testemunho em muitas cidades do mundo.


Como é possível manter a unidade se nós, seres humanos somos tão diferentes, tão cheios de preconceitos e peculiaridades? Sem dúvida, a unidade não é possível pela vida natural do homem, pois sua natureza é facciosa. A unidade só é possível pelo Espírito. Efésios 4:3 diz: “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. Devemos empenhar-nos ao máximo para preservar a unidade que o Espírito Santo estabeleceu. Desse modo, nosso testemunho cristão terá impacto e Deus poderá ter uma expressão adequada entre os homens.


Satanás, no entanto, odeia a unidade do povo de Deus, pois ela é o mais eficaz instrumento de Deus para destruí-lo. Sempre que alguns cristãos decidirem posicionar-se na base da unidade estabelecida por Deus, Satanás os atacará, quer por meio de pessoas, quer lançando dúvidas sobre essa verdade bíblica. Seu objetivo é sempre danificar a edificação da casa de Deus. Mas ninguém pode destruir a igreja, o Corpo de Cristo. Há um compromisso de Deus com a edificação de Sua casa; por isso, Ele alerta por meio de Paulo: “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá” (1 Co 3:17). É impossível destruir a igreja em seu aspecto universal, que consiste de todos os cristãos genuínos de todas as épocas; mas se alguém trouxer dano à expressão da igreja em uma cidade, certamente estará trazendo sobre si severa disciplina de Deus.


Por isso, não podemos aceitar nenhuma pregação ou ensinamento que coloque em dúvida ser possível termos hoje a unidade da igreja, pois palavras assim têm origem em Satanás. Muitos cristãos dizem que os cristãos só estarão em unidade na eternidade, na Nova Jerusalém. Isso é um engano. Se fosse assim, porque o Senhor Jesus oraria para que fossemos um? Por que Ele se preocuparia com isso antes de morrer, se esse assunto só seria resolvido na Nova Jerusalém? Por que Paulo se preocuparia tanto com a unidade da igreja, se isso não fosse importante e se a eternidade resolvesse a questão? Isso demonstra quanto os cristãos têm sido enganados, não dando à unidade a importância que Deus lhe atribui. Se amamos o Senhor, devemos entregar nossa vida pela edificação da igreja, pela unidade de Seu povo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Vida que Edifica



"A graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. (...) E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do Corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, a medida da estatura da plenitude de Cristo" (Efésios 4-7, 11-43).

"A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las. Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente (1 Coríntios 12.7-11).

"O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja. Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação" (1 Coríntios 14:4, 5).

"Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica" (2 Coríntios 3.5, 6).

"Tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos (...) Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustia­dos; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a Sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida" (2 Coríntios 4.1, 7-12).

Se não virmos o propósito eterno de Deus, nunca veremos qual é a obra de Deus. A obra inteira de Deus deve ser feita na Igreja e através da Igreja. Tal obra tem como alvo formar e edificar o Corpo de Cristo; esta obra deve ser feita por todo o Corpo e não apenas por indivíduos ou missões isoladas ou por atuações independentes da Igreja. Tal obra da Igreja deve vir inteiramente de Deus e ser para Seu Filho.

Para sermos co-obreiros com Deus devemos ter revelação, caso contrário não estaremos trabalhando em Seu propósito eterno e para Seu propósito eterno. O início de toda a obra para Deus é uma entrega e oferta de nós mesmos que aconteça como resultado da revelação. A razão pela qual é necessário que se tenha revelação é porque a luz de Deus mata tudo o que não vem Dele, tudo o que vem do homem. Quando a revelação chega, descobrimos que não há alternativa nem outro caminho para seguir. Ou seguimos este caminho ou morremos.

DUAS FORMAS DE EDIFICAR O CORPO

Como podemos ser co-obreiros com Deus e edificar o Corpo? Se nossa obra é apenas salvar pessoas, o obreiro que estiver fazendo isso vai dar a impressão de estar realizando algo importante. Em certo sentido, vai parecer que é uma obra para o homem. Mas se nossa obra tem como propósito edificar o Corpo, então o homem está completamente cortado; porque o Corpo é Cristo. Tudo é para Cristo e, portanto, nada do homem pode entrar.

Em 1 Coríntios 12 temos o registro dos muitos dons do Espírito, e Paulo enfatiza tanto as palavras quanto os atos. Mas em 2 Coríntios 4 só temos atos. Existem duas formas diferentes de edificar a Igreja. Na verdade, qual é o valor desses dons do espírito na edificação da Igreja? O que é esse valor comparado ao valor da vida no Espírito? Paulo, em 2 Coríntios, capítulos 3 a 10, enfatiza o que é o ministério da nova aliança. Esse ministério não está nos dons, mas na suprema grandeza do tesouro contido no vaso de barro, isto é, Cristo dentro dele.

Em 2 Coríntios lemos: "Levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a Sua vida se manifeste em nosso corpo. (...) De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida" (4.10, 12). Isso é totalmente diferente de Roma­nos 6, pois a idéia aqui é da contínua operação da morte. A morte de Cristo opera e continua operando dia a dia em nós, resultando na vida que flui para os outros. Assim a Igreja é edificada.

Aqui também temos duas maneiras pelas quais a Igreja é edificada: (a) em 1 Coríntios 12, pelos dons do Espírito; e (b) em 2 Coríntios 4, pela operação da morte em nós, para que a vida possa operar nos outros.

Qual das duas mais tem edificado você? Sua vida interior tem sido edificada mais pelos dons do Espírito ou por aqueles que você sabe que conhecem a aplicação da cruz na vida interior e levam sempre neles o morrer de Jesus para que a vida de Jesus seja manifestada? Isso é carregar a cruz. Que a morte nunca cesse de operar em você e em mim, para que também a vida nunca cesse de fluir para os outros.

Vemos pessoas ricas no uso dos dons: dom de cura, dom de expulsar demônios, dom de eloqüência ou de falar em línguas. E pensamos no quão ricas, abençoadas e usadas por Deus são tais pessoas. Mas isso é realmente assim? Estes são os dons da meninice. Eles são para o estágio de bebê, útil e necessário para aquele período, mas devemos crescer.

O que realmente edifica e mais ajuda não são os dons ou eloqüência daqueles que os possuem, mas a vida daqueles que conhecem profundamente a cruz, que a conhecem no íntimo e diariamente, e com os quais entramos em contato. Tome, por exemplo, um grupo de cristãos recém-salvos. Nos primeiros anos o Senhor pode lhes conceder dons, para que fiquem maravilhados com Seu poder e glória, e para fortalecer sua fraca fé. Mas uma vez que ela esteja suficientemente forte, Ele removerá os dons e trará a cruz. Existem graves perigos associados com os dons, e o maior deles é o orgulho espiritual. Alguém pode se levantar no Espírito (isto é, o Espírito derramado[1]) e pronunciar umas poucas frases maravilhosas que ninguém mais pode pronunciar. Então, ele pensa: "Sou mesmo importante!". Todavia, sua vida interior pode ser infantil comparada com outro crente que não tem os dons, mas conhece profundamente a cruz.

Deus concede soberanamente os dons a alguém aqui e ali para que possam servir como Seus porta-vozes por algum tempo, pois neste período nada mais será entendido porque são bebês, e Ele não tem como encontrar-nos em outro nível qualquer. Na verdade, Ele usará qualquer boca, até mesmo a de um jumento. Mas este é um ministério limitado, do tipo "jardim-de-infância", e é propenso à vaidade.

O que Deus realmente quer e está aguardando e trabalhando para obter somos nós, os vasos nos quais as palavras dadas por Ele para as expressarmos sejam tomadas por Seu Espírito e entretecidas no mais íntimo do nosso ser pela cruz, até se tornarem nossa vida; somente então nosso ministério será de vida, vida que flui sempre da morte que opera em nós continuamente. Sendo assim, todos os que confiam nos dons são tolos, porque estes dons não mudam o homem interior. Uma igreja que procura se edificar por meio dos dons sempre acabará sendo uma igreja carnal, porque esta não é a forma de Deus para edificar a Igreja, a não ser no estágio da tenra infância.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Invocar o nome do Senhor é respirá-Lo


A palavra de Jeremias em Lamentações 3 é muito preciosa. Ele disse: "Da mais profunda cova, SENHOR, invoquei o Teu nome" (v. 55). Quando estava numa cova profunda, numa condição humilhante, em dificuldade e opressão, ele invocou o nome do Senhor. Então disse: "Não escondas o Teu ouvido ao meu suspiro" (v. 56 - VRC). O nosso invocar perante o Senhor é um suspiro, uma respiração espiritual, até mesmo uma respiração profunda. Certo médico da força aérea americana descobriu que a prática que mais traz benefícios para saúde humana é a respiração profunda. Se praticarmos a respiração profunda todos os dias, nosso corpo será saudável. O mesmo ocorre espiritualmente. A respiração profunda em nosso espírito faz-nos fortes, inflamados e extasiados.

Invocar o nome do Senhor é respirá-Lo. Entretanto, a nossa respiração inclui beber e o nosso beber inclui comer. Quando você invoca o Senhor, primeiro é como respirar. Depois de um tempo, você sente que há em você água viva a jorrar; assim, você bebe a água viva. Quando você continua a invocar, também come e fica satisfeito.

Aleluia! O Senhor já nos deu esse modo simples e direto de invocar o Seu nome e orar-ler a Sua palavra. Desse modo desfrutamos tudo o que Ele é. Espero que todos realmente pratiquemos isso.


Extraído do livro Tomar Cristo como nosso alimento

HONRANDO SEUS PAIS


Jovens, depois de Deus, devemos respeitar nossos pais, ter consideração por eles, honrando-os e obedecendo-os. Honrar nossos pais prolongarão nossos dias. Reverenciar a Deus e honrar nossos pais são mencionados juntos em Provérbios. Nos Dez Mandamentos os primeiros quatro, diz respeito a Deus, e o quinto, diz respeito a honrar nossos pais, estão na primeira das duas tábuas. Isso indica que nossos pais estão no mesmo nível com Deus. Honrar nossos pais é nos lembrar de nossa origem. No final das contas, se seguirmos nosso passado até nossa fonte, alcançaremos Deus. Portanto, se reverenciarmos a Deus, honraremos nossos pais. 

A. Ouvir o Ensino de Nosso Pai
Devemos ouvir o ensino de nosso pai e não devemos rejeitar a instrução de nossa mãe; porque eles serão um diadema de graça para nossa cabeça e colares para nosso pescoço (Pv 1:8-9). 
B. Receber as Palavras de Nosso Pai e Entesourando                                               
Para cima as Ordens dele dentro de Nós
Devemos receber as palavras de nosso pai e entesourar seus mandamentos dentro de nós, e fazer atentos os nossos ouvidos a sabedoria e inclinar nosso coração ao entendimento. De fato, se clamarmos por discernimento e alçarmos nossa voz por entendimento e a buscarmos como a prata e a procurarmos como tesouros escondidos, então entenderemos o temor do Senhor e acharemos o conhecimento de Deus. Porque SENHOR dá sabedoria; da Sua boca vem a inteligência e o entendimento (2:1-6). 
C. Não Esquecer os Ensinamentos de Nossos Pais
Provérbios 3:1 e 2 nos encarregam de não nos esquecermos dos ensinamentos de nossos pais, mas guardar seus mandamentos em nosso coração; para que se prolonguem os nossos dias, e anos de vida e paz sejam acrescentados a nós. Aqui longevidade e paz estão relacionadas a honrar nossos pais. O versículo 4 continua falando de acharmos favor e boa reputação diante de Deus e dos homens. No versículo 5 nos diz para confiar no SENHOR de todo nosso coração e não confiar em nosso próprio entendimento. Não devemos rejeitar a disciplina do SENHOR, nem nos enfadar de Sua repreensão; pois o SENHOR disciplina a quem ama (vv. 11-12). Os versículos 21 e 22 dizem, “Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos; guarda a verdadeira sabedoria e a discrição; porque serão vida para a tua alma, e adorno para teu pescoço.” 
D. Ouvir e Receber as Palavras de Nossos Pais
O escritor diz em 4:3 que ele era filho na companhia de seu pai, tenro e o único amado aos olhos da sua mãe. Nos versículos 10 a 13 ele diz, “Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida. No caminho da sabedoria te ensinei, e pelas veredas da retidão te fiz andar. Em andando por elas, não se embaraçarão os teus passos não; se correres, não tropeçará. Retém a instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.” Os versículos 20 a 22 dizem, “Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos. Não os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais íntimo do teu coração. Porque são vida para quem os acha e saúde, para o seu corpo.”
E. Ouvir Nosso Pai
Provérbios 8:32, 34-35 dizem, “Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque felizes serão os que guardarem os meus caminhos. Feliz o homem que me dá ouvidos, velando dia a dia às minhas portas, esperando às ombreiras da minha entrada. 35 Porque o que me acha acha a vida e alcança favor do SENHOR.”
F. Um Filho Sábio Torna um Pai Feliz
O filho sábio alegra a seu pai, mas um filho insensato é a tristeza de sua mãe (10:1). 
G. O Olho Zombeteiro É Arrancado Pelos Corvos
Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintãos da águia serão comidos (30:17, 11). Esta é uma séria advertência com relação à honrar nossos pais.  

Extraído do livro: Estudo-vida de Provérbios

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A Vida Procede da Cabeça




Para fazer de Cristo Cabeça de todas as coisas, Deus primeiro tem Lhe feito Cabeça da igreja. Depois de ser a Cabeça da igreja, Cristo verá Sua autoridade estendida, mais tarde, a todas as coisas. Sua posição futura no universo está relacionada estreitamente com Sua posição hoje na igreja. Para que Cristo seja Cabeça de todas as coisas, Deus quer que Ele seja primeiro entre Seus filhos - isto é, Cabeça da igreja, a qual é o Seu Corpo. Quão importante é isto!

Sendo Cristo a Cabeça da igreja e a igreja o Corpo de Cristo, todo o Corpo está concentrado na Cabeça. Não há nada do Corpo que possa viver fora da Cabeça. Se o corpo humano é separado da cabeça, isto significa automaticamente a morte do corpo. Todos os movimentos da pessoa são governados pela cabeça. Quando a cabeça fica ferida ou perde em algo suas faculdades, as atividades do corpo ficam paralisadas e o corpo acaba morrendo; porque a cabeça é o controle central da vida do corpo.

Ora, a Palavra de Deus declara que aquele que tem o Filho de Deus tem a vida (1Jo 5:12). Um cristão recebe vida do Senhor Jesus, que é o Filho de Deus; entretanto, esta vida nunca deixa o Senhor. Aquele que tem o Filho tem vida, porém esta vida, diz a Palavra de Deus, é no Filho (1Jo 5:11), e esta vida não tem deixado nem por um momento ao Filho. Assim que, separados do Senhor Jesus, não podemos viver.

Entendamos bem que Deus não tem nos destinado uma quantidade pequena de Cristo, de modo que pudéssemos tomar esta quantidade e apartarmo-nos do Próprio Cristo. Não, Deus tem nos dado Cristo inteiramente, e tem nos ajuntado intimamente com Seu Filho. Todo o poder de nossa existência baseia se em Cristo. No caso de que percamos comunicação com o Senhor por havermos O deixado, morremos instantaneamente. Assim que, ainda que um cristão receba vida de Cristo, esta vida permanece no Senhor. Temos recebido vida, entretanto esta vida e a Cabeça são inseparáveis. Ao aceitá-Lo, temos de viver Nele. Ainda que O tenhamos recebido, todavia dependemos Dele. Por conseguinte, não podemos ser independentes em nada. Somente o Senhor é a Cabeça, e Ele é o único recurso de nossa vida.

Extraído do livro: O Corpo de Cristo: Uma Realidade.
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